Dia Livre de Impostos: gasolina a R$ 3,63 e produtos essenciais sem tributos na Grande Vitória

Campanha nacional expõe o peso da carga tributária no Brasil e leva descontos reais a consumidores capixabas

Nesta quinta-feira (30), moradores da Grande Vitória terão um alívio raro no bolso. Supermercados, farmácias, postos de gasolina e lojas de diversos segmentos vão oferecer produtos sem a cobrança de impostos — uma ação simbólica, mas reveladora, do quanto o brasileiro paga para sustentar o Estado. Trata-se do Dia Livre de Impostos (DLI), promovido pela CDL Jovem Vitória em parceria com o varejo local.

O principal chamariz é o preço da gasolina: R$ 3,63 o litro, quase R$ 2 abaixo do valor médio praticado nos postos da capital. A oferta estará disponível no Posto Marlin, em Santa Lúcia, próximo ao Hospital da Unimed, que irá liberar 5 mil litros de combustível sem incidência de tributos como PIS/Cofins, ICMS e Cide.

Carros poderão abastecer até R$ 100 e motos até R$ 40, com pagamento feito exclusivamente em dinheiro, PIX ou débito.

“No combustível, a carga tributária incidente sobre a gasolina é bastante alta. É um dos produtos em que o consumidor consegue observar com mais clareza como a carga tributária impacta no valor final da bomba”, explicou Alexandre Monteiro, coordenador do DLI no Espírito Santo.

Mas não é só no tanque que o consumidor vai sentir a diferença. Lojas e redes conhecidas também aderiram ao movimento. Entre elas, todas as 32 unidades do supermercado Extrabom, as 166 lojas da Farmes e as 36 farmácias Extra Popular vão comercializar produtos selecionados com os tributos zerados.

Alimentos, medicamentos, material de construção, pneus, tintas, móveis e até serviços diversos integram a lista. Marcas como Prenda Shop, Nacional Peças, Room Decor, Vix Capixaba, Brownie na Estrada, Engesolda, Tinbol e Atacadão Melhor Preço confirmaram participação. As unidades da Tinbol em Jucutuquara, Bento Ferreira, Jardim Limoeiro e Centro de Vila Velha estarão incluídas.

O Dia Livre de Impostos não é apenas uma data promocional. É, sobretudo, um alerta.

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), em 2025, o brasileiro terá que trabalhar 149 dias do ano apenas para pagar impostos, taxas e contribuições. Isso representa 40,71% da renda anual.

“É uma iniciativa de cidadania que mostra, de forma prática e didática, o quanto o sistema tributário brasileiro pesa no bolso do consumidor e no ambiente de negócios. O objetivo é provocar reflexão, diálogo e engajamento em torno da necessidade de uma reforma que simplifique e torne a cobrança de tributos mais justa para todos”, disse Daiani Lavino, presidente da CDL Jovem Vitória.

Criado para jogar luz sobre o peso da carga tributária, o DLI transforma, por um único dia, o mercado de consumo em um laboratório a céu aberto — onde a ausência do Estado revela o quanto custa a sua presença.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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