O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou a maioria de votos necessária para descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal. Com esta decisão, o Brasil se junta a outros países que já descriminalizaram ou legalizaram o uso recreativo da maconha.
O julgamento, iniciado em 2015, foi retomado este ano e finalmente atingiu a maioria necessária com seis dos onze ministros votando a favor da descriminalização. Os votos favoráveis argumentam que a criminalização do porte de pequenas quantidades de maconha viola direitos fundamentais e sobrecarrega o sistema judiciário.
Os ministros que votaram a favor destacaram que a descriminalização pode reduzir a superlotação das prisões e permitir um enfoque mais eficiente no combate ao tráfico de drogas. O ministro Alexandre de Moraes defendeu que a posse de até 60 gramas de maconha não deve ser considerada crime, enquanto o ministro Luís Roberto Barroso sugeriu um limite de até 25 gramas ou seis plantas fêmeas para cultivo pessoal.
Repercussão
A decisão do STF foi recebida com reações mistas. Grupos favoráveis à descriminalização comemoraram a decisão como um passo importante para a reforma das políticas de drogas no Brasil. Por outro lado, opositores expressaram preocupações sobre o potencial aumento do uso de drogas e seus impactos sociais.
Embora a maioria tenha sido alcançada, a formalização da decisão depende ainda dos votos restantes e da definição de diretrizes claras para a aplicação da nova política. A expectativa é de que a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal traga mudanças significativas na abordagem legal e social do uso de drogas no país.



























