O influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, e a empresária Marcela Eduarda Lopes Schreiner, a Cela Lopes, passaram a responder na Justiça por uso indevido de imagem e comentários depreciativos feitos em uma transmissão ao vivo.
O processo foi aberto após o casal utilizar, sem autorização, um vídeo íntimo de um chá de revelação realizado em Mogi Guaçu (SP). Durante a live, intitulada “O chá de revelação de pobre?”, os influenciadores ironizaram a família e chegaram a rotulá-la como “fubanga”.
Entre as falas, Felca comentou:
“Quando o pobre tem um dinheirinho ele compra essa moto, aí faz essas ‘fubanguisses’”. Em outro trecho, completou: “Coitado do menino! Olha, já na hora que nascer vai ver que nasceu nessa família fubanga”.
Marcela também fez ironias:
“Se eu entendesse um pouquinho e visse que o meu chá revelação fosse assim, eu falava pra família: me doe, me bote pra adoção, que é mais vantajoso”.
O casal dono do vídeo, que publicou o registro no TikTok em outubro de 2024, acusa os réus de terem usado o material com fins comerciais, já que a transmissão foi incorporada ao conteúdo monetizado dos canais de Felca e Cela em plataformas como YouTube, Instagram e Facebook, que somam milhões de seguidores.
Na ação, a família afirma ter sofrido constrangimento público, piadas e mensagens vexatórias, que atingiram até os dois filhos menores. Eles pedem uma indenização de 100 salários mínimos, 25 para cada membro da família, e também registraram boletim de ocorrência por injúria e difamação.
A ação tem como base os artigos 5º da Constituição Federal, 186, 927 e 932 do Código Civil e o Marco Civil da Internet, com o argumento de que a liberdade de expressão não pode ser confundida com liberdade de agressão.
Na primeira decisão, o juiz Sergio Augusto Fochesato concedeu justiça gratuita à família, mas negou a retirada imediata dos vídeos. O magistrado apontou ausência de provas documentais, como as URLs das transmissões, e a falta de tentativas prévias de remoção junto às plataformas ou aos réus.
O Ministério Público também foi incluído no caso, já que o pedido de indenização envolve os filhos menores. Felca e Cela Lopes foram citados e têm quinze dias para apresentar defesa.
				



























