IBGE lança Mapa Político do Brasil com atualizações do Censo 2022

  • Destaques

  • IBGE publica edições atualizadas dos Mapas Políticos do Brasil nas escalas 1:2.500.000 e 1:5.000.000. Esses mapas representam cartograficamente todo o território brasileiro, ilustrando a divisão político-administrativa do país.
  • Uma das novidades da versão 2023 dos Mapas Políticos do Brasil é a incorporação de dados obtidos pelo Censo Demográfico 2022. São informações relacionadas às unidades da federação e à população, que anteriormente estavam relacionadas ao Censo Demográfico 2010 ou a estimativas populacionais.
  • O público-alvo dos mapas é composto por profissionais da educação, estudantes, instituições públicas e a sociedade em geral.
  • O desenvolvimento dos mapas foi feito a partir das atualizações trazidas pela versão 2023 da Base Cartográfica Contínua do Brasil na escala 1:250.000 (BC250).
  • A periodicidade da divulgação dos Mapas Políticos do Brasil nas escalas 1:2.500.000 e 1:5.000.000 é em torno de três anos, variando conforme atualizações na base usada como referência e demanda por versões impressas.
Por ter dimensões menores, o Mapa Político do Brasil na escala 1:5.000.000 representa as sedes dos municípios selecionados para a escala – Foto: Arte sobre mockup

O IBGE disponibiliza a partir de hoje, 28, a versão 2023 dos Mapas Políticos do Brasil nas escalas 1:2.500.000, onde 1cm equivale a 25 km no terreno, e 1:5.000.000, na qual 1cm corresponde a 50 km. Representações cartográficas murais de todo o território brasileiro, os mapas ilustram a organização político-administrativa do país, compreendendo seus 26 estados e o Distrito Federal. Neles também constam as sedes de municípios brasileiros, além de outras informações cartográficas.

A principal novidade das novas edições dos mapas é a apresentação de informações atualizadas do Censo Demográfico 2022. São dados relativos às unidades da federação, suas respectivas capitais, população residente, área territorial, total de municípios e densidade demográfica, agrupando ainda as UFs segundo as grandes regiões do Brasil. Nas edições de 2013 em diante, essas estatísticas estavam relacionadas ao Censo Demográfico 2010 ou de acordo com estimativas populacionais.

Desta vez também foram incluídas feições não mapeadas anteriormente, envolvendo elementos que integram sistemas aeroportuário, rodoviário e ferroviário, e outros associados à geração de energia, como novas hidrelétricas. Além disso, houve a padronização de nomes das feições geográficas, a exemplo de cursos d´água, localidades, morros e estradas existentes no território.

Por serem mapas murais (de parede), instituições públicas, profissionais da educação, estudantes e a sociedade em geral são potenciais usuários desses produtos. Ambos estão acessíveis no formato GeoPDF. Os metadados podem ser encontrados no catálogo do IBGE.

O Mapa Político do Brasil na escala 1:2.500.000 é o maior mapa mural produzido pelo IBGE

“Com estes mapas, buscamos retratar o Brasil da melhor forma possível nestas escalas. É importante que a sociedade tenha acesso a informações atualizadas do território e obtidas pelo Censo 2022, tais como a população total do país e dos estados”, destaca Ludolf da Mota, chefe da gerência de Design e Editoração de Mapas do IBGE. Segundo ele, o maior desafio durante o processo de elaboração dos mapas é a generalização cartográfica para seleção e posterior montagem dos elementos, representados por convenções cartográficas através de símbolos, cores, estilos e padrões de preenchimento que orientam sua compreensão.

Desenvolvidos a partir da versão 2023 da Base Cartográfica Contínua do Brasil na escala 1:250.000 (BC250), os produtos divulgados hoje fornecem uma visão de conjunto do território. Devido à sua ampla dimensão (1,80m x 2,26m), na escala 1:2.500.000 são representadas as sedes de todos os 5.568 municípios, além do Distrito Estadual de Fernando de Noronha e do Distrito Federal. Já o mapa na escala 1:5.000.000, de dimensões menores (0,90m x 1,15m), representa as sedes dos municípios selecionados para a escala.

Nos mapas também é possível identificar as seguintes categorias:
Hidrografia: corpos d’água e ilhas;
Sistema de transporte: rodovias, ferrovias, portos e aeródromos;
Localidades: classificadas conforme a população. No caso do mapa na escala 1:5.000.000, onde não é possível representar todas as sedes de municípios, foram representadas apenas aquelas correspondentes aos municípios com maior centralidade regional, de acordo com as regiões de articulação urbana às quais pertencem;
Limites: internacionais (caráter informativo), estaduais, distritais e marítimos;
Energia e comunicações: usinas;
Pontos de referência: pontos extremos;
Relevo: montes e picos;
Toponímia: segundo os critérios estabelecidos pela Gerência de Nomes Geográficos (GNG) do IBGE.

Detalhe do Mapa Político do Brasil na escala 1:5.000.000 

O Mapa Político do Brasil na escala 1:2.500.000 é produzido pelo IBGE desde 1940. Ele retrata a evolução da divisão territorial do país desde sua primeira publicação, até a configuração político-administrativa vigente. Trata-se do maior mapa mural feito pelo Instituto, exposto com destaque em salas de diversas instituições dos diferentes poderes. Embora seja produzido em tamanho único, optou-se também, em razão de suas dimensões diferenciadas, por dividi-lo em quatro quadrantes, igualmente publicados, para facilitar sua impressão ao usuário e consequente composição.

Os mapas, tanto na escala 1:2.500.000 como na 1:5.000.000, costumam ser divulgados aproximadamente a cada três anos. São consideradas as atualizações promovidas na base que dá origem a eles e a demanda por versões impressas.

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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