O pastor Silas Malafaia elevou o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeo publicado nesta segunda-feira (18), o líder religioso afirmou que sua inclusão em um inquérito da Polícia Federal é mais um passo de uma escalada que, segundo ele, já não se restringe ao campo político, mas avança para a perseguição religiosa.
“Todo estado de exceção, antidemocrático, sempre chegou na perseguição religiosa. Os comunistas da antiga União Soviética, agora da Coreia do Norte, da China e de Cuba, prendem religiosos, isso está acontecendo agora. Os regimes ditatoriais do mundo, Hitler no nazismo, e vai por aí afora…”, declarou Malafaia.
O pastor disse que Moraes “escolheu o cara errado” ao tentar intimidá-lo. Reforçou ainda que não pretende se calar diante do que chama de crimes cometidos pelo magistrado.
“Alexandre de Moraes me coloca no inquérito que eu não tenho nada a ver com isso, simplesmente para tentar me calar. Só que ele escolheu o cara errado. Eu não tenho medo de Alexandre de Moraes, não tenho medo de retaliação, não tenho medo de ser preso, e não vai me intimidar, e eu vou continuar a denunciar os seus crimes. O que ele fez contra mim é uma prova irrefutável de que ele estabelece no Estado Democrático de Direito o crime de opinião”, afirmou.
Malafaia também comparou a situação de Jair Bolsonaro à sua própria, dizendo que o ex-presidente estaria em “prisão domiciliar porque falou”. Para ele, a postura de Moraes compromete a relação do Brasil com os Estados Unidos.
“[Jair] Bolsonaro está em prisão domiciliar porque falou. Isso é um absurdo, minha gente! E agora chegou a minha vez. (…) As retaliações contra o Brasil, o maior responsável é Alexandre de Moraes, é só ler a carta do presidente americano Donald Trump. Centenas de ordens ilegais de censura à plataformas americanas e perseguição a cidadãos americanos. Só que Alexandre de Moraes não parou para pensar: os Estados Unidos são uma nação evangélica, Donald Trump está rodeado de pastores evangélicos, a pior coisa que ele fez foi mexer comigo, porque, para o americano, não se mexe em liderança religiosa por questões políticas”, afirmou.
Ao final do pronunciamento, o pastor convocou seus seguidores para um ato no dia 7 de Setembro, com manifestações em todas as cidades do país. Em São Paulo, ele confirmou presença na Avenida Paulista, às 14h.
“Quero convocar o povo brasileiro. 7 de setembro, em todas as cidades brasileiras, vamos reagir em favor da liberdade e contra a censura. E na Avenida Paulista, a partir das 14h, eu convoco meus irmãos de fé, vamos estar lá, eu vou levantar um clamor pela nação brasileira. Não se cale!”, concluiu.



























