Vereador Monjardim responsabiliza esquerda pela invasão de prédio público

Na sessão desta terça-feira (9), o vereador de Vitória, Leonardo Monjardim (Novo), fez um duro discurso na tribuna da Câmara Municipal, responsabilizando movimentos de esquerda pela invasão de um prédio público no centro da capital, ocorrida no dia 8 de setembro. O ato foi marcado pela ocupação de dependências do edifício Castelo Branco, antigo prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES), localizado na Avenida Princesa Isabel.

Cerca de 72 famílias, totalizando aproximadamente 112 pessoas, entre elas mulheres, idosos e crianças, ocuparam nove dos treze andares do edifício. A mobilização foi organizada pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM-ES), que reivindica políticas habitacionais mais efetivas e o direito à moradia digna.

Vereador Leonardo Monjardim (NOVO)

Monjardim classificou o episódio como “uma vergonha para os capixabas” e afirmou que a ação teve caráter político, com o objetivo de desgastar a gestão do prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos). Em sua fala, o parlamentar comparou a repercussão do episódio com manifestações de direita.

“Se fosse um movimento de direita, estavam querendo prendê-los, cercar o prédio, tirar algemados, levando para o ginásio e, quiçá, depois serem condenados a 15, 18, 20 anos de prisão. Mas parece que para a esquerda pode tudo e para a direita nada. Tem que ter a mesma mão de ferro”, disse.

O vereador criticou ainda o que considera conivência do governo do Estado diante da ocupação e questionou a postura de parlamentares ligados a partidos como PT, PSOL e PSB. “Ninguém fala nada. Vocês têm que vir aqui pedir a prisão dessas pessoas. É inadmissível”, disparou.

Durante o discurso, Monjardim também alertou para riscos à segurança da população, citando possíveis confrontos e até o “derramamento de sangue” em decorrência da ocupação. Ele lembrou que o prédio invadido integra o processo de revitalização do centro da cidade, pauta que vem sendo defendida pela Câmara.

“A esquerda, mais uma vez, provoca o mal. Não é contra a Prefeitura, não é contra o prefeito Pazolini, não é contra a Câmara. É contra o cidadão capixaba”, afirmou.

Segundo a Caixa Econômica Federal, coproprietária do imóvel junto ao governo do Estado, a ocupação foi identificada no último sábado (6) e os trâmites legais para reintegração de posse já foram iniciados.

A Prefeitura de Vitória informou, em nota, que o município possui o maior programa habitacional da sua história, com mais de 250 residências entregues a famílias vulneráveis nos últimos cinco anos, além da ampliação do Bônus Moradia. Ainda assim, representantes do MNLM alegam que tais políticas não têm sido suficientes para atender à demanda da população sem-teto.

Por fim, o vereador de direita, defendeu que seja feita a reintegração de posse do prédio ocupado e pediu providências imediatas às autoridades. “Se o Estado não tem culhão para poder fazer isso, o município tem que provocar. Isso é uma vergonha. Não é esse grupo político que pode administrar o Espírito Santo no futuro”, concluiu.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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