Callegari afirma: sou pré-candidato ao Senado

Deputado diz que a decisão sobre quem será candidato do PL ao Senado acontecerá na convenção partidária

O deputado Wellington Callegari (PL) é um dos nomes cotados para disputa ao Senado Federal. Considerado “direita raiz” e com perfil conservador, ele confirmou que nada está decidido sobre quem será o candidato do PL: “Nós estamos no meio de um jogo de afirmações e especulações. Faz parte do processo de formação de qualquer candidatura. Nada do que se afirma pode ser interpretado literalmente, caso contrário, a política se torna previsível. Sem desmerecer ninguém e sem atropelar o processo, a minha corrida ao Senado já começou e não tem volta”.

Callegari lembrou que as convenções partidárias só acontecerão em julho de 2026, onde os demais correligionários participarão das decisões: “Todos os partidos políticos decidem suas chapas nas convenções. Eu entendo que ela é soberana ou pelo menos era para ser. Acredito que meu nome está posto e estamos construindo uma robustez com trabalho, diálogo e entregas relevantes. Me sinto preparado e tenho recebido apoio e incentivo de diversos movimentos de direita do Estado. O projeto cresceu e eu vou até o fim”, enfatizou.

Trajetória no PL e leis importantes

Durante o seu discurso na posse do deputado Gilvan da Federal, que assumiu o comando do Partido Liberal no município de Vitória, ocorrida na semana passada, Callegari lembrou a todos os presentes da sua luta e trajetória dentro do partido: “Eu tenho uma história de superação com o PL e lutei nos momentos difíceis do partido, mesmo antes da filiação do nosso presidente Bolsonaro, ajudando a eleger nossos representantes. O PL é a minha casa e eu conto com a confiança da grande maioria dos meus correligionários”.

Além do perfil conservador, Callegari aposta nas suas proposições aprovadas na Assembleia Legislativa, um conjunto de propostas com grande apelo popular, como a Lei do Parto Livre: “Meu mandato não é refém do sensacionalismo ideológico, é trabalho sério e com entregas reais. Hoje, a gestante que procurar uma maternidade ou um hospital público do Estado para ganhar seu bebê pode escolher a modalidade de parto, normal ou cesariana, devido à Lei 12.194, de minha autoria, aprovada desde o ano passado e que está em pleno vigor. Tenho visitado as cidades capixabas e estou testemunhando a transformação que a lei tem causado no atendimento às gestantes, sem violência, sem desrespeito e, acima de tudo, ouvindo e devolvendo o protagonismo às mães. Hoje, a Lei 12.194 salva vidas e resgata a dignidade das mulheres”.

Passos daqui pra frente e conversas com outros partidos

Finalizando, o deputado reitera que vai continuar percorrendo os municípios capixabas e propondo o debate de enfrentamento ao que ele denomina de ativismo judicial e distorção das atribuições de parte do Poder Judiciário: “Por causa do fisiologismo da classe política, partes do nosso Judiciário têm se arvorado sobre os demais poderes. É preciso mudar a nossa consciência política urgentemente, porque quem está pagando o preço é a própria população em geral. Precisamos mexer na realidade política do país e ter coragem para colocar cada um no seu devido lugar, respeitando suas respectivas atribuições. Por isso, eu defendo que as vagas para ministros do STF sejam ocupadas somente por juízes de carreira, com tempo determinado”.

Por fim, o deputado falou sobre as conversas com outros partidos, mas que o seu projeto é disputar o Senado pelo PL: “Tenho sido procurado por outros partidos de direita e conversado sobre as diversas possibilidades até 2026. No entanto, tenho dito que o meu projeto é ser candidato pelo PL. Graças a Deus, tenho construído minha história política de forma verdadeira e isso tem chamado atenção de vários segmentos. Credibilidade é tudo na vida e, na política, é fundamental”.

O deputado estadual Wellington Callegari é professor, filósofo, doutrinador e palestrante. É considerado um dos grandes expoentes dos princípios e valores conservadores e um dos nomes promissores da direita do Espírito Santo.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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