Súmula de Corinthians x Grêmio cita dirigente ‘agressivo’ com arbitragem: ‘Abre o teu olho’

O empate por 2 a 2 entre Corinthians e Grêmio na Neo Química Arena, na noite de quinta-feira (25), foi marcado por polêmicas de arbitragem. O duelo foi válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A equipe gaúcha reclamou do árbitro em pelo menos três lances. Após a partida, jogadores, o técnico Renato Gaúcho e até Antônio Brum, vice-presidente, contestaram a atuação da arbitragem.

O dirigente chegou a ser citado pelo juiz Alex Gomes Stefano na súmula do duelo. Segundo o relato, ele agiu “de forma agressiva e aos gritos”.

“Informo que após o término do primeiro tempo, enquanto a equipe de arbitragem se dirigia ao vestiário, fomos interpelados no túnel de acessi pelo senhor Antônio Brum, vice-presidente do Grêmio, que de forma agressiva e aos gritos dizia as seguintes palavras: ‘O que você fez aí? Que pênalti foi aquele que você deu? Abre o teu olho, aqui só tem pai de família, abre o teu olho. Está invertendo tudo’. Necessitando ser contido por várias vezes por outros funcionários de sua equipe e pelo policiamento”.

O dirigente, após a partida, detonou a arbitragem e chamou de “vergonha”.

“Ficou claro a vergonha que aconteceu de novo em Itaquera, toda vez é a mesma coisa, ano passado foi tirado um título aqui dentro, uma bola na mão que o estádio inteiro viu e o VAR não chamou. Hoje o VAR chama. É uma vergonha, não aguento mais. A gente só quer igualdade, acontecendo isso dentro de campo vai ser difícil. Vergonha, Ednaldo, não deixe o campeonato à deriva, é uma vergonha. Tem que ser resolvido imediatamente, é uma vergonha”, disparou.

Pelas redes sociais, o Grêmio também se manifestou por conta da arbitragem e afirmou lutar por justiça para se ter uma competição justa.

“Mais uma vez, assim como ocorreu no ano passado no mesmo estádio, contra o mesmo adversário, fomos prejudicados por um erro claro de arbitragem. Não queremos nenhum benefício, pedimos apenas justiça e equidade nas decisões dos árbitros e das equipes que operam o VAR para que possamos competir de forma justa e digna.”

As reclamações

O Grêmio questionou um pênalti marcado para o Corinthians aos 25 minutos do primeiro tempo. Após ir ao monitor do VAR, o árbitro Alex Gomes Stefano assinalou infração de Kanemann sobre Ángel Romero, dentro da área.

Para Renata Ruel, comentarista de arbitragem dos canais ESPN, o Imortal tem razão em questionar a decisão do árbitro.

“Não foi pênalti, o Grêmio vai reclamar com razão. Primeira análise é se o segurar gera impacto, pois nem todo segurar é falta. Segundo ponto, o jogador do Corinthians cai para frente em um puxão. A bola sobra para o companheiro de equipe do atacante que cabeceia livre. O VAR no Brasil segue sendo uma vergonha, é o tipo de lance que só por aqui há interferência e a arbitragem marca”, analisou.

A sequência da primeira etapa ainda teve mais reclamações por parte do Grêmio em relação à arbitragem.

Primeiro com o goleiro Marchesín, que alegou um pisão de Yuri Alberto após disputa de bola dentro da área.

E no fim, por conta da marcação de impedimento naquele que seria o segundo gol dos gaúchos, marcado por Franco Cristaldo, mas que foi anulado.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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