Espírito Santo anuncia concurso com 1.000 vagas para soldados da Polícia Militar

Casagrande detalha etapas, requisitos e benefícios do concurso em solenidade na Grande Vitória

O governador Renato Casagrande (PSB) anunciou nesta quinta-feira (28) a abertura de um novo concurso da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), oferecendo 1.000 vagas para soldados. O anúncio ocorreu durante a solenidade de início do Estágio Profissional Supervisionado do Curso de Formação de Soldados, na Grande Vitória.

Atualmente, 991 alunos soldados já estão em treinamento nas ruas da região metropolitana, aplicando na prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

“Hoje estamos iniciando o estágio supervisionado de quase mil novos policiais militares que vão para as ruas para fortalecer o combate à criminalidade. Quando assumi o Governo pela primeira vez, em 2011, o Espírito Santo registrava mais de dois mil homicídios por ano e, no ano passado, fechamos com 852. É um trabalho constante de investimento, mas principalmente de valorização profissional e recomposição do efetivo. Em novembro, essa turma se forma e outra nova inicia com outros 650 alunos. E estamos autorizando mais mil vagas para o próximo concurso. É a maior reestruturação da história da Polícia Militar do Espírito Santo”, afirmou Casagrande.

O concurso exige dos candidatos ensino médio completo, idade entre 18 e 28 anos, Carteira Nacional de Habilitação (categoria mínima “B”) e estatura mínima de 1,65 m para homens e 1,60 m para mulheres. O salário inicial do soldado é de R$ 5.282,90.

O último concurso, em 2022, ofereceu mil vagas e recebeu mais de 33 mil inscrições. Os alunos que começam o estágio agora correspondem à segunda turma de convocados.

Requisitos básicos

  • Ser brasileiro
  • Estar em dia com as obrigações eleitorais e militares
  • Não ter tatuagens que comprometam valores militares ou constitucionais
  • Ter CNH ou permissão para dirigir veículo automotor, categoria mínima “B”
  • Ter entre 18 e 28 anos e ensino médio completo

Etapas do concurso

O processo seletivo é composto por dez etapas, entre eliminatórias e classificatórias:

  1. Exame Intelectual – prova objetiva e redação
  2. Entrega de documentação para aferição de idade
  3. Teste de Aptidão Física
  4. Avaliação psicológica
  5. Investigação social
  6. Exames de saúde
  7. Classificação final para o Curso de Formação
  8. Entrega de documentação para matrícula
  9. Curso de Formação de Soldados QPMP-C
  10. Resultado final e encerramento do Curso de Formação

Conteúdo da prova objetiva

  • Língua Portuguesa
  • Raciocínio Lógico e Matemático
  • Geografia do Brasil e do Espírito Santo
  • História do Brasil e do Espírito Santo

Redação

A redação será corrigida apenas para candidatos classificados na prova objetiva até seis vezes o número de vagas disponíveis. A pontuação máxima é 40 pontos, sendo necessário obter 20 ou mais para não ser eliminado. A produção textual deve ter entre 15 e 30 linhas e será avaliada quanto a:

  • Desenvolvimento do tema
  • Coesão e coerência
  • Estrutura textual
  • Informatividade e argumentação
  • Gramática, pontuação e legibilidade

Teste de Aptidão Física

O exame físico inclui:

  • Flexão na barra fixa
  • Abdominal remador
  • Teste de agilidade
  • Corrida de 2.400 metros

Com o concurso, o Estado reforça a maior reestruturação da história da PMES, ampliando o efetivo e fortalecendo a presença policial nas ruas da Grande Vitória.

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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