7 de Setembro: milhões tomam as ruas em defesa da liberdade e da anistia dos presos do 8 de janeiro

Protestos se espalham por quase 100 cidades e reúnem líderes políticos e cidadãos em atos contra a perseguição judicial

O 7 de Setembro de 2025 começou com ruas e praças cheias em dezenas de cidades, em manifestações que têm como bandeira a anistia dos presos do dia 8 de janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Sob o lema “Reaja, Brasil”, atos similares ocorrem também no exterior, reunindo cidadãos comprometidos com a defesa da liberdade.

Em Brasília, os manifestantes se concentraram no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte) desde as 9h. Entre os presentes estavam senadores, deputados federais e o ex-desembargador Sebastião Coelho.

“A expectativa é que nós reunamos aqui dezenas de milhares de pessoas lutando pelo Brasil, pelo resgate da nossa nação. Nós não vamos admitir que o Brasil fique sob esse regime autoritário e ilegítimo que está posto”, disse o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF).

O deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) informou que o projeto de anistia deve ser votado pelo Congresso Nacional em 20 dias.

Em Brasília, Michelle Bolsonaro enviou uma mensagem de áudio que foi reproduzida em vários locais. Na gravação, a ex-primeira-dama comparou o julgamento do marido aos processos de Moscou, denunciou prisões arbitrárias e questionou a atuação de autoridades.

“Três anos se passaram desde 2022, e a situação só piorou. Movidas por vingança, autoridades perversas prenderam inocentes, crianças foram levadas para campos de detenção, idosas sofreram violência, e até um pai de família, o Clezão, morreu na prisão. Débora ‘do batom’ e tantas outras pessoas estão sendo condenadas a penas piores do que a de assassinos e traficantes”, afirmou Michelle Bolsonaro.

A ex-primeira-dama acrescentou:

“O devido processo legal foi destruído, as defesas sabotadas, inclusive a do meu marido. A perseguição política e religiosa avança sobre nós. O pastor Silas Malafaia teve seu caderno de pregações apreendido pelos agentes do governo”.

Em Goiânia, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) defendeu a aprovação da anistia total e irrestrita.

“Eles estão desesperados porque sabem que a anistia vai passar. E a anistia não é para um ou outro, não. Nós só vamos aceitar a anistia total, ampla e irrestrita”, disse Gayer.

No Rio de Janeiro, a concentração ocorreu na praia de Copacabana, entre os postos 4 e 5. Em Belo Horizonte, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se juntou à mobilização. Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) acompanhou o desfile cívico-militar no Sambódromo do Anhembi antes de participar da manifestação na Avenida Paulista, ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e de Michelle Bolsonaro.

“Não se mata uma ideia! No dia 7 de setembro, seremos milhões de brasileiros nas ruas, unidos em um só grito de liberdade. Não apenas pelo presidente Bolsonaro, mas por todos aqueles que hoje sofrem com a tirania de poucos. É a voz do povo que ecoará, é o Brasil que se levantará! Vamos às ruas! Que Deus abençoe o nosso Brasil”, disse Flávio Bolsonaro.

O pastor Silas Malafaia, um dos principais mobilizadores nas redes sociais, destacou que os atos são uma defesa da liberdade e uma reação contra a perseguição política. O tom unificado entre líderes e manifestantes reflete a mobilização em torno da defesa do país contra abusos de poder e violações da Constituição.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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