A Receita Federal e a Polícia Federal realizaram na manhã desta terça-feira (26) uma operação em quatro estados contra a produção, distribuição e comercialização de cigarros ilegais ou sem controle fiscal. Servidores públicos estão entre os alvos da investigação.
A ação, batizada de “Operação Sinal de Fumaça II”, cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidas diversas malas com dinheiro em notas de R$ 5, R$ 50 e R$ 100. A Polícia Federal ainda não detalhou o valor total apreendido nem em qual estado ocorreu a maior parte da apreensão.
Segundo a corporação, a operação é um desdobramento das investigações iniciadas em outubro de 2024, durante a primeira fase. Na etapa atual, ficou comprovada a produção ilegal de cigarros e a participação de servidores públicos no esquema, que recebiam vantagens indevidas para facilitar as atividades criminosas. Até o momento, não foram divulgados os nomes ou locais de atuação desses funcionários.
“Trata-se de uma organização que utiliza uma rede complexa e articulada para a prática dos ilícitos, com membros estrategicamente posicionados para garantir fraudes e corrupção, resultando em sonegação fiscal e lavagem de capitais”, afirmou a Receita Federal em nota à imprensa.
Os investigados podem responder pelos crimes de sonegação fiscal, organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A operação contou com 13 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 69 policiais federais.