entenda como funciona o sistema de seleção — Ministério da Educação

Quem participou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024 tem até terça-feira, 21 de janeiro, para se inscrever no . Assim, poderá concorrer a uma das vagas ofertadas em cursos de graduação de 124 instituições públicas de ensino superior. A seleção será feita com base na média das notas obtidas nas cinco provas do Enem, respeitando o limite de vagas disponíveis para cada curso e a modalidade de concorrência. É considerada a ordem das duas opções de curso conforme indicadas na inscrição pelos candidatos, além do seu perfil socioeconômico, de acordo com as exigências da Lei de Cotas. 

O processo de inscrição é gratuito e deve ser realizado no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, utilizando o login e a senha do Gov.br. A fim de se inscrever, o candidato deve preencher o questionário de perfil socioeconômico, observando as exigências de comprovação. Para participar do Sisu, o estudante não pode ter obtido nota zero na prova de redação nem ter feito o Enem como “treineiro” (quem realiza o exame antes de concluir o ano do ensino médio), pois, para ingressar no ensino superior, é preciso comprovar ter concluído o ensino médio. 

Todos que obtiveram, no mínimo, 650 pontos na média das cinco provas do Enem estão aptos a participar do Pé-de-Meia Licenciaturas, caso se inscrevam para um curso presencial de licenciatura e sejam selecionados. Todos os cursos de licenciatura na modalidade presencial estarão sinalizados no Sisu com a marca do programa. Com o Pé-de-Meia Licenciaturas, o estudante ganhará bolsa mensal de R$ 1.050, desde o ingresso até a conclusão do curso.   

Opções de curso – Após o início da inscrição, o candidato deverá selecionar a primeira e a segunda opções de cursos para os quais deseja concorrer. A partir do segundo dia de inscrição, pode consultar, no seu boletim, as classificações parciais nas opções de cursos escolhidas. Tais classificações são calculadas a partir das notas de todos os candidatos inscritos naqueles mesmos cursos.  

Também a partir de sábado (18/1), uma vez ao dia, o Sisu calcula a nota de corte (menor nota para o candidato ficar entre os potencialmente selecionados) para cada curso, com base no número de vagas disponíveis e no total de candidatos inscritos naquele curso, por modalidade de concorrência. 

A nota de corte tem como objetivo situar os candidatos, não sendo uma garantia de seleção para a vaga ofertada. Com base nela, o estudante pode alterar suas opções de curso no decorrer de todo o período de inscrição, sendo considerado válido o último registro feito no sistema até as 23h59 do dia 21 de janeiro. A nota de corte do curso e a classificação parcial podem ser alteradas até o término das inscrições. 

durante a madrugada e o início da manhã, o sistema atualizará as notas de corte para os cursos disponíveis. Essa ação sempre ocorreu, mas neste ano foi aprimorada e, por isso, o período de cruzamento de dados será mais longo. 

As instituições de ensino superior participantes da seleção podem adotar pesos diferentes por tipo de provas do Enem, o que pode ocasionar pontuações diferentes de acordo com os parâmetros adotados por universidades e institutos federais. 

Reserva de vagas Seguindo o disposto na Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012), no mínimo 50% das vagas para graduações de todas as instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) são reservadas a estudantes que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas ou em escolas comunitárias, que atuam no âmbito da educação do campo e são conveniadas com o poder público. 

Dessa reserva, metade das vagas são destinadas aos alunos cujas famílias possuem renda igual ou inferior a um salário mínimo por pessoa. Já a outra metade é destinada a candidatos cuja renda não é definida. Em ambas as situações, os inscritos são classificados conforme os perfis de cor ou etnia, de quilombolas e de pessoas com deficiência, como indicado no ato da inscrição. 

A oferta de vagas por perfil de autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência é proporcional à presença de pessoas com esses perfis na população da unidade da Federação onde está localizada a instituição, de acordo com dados do Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Resultado e matrícula – O resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro e pode ser consultado no boletim do candidato. Os aprovados têm entre 27 e 31 de janeiro para realizar a matrícula nas instituições de ensino, nas quais devem verificar a disponibilidade de entrega da documentação para matrícula por meio digital ou presencial. Também devem se informar sobre o período e o horário em que serão permitidos a entrega da documentação e demais procedimentos para a matrícula. 

Lista de espera Todos os candidatos não selecionados na chamada regular em nenhuma das duas opções de curso podem manifestar interesse em participar da lista de espera entre 26 e 31 de janeiro. Para isso, basta acessar o boletim e clicar no botão que corresponde à confirmação de interesse em concorrer a uma das vagas da lista de espera. 

Alternativas Os dados da edição de 2024 revelam que mais de 33% dos participantes do Enem (ou seja, pouco mais de 1 milhão de pessoas) estariam acima do ponto de corte para 20% dos cursos do Sisu em 2023. Isso significa que, com 569,62 pontos, que foi a nota de corte daquele ano, o estudante teria acesso a 842 cursos. Portanto, é importante que, mesmo com uma nota abaixo do esperado, o aluno participe da seleção do Sisu e procure alternativas de cursos ou modalidades.  

Confira o cronograma do Sisu 2025:

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Sisu  O Sistema de Seleção Unificada foi instituído pela Portaria Normativa nº 2, de 26 de janeiro de 2010, e atualmente está regulamentado pela Portaria Normativa nº 21, de 5 de novembro de 2012. O Sisu reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior do Brasil que aderiram ao processo seletivo vigente. A maioria das instituições participantes são da rede federal de ensino superior, com destaque para universidades e institutos federais. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior (Sesu) 



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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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