De acordo com a projeção da agência de notícias Associated Press, Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos. A apuração em diversos estados ocorreu rapidamente durante a madrugada desta quarta-feira (6), o que permitiu que o republicano declarasse vitória antes de alcançar o mínimo necessário de 270 delegados.
Às 7h35 (horário de Brasília), ele já havia assegurado 277 votos, após o resultado mais recente de Wisconsin, que adicionou mais 10 votos ao colégio eleitoral.
O ex-presidente saiu vitorioso em estados considerados chave, como Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte.
Líderes internacionais já felicitaram o republicano pela vitória. Sua adversária, Kamala Harris, no entanto, ainda não fez um pronunciamento.
Trump volta à Casa Branca oito anos após sua primeira eleição, tornando-se o segundo presidente na história do país a cumprir dois mandatos não consecutivos.
Nas eleições de 2020, o republicano foi derrotado por Joe Biden, e, na época, muitos acreditavam que a trajetória política de Trump havia chegado ao fim.
Adicionalmente, esta é a primeira vez na história dos Estados Unidos que um presidente eleito responde a vários processos criminais, incluindo uma acusação de conspiração contra o Estado por estimular o ataque ao Capitólio.
Em 2016, Trump venceu com o slogan “Make America Great Again” (Faça os Estados Unidos Grandes de Novo, em tradução literal) e com a promessa de erguer um muro na fronteira com o México para barrar a entrada de imigrantes ilegais e drogas.
Quatro anos depois, Trump prometeu restaurar os EUA com foco em “lei e ordem”, em um contexto de pandemia e protestos antirracistas após a morte de George Floyd. Ao ser derrotado, teria incentivado seus apoiadores a invadir o Capitólio, alegando falsamente que os democratas haviam roubado a eleição, segundo as acusações que enfrentou.
Na campanha deste ano, apenas a intensidade do discurso foi diferente. Ele não mencionou mais o muro, mas defendeu a deportação em massa de milhões de imigrantes ilegais, com o uso das forças armadas. “Eles [os imigrantes] estão envenenando o sangue de nosso país”, declarou em um comício em dezembro de 2023.
Trump também apoiou a redução de impostos e o aumento das tarifas sobre produtos importados durante os comícios que realizou.
Durante a campanha presidencial, no dia 13 de julho, enquanto ainda concorria contra o candidato Joe Biden, Trump foi alvo de um atentado a tiros durante um comício na Pensilvânia.
O ex-presidente foi ferido de raspão na orelha e rapidamente retirado do local por agentes federais. O atirador, um jovem de 20 anos, foi morto durante o atentado.
O apoio a Trump aumentou após o atentado, gerando comoção, enquanto cresceu a pressão para que Joe Biden abandonasse a disputa presidencial pelo Partido Democrata. Uma semana depois do ataque, o presidente dos Estados Unidos decidiu não se candidatar à reeleição, e Kamala Harris o substituiu como a nova candidata democrata.



























