Mensagem certa à pessoa certa: Magazine Luiza (MGLU3) renova plataforma de retail media e já recebe 430 milhões de visitas mensais

Desde que assumiu a direção do Magalu Ad, em janeiro deste ano, Celia Goldstein viu que poderia ampliar muito a maneira como a plataforma de publicidade do Magazine Luiza (MGLU3) ajudava nos negócios dos parceiros online da varejista. Na bagagem, ela trazia a experiência de outras grandes empresas do ramo, como Amazon e Facebook.

Desde então, novos profissionais foram contratados e especificidades técnicas foram desenhadas para que a plataforma fosse lançada com novas ferramentas de publicidade para os mais de 360 mil vendedores do marketplace. E não só, porque há outros dois tipos de clientes: as grandes fabricantes, como Unilever, e as agências de publicidade destas marcas. 

O esforço da companhia neste sentido tem uma lógica, percebida não só por gigantes do varejo mundial, como Amazon e Alibaba, como também nacional, com Americanas e Casas Bahia: retail media é o novo ouro do mercado de varejo e ainda há muito o que se escavar. 

Trata-se da possibilidade de monetizar ainda mais os espaços do e-commerce e das lojas físicas com anúncios e outros tipos de publicidade, a partir do entendimento dos dados dos consumidores. Em outras palavras, a mídia de varejo é uma estratégia de publicidade na qual marcas anunciam produtos em espaços publicitários ou canais de vendas das varejistas.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Boston Consulting Group (BCG) e pelo Google, o retail media deve gerar cerca de US$ 75 bilhões (R$ 418,44 bilhões, no câmbio atual) em lucro até 2026, com um crescimento anual de 22% em gastos dos anunciantes nessas plataformas.

Magazine Luiza: 430 milhões de visitas mensais 

No caso do Magazine Luiza, a empresa ainda não divulgou quanto essa fatia representa do negócio total, mas o potencial é imenso. A companhia hoje trabalha para o aumento e entendimento da sua enorme audiência, de 430 milhões de visitas mensais. 

Este número grandioso representa pessoas que chegam até a rede de formas tão díspares quanto pela busca de um produto objeto de consumo no app da rede ou até pela leitura de conteúdos sobre tecnologia nos sites Jovem Nerd e Canal Tech. Vale lembrar que nos últimos anos, o Magalu investiu ainda em outros caminhos alternativos até suas redes, como o site de moda Steal The Look e a compra das varejistas Netshoes e KaBuM!.

O investimento em outras fontes de visitas, dos temas mais variados possíveis, até pode estar no radar da empresa, mas Celia Goldstein não comenta nada sobre um alvo específico. Para ela, é preciso que todos entendam que a pessoa aficionada por tecnologia é a mesma que precisará comprar uma panela de pressão ou um ferro de passar, em algum momento. 

Por esta lógica, tudo se converge e informa com certa clareza e precisão sobre os hábitos de consumo de grupos de pessoas que podem (e talvez até queiram ou precisem em determinados momentos) chegar até determinados produtos vendidos pela varejista. 

“Nossa proposta é justamente pegar esse poder de audiência, sobre o que as pessoas estão pesquisando e comprando nestes sites, para usar de acordo com a potencial deles, alinhado com potencial de vendas e imagem das marcas”, diz Celia Goldstein, diretora do Magalu Ad, em entrevista ao Seu Dinheiro.

A opção de ter autonomia para criar suas próprias campanhas e controlá-las dentro da plataforma, faz com que a ferramenta acabe sendo um trunfo em estratégias regionais, onde imprimir o jeito peculiar de cada lugar nos anúncios faz uma baita diferença para quem quer conquistar os consumidores.

“Isso contribui para o Magalu se fortalecer na regionalização das marcas, tanto que na Black Friday conseguimos dar grandes descontos nas regiões Sul e Sudeste por meio das campanhas destes parceiros regionais”, conta a diretora. 

Celia Goldstein, diretora do Magalu Ad

Plataforma Ads do Magalu: prova de fogo na Black Friday

A aprendizagem de comportamento desse público é o que norteia as decisões de melhorias e criações de caminhos alternativos da plataforma de Ads do Magazine Luiza – além de pesquisas feitas com os clientes que usam as ferramentas para fazer seus anúncios e controlar vendas, é claro. 

A ideia da plataforma e suas inovações é que todos os parceiros tenham liberdade de montar seus planos de vendas, com base em metas traçadas por eles, dentro do limite e importância de cada segmento e negócio. Tudo com base no conhecimento dos clientes, de acordo com as informações de comportamento colhidas nesse mundaréu de dados da rede.  

“Agora, temos uma interface mais intuitiva, novos recursos e nossos anunciantes, sellers e agências conseguem analisar mais estrategicamente como investem em anúncios junto à companhia”, afirma Goldstein. 

O novo sistema possibilita, ainda, a gestão de campanhas em tempo real, segmentação aprimorada, otimização impulsionada por IA para maximizar desempenho dos anúncios, entre outras ações. Um treinamento inicial e toda base para a operação é ofertada pelo Magazine Luiza. 

O direcionamento de pensar na importância de cada usuário dentro deste universo de informações parece estar dando certo. De acordo com Goldstein, a prova de fogo da área aconteceu na Black Friday, a primeira grande data comercial com as novidades de publicidade disponíveis, já com as novidades da plataforma disponíveis. 

Para se ter uma ideia do reflexo das modificações, a companhia deu como exemplo uma empresa de uma das categorias que mais apresentou crescimento de vendas, a de móveis. 

Nesse contexto, a Madesa, seller de móveis do marketplace Magalu, obteve um de sete vezes o valor investido no Magalu Ads. O total que a empresa faturou no período foi 150% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. 

Ainda na comparação com a data de vendas do ano anterior, com o impulso do Magalu Ads, a Madesa teve um aumento de 1.300% em número de visualizações.

O Magalu Ads conseguiu diferentes maneiras de mostrar as ofertas dos sellers e marcas para os clientes. Durante a live de mais de duas horas no PodPah, o Magalu Ads divulgou 19 marcas, captando milhões em investimento. 

Uma das ofertas que mais fez sucesso foi a do Smartphone Galaxy A06, da Samsung, que após ser exibido na live comandada pelos apresentadores Igão e Mítico, viu sua busca no site do Magazine Luiza crescer 140%, na comparação com a média dos dias anteriores.

A venda de publicidade por meio de anúncios em grandes varejistas, tidas como as maiores vitrines do mundo online, é uma tendência já apontada há anos por especialistas de negócios, como a Insider Intelligence. Já era previsto que primeiro seria a vez dos buscadores (com todo impacto de mudança cultural, comportamental e econômica trazida por eles), seguido pela criação e adoção das redes sociais. 

A questão, hoje, é a velocidade com que essa terceira onda, a do retail media, está se inserindo no dia a dia das pessoas e das empresas. 

Se na primeira onda, de buscadores, o Google levou 14 anos para atingir US$ 30 bilhões em mercado, e as redes sociais alcançaram o mesmo valor em 11 anos, o retail media levou apenas 5 anos para atingir o mesmo valor

“Digo com tranquilidade que o canal de retail media possui o maior poder de crescimento hoje, e crescerá muito mais ainda este ano”, disse Leonardo Naressi, co-CEO e CIO (diretor de TI) da DP6, agência especializada no segmento, em entrevista ao E-Commerce Brasil

A estimativa é que a escolha do uso das publicidades em grandes varejistas tenha crescido entre as decisões de investimentos em marketing. Nos EUA, o retail media já representa 16% de todo mercado publicitário, enquanto que na China a fatia é bem maior – representa 40% do total investido em mídia.

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

O Fator Brasil é um portal de notícias que acredita no Jornalismo comprometido com a verdade dos fatos e com a ética, trazendo sempre os principais acontecimentos do Espírito Santo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também

A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

Tendência

plugins premium WordPress
O Fator Brasil