Sinner tranquiliza sobre o punho para a final do US Open

Nova York (EUA) – Primeiro jogador a garantir vaga vaga na semifinal masculina do US Open 2024, o italiano Jannik Sinner sofreu um susto durante a vitória por 3 sets a 0 sobre o britânico Jack Draper. Em um lance no nono game do segundo set, o número 1 do mundo sofreu uma queda no fundo da quadra e precisou usar a mão para amortecer o impacto no chão, mas acabou torcendo o punho. Ele solicitou atendimento, mas logo se recuperou e voltou para completar a classificação.

Mais tarde, na coletiva de imprensa, Sinner tratou de tranquilizar a todos dizendo que tudo não passou de um susto e tem plena confiança de que estará 100% para jogar a final contra Taylor Fritz neste domingo. “A fisioterapeuta me ajudou a relaxar muito rápido na quadra, então já me senti bem logo. Depois a dor desapareceu quando comecei a jogar, o que é um bom sinal. Veremos como vai ser amanhã quando esfriar, será uma sensação diferente. Espero que não seja nada com que se preocupar. Estou bastante tranquilo, porque se fosse algo ruim eu sentiria imediatamente. Veremos como vai ser”, comentou.

Esta será a segunda decisão de Grand Slam da carreira do italiano de 23 anos, que em janeiro faturou o Aberto da Austrália. Desde então, ele vem vivendo a sua melhor temporada até aqui, embora o bombástico caso de doping revelado no último mês tenha trazido uma grande turbulência em sua vida. Até por isso, Sinner admite que chegou ao US Open com baixas expectativas e foi tentando ganhar confiança rodada após rodada.

“Temos caminhado dia a dia, sem muitas expectativas, tentando encontrar o meu jogo e o meu ritmo. Comecei o torneio perdendo o primeiro set, mas fui buscando confiança aos poucos. Treinamos muito nos dias entre os jogos, tentando nos preparar da melhor forma possível para cada duelo. Por isso estou feliz por chegar à final aqui, é um torneio especial e veremos o que o domingo nos reserva”, explicou.

Aspectos a melhorar

Apesar de chegar a mais uma final de Slam, Sinner apontou alguns elementos que ainda sente que precisa evoluir dentro de quadra para se tornar um tenista mais completo. “Na rede às vezes perco alguns voleios, sinto que posso melhorar um pouco a minha escolha de jogadas e também alguns pequenos detalhes que fazem uma grande diferença quando você joga em alto nível. Minha equipe e eu sabemos onde tenho que melhorar.”

“Hoje, por exemplo, eu deveria ter subido mais à rede. Mas isso é algo que leva tempo, não é uma questão de mágica, é preciso passar por determinados momentos. Perdi jogos fazendo as coisas bem, então temos que continuar trabalhando nisso. Também ganhei jogos fazendo coisas erradas. Você tem que se comunicar com a equipe e tentar encontrar o equilíbrio. Mas sei qu e ainda posso melhorar”, complementou o italiano.

Evolução de Draper

Em outro momento da coletiva, Sinner também foi perguntado sobre o atual nível de Jack Draper, que é da mesma geração que o italiano e o espanhol Carlos Alcaraz, mas ainda não tinha conseguido fazer jus às expectativas que o tornaram um dos jovens mais promissores do circuito. Depois de o britânico enfim fazer uma campanha de destaque em Slam, o atual número 1 do mundo teceu elogios ao colega e contou como é a relação entre eles.

“Mantemos uma boa amizade, nos conhecemos muito bem. Obviamente é difícil para ele. As semifinais são um pouco diferentes de jogar e nos Grand Slam as finais também são diferentes. Há muita tensão, mas foi bom compartilhar a quadra com ele. Espero que tenhamos mais batalhas no futuro, tenho certeza que teremos. Ele se encontrou nesta semana, jogando um tênis incrível, sacando bem e fisicamente melhorou muito. Ele será um cara difícil de vencer no futuro, com certeza, e estou feliz por ele”, disse.

Sinner também elencou alguns pontos de destaque no jogo do rival. “Ele tem uma boa batida na bola e escolhe os golpes certos na hora certa. Sinto que ele tem potencial para ganhar alguns títulos importantes no futuro, porque é um jogador difícil de jogar contra, tem uma ótima atitude na quadra e está trabalhando duro. Além disso, é canhoto, algo que é sempre diferente. Do meu ponto de vista, hoje ele jogou muito bem os primeiros sets, e depois caiu um pouco fisicamente, mas acho que o veremos muito mais de agora em diante”, analisou.

Duelo com Fritz na decisão

Embora ainda não soubesse quem seria o seu adversário no domingo quando concedeu a entrevista coletiva, Jannik Sinner frisou que sabe que terá pela frente um grande desafio, principalmente por enfrentar um tenista da casa, ainda mais em um torneio que nenhum norte-americano vence há mais de 20 anos e a torcida anseia por uma nova conquista.

“A atmosfera vai ser o que é. Estamos nos Estados Unidos, em Nova York, jogando contra um americano, então o público vai ficar um pouco mais do seu lado. Mas é normal, é como quando jogo na Itália, que é um pouco igual. Então vou aceitar, tenho minha equipe e meu pessoal perto de mim. Na minha cabeça, sei que haverá muitas pessoas me observando em casa, da Itália, então só preciso de um pouco desse apoio”, finalizou.



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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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