Os Estados Unidos decidiram adotar uma nova regra para a concessão de vistos. A partir de agora, manifestações públicas consideradas antiamericanas poderão ser usadas como critério para negar a entrada ou até benefícios migratórios a estrangeiros. O anúncio foi feito pelo Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) e reforça a política da Casa Branca de endurecer o controle sobre quem deseja viver, trabalhar ou circular no país.
Entre os brasileiros, quem chamou atenção para a decisão foi o jornalista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Figueiredo. Radicado nos EUA, ele comentou o assunto em tom irônico nas redes sociais e citou nomes conhecidos da política e do entretenimento.
“É oficial: EUA passarão também a barrar vistos a quem manifeste posições anti-americanas. Vale também para parlamentares e celebridades. Nada mais de passeio em NY do Eriko Hilton, Felipe Neto, etc. É bom ficar na moral se não pode esquecer fazer show por aqui, viu Anita? Grato”, escreveu o jornalista.
A medida foi confirmada pelo porta-voz do USCIS, Matthew Tragesser, que resumiu a lógica do governo americano.
“Os benefícios dos Estados Unidos não devem ser concedidos àqueles que desprezam e promovem ideologias antiamericanas”, declarou.
Com isso, além de questões ligadas a segurança nacional e histórico criminal, a posição pública de cada estrangeiro em relação ao país passa a pesar na decisão das autoridades de imigração.