Avião cai em avenida na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, e deixa dois mortos e seis feridos

Um avião de pequeno porte caiu na manhã desta sexta-feira na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. A queda aconteceu próximo a um ônibus na Avenida Marquês de São Vicente. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente deixou dois mortos e seis feridos. Os mortos são um ocupante e o piloto da aeronave.

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O avião bimotor seria do modelo King Air F80, com capacidade para oito pessoas, e decolou com duas pessoas por volta das 7h20 desta manhã do Aeroporto do Campo de Marte, na Zona Norte. O local do acidente também fica próximo ao do CT do São Paulo, Allianz Parque, Memorial da América Latina, Museu de Arte Brasileira e Museu do Futebol.

A aeronave pertence ao advogado e empreendedor Márcio Carpena, e teria sido comprada em 11 de dezembro do ano passado. Na manhã desta quinta-feira, ele postou uma foto nos stories do Instagram avisando que viajaria de São Paulo para Porto Alegre.

Foram encontrados dois corpos carbonizados dentro da aeronave. Seis pessoas com ferimentos leves foram atendidas pelas equipes de resgate. No entanto, somente duas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vergueiro, mas não tiveram o estado de saúde atualizado. Os feridos no solo são uma senhora que estava no interior do ônibus e um motociclista que passava nas proximidades.

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Apesar de um ônibus ter sido atingido pela aeronave, o veículo não estava cheio porque ia no “sentido bairro”, segundo o major Felipe Neves, porta-voz da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A linha 8500 havia partido do terminal Barra Funda e ia sentido Terminal Pirituba, na Zona Noroeste.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, confirmou as informações sobre o acidente em um post nas redes sociais nesta manhã. “Nossas equipes estão empenhadas na ocorrência da queda de um avião bimotor na Av. Marquês de São Vicente, em São Paulo. O Corpo de Bombeiros fez o controle das chamas. Equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica também apoiam a ocorrência”, escreveu no post.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) também lamentou o acidente e afirmou que disponibilizou “todas as estruturas de atendimento para socorro às vítimas”, como funcionários da Defesa Civil, SAMU, além de agentes de trânsito e do setor de transporte.

Pelas redes sociais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o acidente e destacou “a atuação rápida do Corpo de Bombeiros que em poucos minutos apagou as chamas do acidente, evitando que a tragédia fosse ainda maior”. “Meus sentimentos aos familiares e amigos das vítimas”, escreveu.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) disse que foram acionados para local investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em São Paulo (SP). “Na ação inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, afirma o comunicado.

Fumaça chama atenção de curiosos

Fumaça após queda de avião de pequeno porte na Barra Funda, em SP — Foto: Reprodução

O motorista Giovani de Noronha estava perto do local quando o avião caiu. Segundo ele, o motorista de ônibus envolvido no acidente tentou apagar as chamas, sem sucesso.

— Ele estava em choque, foi levado pela ambulância — disse.

— Ninguém imagina uma tragédia desse tamanho — completou. Noronha disse que chegou ao local após ver a fumaça causada pelo acidente.

O acidente reuniu curiosos, a maioria demonstrou preocupação pelo acidente ter acontecido próximo a um ponto de ônibus

Por conta do acidente, dez linhas de ônibus que passam na Avenida Marquês de São Vicente foram desviados. Segundo a SPTrans, os ônibus que vierem da Ponte de Piqueri devem seguir pelo Viaduto da Lapa, e quem vem da Marquês de São Vicente deverá seguir pela Avenida Pompeia ou pela Ponte Júlio de Mesquita Neto. Ficam alteradas as seguintes linhas, até que o local do acidente seja liberado — o que não tem previsão para ocorrer, já que o local ainda será periciado:

  • 129F/41 Conexão Petrônio Portela – Pça. do Correio
  • 209P/1 Cachoeirinha – Term. Pinheiros
  • 209P/10 Cachoeirinha – Term. Pinheiros
  • 8500/10 Term. Pirituba – Metrô Barra Funda
  • 8528/10 Jd. Guarani – Pça. do Correio
  • 8544/10 Cid. D’abril 3ª Gleba – Pça. do Correio
  • 8600/10 Term. Pirituba – Lgo. do Paissandú
  • 8600/22 Vl. Iório – Lgo. do Paissandú
  • 9501/10 Term. Cachoeirinha – Lgo. do Paissandú
  • 978A/10 Term. Cachoeirinha – Metrô Barra Funda

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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