entenda modalidade estreante nas Olimpíadas

Provas acontecem no parque urbano de La Concorde, no centro de Paris, nesta sexta-feira e sábado

9 ago
2024
– 08h10

(atualizado às 09h16)




Breakdance estreia em Jogos Olímpicos

Foto: REUTERS/Jon Nazca

A Olimpíada Paris-2024 estreia nesta sexta-feira, 9, o breakdance, nova modalidade do programa olímpico. As provas acontecem no parque urbano de La Concorde, no centro de Paris, mesmo palco do BMX estilo livre, skate e basquete 3×3. A competição feminina conhece a vencedora ainda nesta sexta, enquanto o medalhista de ouro do masculino será coroado no sábado, 10. Não há brasileiros classificados para o break na capital francesa.

  • A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.

O breakdance surgiu da cultura hip-hop, oriunda de bairros desfavorecidos da Nova York dos anos 1970. Nas batalhas, os competidores realizam movimentos acrobáticos no solo ou no ar para conquistar os votos de cinco jurados, que decidirão o vencedor por maioria. Eles são acompanhados pela música de um DJ e pela apresentação de um MC (mestre de cerimônias).

Serão 32 atletas em Paris, sendo 16 Bboys e 16 Bgirls, nome dado aos atletas das competições masculinas e femininas, respectivamente. Em cada categoria, os breakers são divididos em quatro grupos de 4 atletas cada. Os dois com os melhores de cada chave avançam às quartas de final. Na fase eliminatória, o dono do melhor desempenho enfrenta o oitavo, enquanto o sétimo encara o segundo, e assim sucessivamente.

Os duelos são realizados em um círculo chamado cypher, com os espectadores ao redor. Durante a batalha, os breakers respondem à apresentação do oponente logo após o rival encerrar a sua apresentação. As apresentações duram 1 minuto cada, em batalhas conhecidas como “throw down”. Na fase eliminatórias, os breakers realizam três apresentações em vez de duas, com a mesma minutagem.

Os jurados avaliam o componente atlético de cada apresentação, levando em consideração técnica, execução, vocabulário, musicalidade e originalidade. Em vez de notas, os juízes usam um cursor digital, que desliza em direção ao breaker que está vencendo o confronto. Cada um dos cinco critérios representa 20% da pontuação final. Um breaker é declarado vencedor de acordo com o saldo dos cursores para cada fundamento.

Quem são os favoritos?

Um dos competidores favoritos a levar a medalha de ouro é o norte-americano Victor Montalvo, de 30 anos. Ele tem no currículo dois títulos do Red Bull BC One World Finals, em 2015 e 2022, e vem de um título no Campeonato Mundial, que lhe garantiu vaga em Paris. Ele foi apresentado ao breaking pelo pai, o mexicano Victor Bermudez, e seu tio Hector, precursores da atividade na década de 1980.

Outros B-boys para ficar de olho são o francês Dany Dann, vencedor da World Series 2023, realizada no Rio, além do canadense Phil Wizard, atual vice-campeão mundial.

Entre as B-girls, olhos atentos para Dominika Banevic, de apenas 17 anos. A competidora da Lituânia de apelido Nicka chega em Paris como a atual campeã mundial, desbancando mais de 90 adversárias no ano passado, em torneio realizado na Bélgica.

Quem também pode chegar ao pódio são as japonesas Ami e Ayumi. A primeira é bicampeã mundial, em 2019 e 2022, enquanto a segunda faturou a edição de 2021. A chinesa Liu Qingyi, que também atende pelo apelido B-Girl 671, já levou a melhor sobre as atletas do Japão em outras oportunidades e vale ficar de olho.

Movimentos

Não existe uma regra sobre quais movimentos os breakers devem fazer durante as batalhas, mas alguns são bem conhecidos entre os competidores. Veja abaixo alguns dos movimentos mais famosos:

  • Top rock: sequência de passos feitos em pé, combinando variações com movimentos de mãos e braços, em que o competidor mostra seu estilo ao ritmo da música.
  • Drop ou transition: movimento de transição que o competidor faz para começar a dançar no solo.
  • Footwork: movimento que o breaker faz usando as mãos no chão para dar suporte ao copro enquanto move os pés e dá chutes no ar ao ritmo da música.
  • Freeze: movimento estático em posição acrobática de alta complexidade. Costumam ser realizados para finalizar uma série de movimentos rápidos.
  • Head spin: movimento em que o competidor impulsiona seu corpo em uma rotação contínua, equilibrando-se com a cabeça.
  • Flip: ação em que o breaker pula e gira uma ou mais vezes enquanto está no ar.

Programação

Sexta-feira, 9 de agosto

  • 11:00: B-Girls – Classificação
  • 15:00: B-Girls – Quartas de final
  • 15:45: B-Girls – Semifinal
  • 16:14: B-Girls – Batalha pelo bronze
  • 16:23: B-Girls – Batalha pelo ouro

Sábado, 10 de agosto

  • 11:00: B-Boys – Classificação
  • 15:00: B-Boys – Quartas de final
  • 15:45: B-Boys – Semifinal
  • 16:14: B-Boys – Batalha pelo bronze
  • 16:23: B-Boys – Batalha pelo ouro

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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