Djokovic explica abandono contra Zverev e responde sobre possível despedida do Australian Open

Após um final infeliz no Australian Open 2025, Novak Djokovic concedeu uma entrevista coletiva explicando detalhes da lesão que o forçou a abandonar a partida contra Alexander Zverev na semifinal do Grand Slam, que tem transmissão de todas as quadras pela ESPN no Disney+ Premium.

“Eu não batia na bola desde o jogo contra o Carlos Alcaraz (quartas) e até uma hora antes da semifinal. Eu fiz tudo que eu podia para cuidar dessa ruptura muscular. Medicamentos, esparadrapos e fisioterapia, tudo isso melhorou um pouco a situação. Mas no final do 1º set, eu comecei a sentir muito mais dor. Foi muito difícil para mim e ter que lidar com essa dor nesse momento. Um final infeliz, mas eu tentei.”

Maior campeão do Aberto da Austrália, Djokovic sentiu a lesão ainda nas quartas de final contra Alcaraz, quando precisou ir até o vestiário após perder o 1º set para receber o atendimento médico. O tenista sérvio de 37 anos conseguiu se recuperar e vencer de virada em um jogaço de 4 sets.

Na semifinal contra Zverev, o ex-número um do mundo era considerado o favorito no duelo, mas perdeu o 1º set no tie-break e acabou desistindo da partida. Essa foi o 1º abandono de Djokovic desde as oitavas de final do US Open de 2019. Na entrevista, o sérvio não escondia a decepção de encerrar a campanha dessa forma.

“Se eu continuaria no jogo se tivesse vencido o 1º set? Talvez. Se eu tivesse vencido, eu tentaria continuar, não sei, por mais alguns games ou talvez mais meio set, eu não sei. Estava piorando muito. Eu sabia que mesmo se tivesse vencido o 1º set, ainda seria uma batalha muito grande para aguentar o desgaste físico dos rallys por mais, sei lá, duas, três ou quatro horas. Infelizmente, eu acho que não tinha combustível para isso no tanque.”

Djokovic buscava o 11º título do Australian Open e o 25º Grand Slam da carreira, se tornando o recordista entre homens e mulheres nessa estatística, considerada a mais importante do tênis. Aos 37 anos e 8 meses, o sérvio tentava se tornar o tenista mais velho a chegar em uma final do major australiano na Era Aberta, que começou em 1973, quando os profissionais foram permitidos nos grandes torneios.

“Existe essa chance (de ser o último Australian Open), quem sabe? Eu preciso ver como será a temporada, eu quero continuar jogando, mas se eu vou mudar o o planejamento para próximo ano, eu ainda não tenho certeza. Geralmente, eu gosto de jogar aqui. Aqui foi onde eu tiver o maior sucesso da minha carreira. Então, se eu estiver saudável e motivado, eu não vejo um motivo para não vir, mas que existe uma chance (de ter sido o último), ela existe.”

Atual número 7 do ranking da ATP, Djokovic não vence um título Grand Slam desde o US Open de 2023 e enfrentou problemas físicos nos majors mais recentes, como a lesão no menisco do joelho direito que o tirou de Roland Garros nas quartas de final no ano passado. Ele até chegou a vencer o duelo nas oitavas, mas precisou desistir da competição antes de entrar em qudra nas quartas de final.

“Não é que eu estou chegando em todo Grand Slam preocupado se eu posso me lesionar ou não. Mas as estatísticas estão jogando contra mim nos últimos anos. Isso é verdade, eu estou me machucando bastante nos últimos anos, mas eu não sei exatamente por qual motivo. Talvez sejam vários fatores diferentes. Eu vou continuar tentando a ganhar mais Grand Slams, enquanto eu estiver a fim de aguentar tudo isso, eu vou continuar no circuito.”

Ainda sobre o futuro, Djokovic também comentou se Andy Murray, ex-número 1 do mundo que se aposentou no ano passado, vai continuar como seu técnico. O britânico foi convidado pelo sérvio para integrar sua equipe nesse Australian Open.

“Eu não a falei com o Murray sobre o futuro. Estamos desapontados com o que acaba de acontecer, então ainda não falamos sobre os próximos passos. Nós acabamos de sair da quadra, mas com certeza vou ter uma conversa com o Andy e agradecer ele. Sou muito grato e vou dar um feedback para ele, que foi muito positivo, e entender como ele está sentindo para definir os próximos passos. Nós estamos ainda com a cabeça muito quente e desapontados. É difícil virar a página e já começar a pensar nos próximos passos. Vocês sabem, eu acredito que nós dois precisamos esfriar a cabeça um pouco e depois ter essa conversa.”

O próximo torneio que Djokovic está inscrito é o ATP 500 de Doha, no Qatar, que começa no dia 17 de fevereiro. No entanto, com essa lesão, a participação do sérvio é incerta.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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