Centro comercial de R$ 30 milhões vai transformar entorno da Rodovia do Contorno, na Serra

Projeto de R$ 30 milhões será construído às margens da Rodovia do Contorno e promete reconfigurar o eixo econômico da região

O bairro de Jacuhy, na Serra, já se consolidou como uma das áreas de expansão mais promissoras do Espírito Santo. Agora, ganha um reforço de peso: um novo centro comercial está prestes a sair do papel, com previsão de investimento superior a R$ 30 milhões. O empreendimento será erguido ao lado do Alphaville Jacuhy, em um terreno de 30 mil metros quadrados, com 12 mil metros de área bruta locável (ABL).

Por trás do projeto estão duas empresas que enxergaram o potencial do local com clareza: a mineira My Mall, uma das líderes nacionais no setor de centros comerciais, e a capixaba 2D Loteadora, responsável por vários lançamentos imobiliários na região. O novo shopping marca a chegada da My Mall ao Espírito Santo.

“Estamos buscando boas lojas âncoras para ocupar pelo menos 40% dessa ABL para finalizar aprovação de projetos, alvará e iniciar as obras, que devem durar cerca de um ano”, afirma Evandro Negrão de Lima Junior, presidente da My Mall.

A companhia, com sede em Minas Gerais, já opera 18 empreendimentos em estados como Goiás e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e agora aposta no Espírito Santo como novo vetor de expansão. O modelo será o de power center — um tipo de centro comercial pensado para regiões de crescimento acelerado, com espaços amplos, estacionamento farto e fácil acesso viário.

“Os power centers são empreendimentos maiores, voltados para os vetores de crescimento das cidades, com lojas de 2 a 3 mil metros quadrados, muitas vagas de estacionamento e acesso facilitado para carros. Já os street malls são empreendimentos urbanos, dentro das cidades, com metragem total de até 3 mil metros quadrados, com acesso tanto de carro quanto a pé”, explica Evandro.

A escolha do terreno não foi por acaso. Localizado às margens da Rodovia do Contorno, o local por onde passam cerca de 30 mil veículos por dia, o fluxo intenso se tornou um dos principais trunfos do projeto. Segundo a My Mall, 75% desse tráfego é composto por carros de passeio, o que indica uma demanda potencial não apenas para o comércio, mas para serviços cotidianos.

“Trinta mil veículos passam na porta, sendo 3/4 de carros e 1/4 caminhões. O fluxo é muito forte no entorno e na macro região, o que torna esse local o único capaz de receber um empreendimento desse porte”, aponta Evandro.

A expectativa é de que o shopping atenda não apenas os moradores do Alphaville Jacuhy, mas também o entorno — incluindo os empreendimentos industriais do TIMS (Terminal Intermodal da Serra), o Polo Piracema e diversas áreas residenciais em expansão.

Lucas Larica, diretor de novos negócios do Jacuhy, destaca o papel da parceria com a My Mall para o fortalecimento da identidade econômica da região.

“A 2D será fundamental para o desenvolvimento imobiliário da região e nos apresentou a My Mall. Com seus 20 anos de experiência, ela soma aos nossos interesses de transformar Jacuhy em uma nova centralidade planejada no Espírito Santo”, afirma Lucas.

A analogia com Nova Lima, em Minas Gerais — onde a ocupação do Alphaville levou à transformação radical da área comercial e residencial — também serve como horizonte para a Serra. A visão dos empresários é de longo prazo: criar um ambiente autossuficiente, com comércio qualificado, serviços essenciais e infraestrutura à altura da nova demanda.

“Constatamos que ali existe muito fluxo e pouco pedestre. A história do Alphaville Jacuhy, na Serra, lembra a de Nova Lima: havia pouco movimento, mas depois da ocupação comercial decolou. Com um de nossos power centers bem estruturado, com bons inquilinos, vai movimentar a vida comercial do Alphaville, gerando um círculo virtuoso. Criará opções comerciais de qualidade para o entorno, atendendo inquilinos e retroalimentando todo entorno”, comenta Negrão.

As obras devem começar assim que as autorizações forem concedidas. E, se tudo correr dentro do cronograma, dentro de um ano Jacuhy poderá ter não apenas um novo shopping — mas um novo centro de gravidade econômica na Serra.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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