Os eleitores que não votaram no primeiro turno das eleições municipais têm até esta quinta-feira (5) para justificar a ausência. Essa justificativa é essencial para evitar pendências na Justiça Eleitoral, que podem gerar diversas complicações legais. Para simplificar o procedimento, os eleitores podem justificar de maneira rápida e prática pela internet.

Uma das opções mais convenientes é o aplicativo e-Título, disponível para download em dispositivos móveis de todas as marcas. Outra alternativa é o sistema Justifica, acessível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde é possível registrar o motivo da ausência de forma direta e segura.

Para quem prefere métodos tradicionais, existe a opção de preencher um formulário de requerimento de justificativa pós-eleição, que pode ser entregue pessoalmente em um cartório eleitoral ou enviado pelos correios. Esse formulário está disponível no site do TSE. Vale lembrar que os prazos de justificativa são diferentes para o primeiro e o segundo turnos das eleições.

O prazo para justificar a ausência no primeiro turno termina amanhã, enquanto os eleitores que não votaram no segundo turno têm até o dia 7 de janeiro para regularizar sua situação. Isso ocorre porque o segundo turno é realizado em uma data posterior ao primeiro.

Pastor Fabiano (PL) foi um dos líderes do movimento de dezembro de 2022, que levou milhares de capixabas à frente do 38º Batalhão, na Prainha.

Numa era digital, onde o mundo virtual se confunde com o mundo real, é possível vencer uma eleição sem redes sociais? O pastor Fabiano Oliveira provou que sim e foi eleito vereador do município de Vila Velha com 2.964 votos. Além de não poder utilizar as redes sociais, devido ao inquérito instaurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o pastor enfrentou outras restrições, como ter que permanecer em casa após as 20h e não poder sair às ruas aos sábados e domingos.

Jonas Souza, coordenador e articulador da campanha do pastor falou sobre as dificuldades e o desafio de participar de uma campanha tão concorrida: “Não foi fácil, mas não tínhamos dúvidas de que chegaríamos como opção para a cidade de Vila Velha, principalmente para o público conservador e de direita. O pastor Fabiano superou todos os obstáculos e restrições e foi abraçado pelas famílias de Vila Velha, uma manifestação de carinho e reconhecimento da luta do nosso amigo”, enfatizou.

Um dos caminhos para a vitória foi a corrente de amigos do pastor Fabiano, que funcionou como multiplicadora da campanha: “Foi um período muito gratificante, onde as pessoas se voluntariaram, desde jovens até senhoras que entenderam o nosso projeto. Vencer uma eleição sem recursos e sem redes sociais é quase impossível, mas mostramos que é possível com diálogo sincero e propostas verdadeiras”, concluiu Jonas.

Lembrando que o pastor Fabiano foi um dos líderes que organizou as manifestações da direita que atravessavam a terceira ponte e também encabeçou o movimento em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, na Prainha de Vila Velha. Em dezembro de 2022, ele foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, acusado de atos antidemocráticos. Contudo, na avaliação dos seus advogados, desde a prisão do pastor, diversos direitos garantidos pela legislação brasileira foram violados, o que pode anular todo o processo.

Com a vitória, o pastor Fabiano será diplomado vereador da cidade de Vila Velha e empossado no dia 1º de janeiro de 2025.

O líder comunitário Ademir Pontini obteve 2.218 votos e foi eleito vereador no município de Vila Velha

Os moradores do bairro Cristóvão Colombo elegeram um novo vereador para representá-los na Câmara Municipal: Ademir Pontini, presidente da Associação da comunidade.

O novo parlamentar pretende utilizar toda sua experiência para o desenvolvimento do bairro e da região: “Vou criar mais parcerias para a conclusão da Estação de Bombeamento do Canal Bigossi e lutar por melhorias nas obras pluviais de todo o bairro. Vou trabalhar junto com o prefeito Arnaldinho e buscar apoio para melhorar o sistema de drenagem, pavimentação e limpeza urbana”, destacou.

Ademir Pontini também expressou sua preocupação com obras que impulsionem o lazer dos moradores: “Quero triplicar a atividade esportiva no bairro e vou buscar recursos para ampliar o Parque Linear do Canal do Bigossi, um espaço que pode ser um local de encontro e diversão para as famílias. Um dos meus projetos visa aumentar a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos para os moradores, especialmente para mães e pais de família que precisam de uma renda complementar. Quero um bairro desenvolvido e igual para todos; a população merece.”

Maurílio Ferreira Alves, pertencente a uma das famílias fundadoras do bairro, comentou sobre a alegria pela eleição de Ademir Pontini: “Foi uma aposta de todos nós. O bairro precisava de um representante, e Ademir vinha realizando um ótimo trabalho à frente da Associação, conquistando a confiança dos moradores. O bairro está bem representado com essa nova liderança, e o município de Vila Velha ganha um vereador atuante e preparado”, complementou.

Ademir Pontini tem 42 anos, é formado em Turismo e Administração, e foi eleito com 2.218 votos. A maioria dos moradores de Cristóvão Colombo votou no colégio eleitoral do bairro Soteco, onde o candidato obteve 1.163 votos.

Ronan Zocoloto, popularmente chamado de Ronan Fisioterapeuta (PL), prefeito eleito de Santa Maria de Jetibá, na região Serrana do Espírito Santo, corre o risco de ser declarado inelegível devido à divulgação de uma pesquisa eleitoral falsa que pode ter influenciado a escolha dos eleitores no município. Essa é a alegação apresentada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por intermédio da Promotoria de Justiça Geral de Santa Leopoldina.

O órgão solicitou à Justiça Eleitoral a cassação do diploma de prefeito e a declaração de inelegibilidade por um período de oito anos. Além do prefeito, o pedido também abrange o vice-prefeito eleito, Rafael Pimentel.

Segundo um documento, o candidato alterou uma pesquisa eleitoral já existente, que havia sido divulgada em vídeo por um portal de notícias do Espírito Santo, referente a candidatos de outra cidade. Ele usou inteligência artificial para modificar as informações da mensagem, adaptando a pesquisa para aparentar ser sobre as eleições em Santa Maria de Jetibá.

“Nota-se que a cidade de Santa Maria de Jetibá tem a sua população residente, em sua
maioria, na zona rural e não estão familiarizados com a manipulação que é feita nas redes
sociais pelos crápulas e malfeitores, que utilizando da boa-fé dos incautos e utilizando de I.A.
são capazes de influenciar, como de fato influenciou, a vontade do eleitor”, 
complementa o documento.

O candidato, contudo, alega que recebeu uma captura de tela de uma suposta pesquisa eleitoral através de um aplicativo de mensagens na manhã do domingo, dia da votação, e que instruiu seus apoiadores a não republicarem ou compartilharem o conteúdo.

“Entrei em contato diretamente com o Promotor de Justiça, esclarecendo que não tive absolutamente nenhum envolvimento com a referida pesquisa e segui à risca as orientações que ele passou. Prontamente, por orientação do Promotor de Justiça, publiquei em minhas redes sociais e grupos de Whatsapp, uma nota oficial informando que não tive participação alguma na contratação, elaboração ou divulgação dessa pesquisa, alertando ainda sobre as consequências da divulgação“, disse em nota enviada ao Folha Vitória. (Veja a nota na íntegra abaixo).

Para sustentar que a pesquisa eleitoral falsa teve impacto sobre os eleitores da cidade, o promotor Jefferson Valente Muniz destacou a margem de votos. Ronan Fisioterapeuta (PL) venceu a eleição com uma diferença de apenas 63 votos em relação ao candidato Hans Dettmann (Republicanos).

Ainda de acordo com o documento, a pesquisa falsa foi disseminada no mesmo dia da eleição “em vários grupos de Whatsapp, por várias pessoas ligadas ao Partido Liberal, partido do candidato eleito, ora representado, e de forma síncrona, demonstrando que foi orquestrado pelos apoiadores do candidato”.

O Ministério Público também destacou que o instituto responsável pela pesquisa possuía registro regular na Justiça Eleitoral, permitindo que qualquer eleitor pudesse verificar sua autenticidade. No entanto, como o resultado não favorecia o candidato, os contratantes decidiram não divulgar a pesquisa, que havia sido solicitada previamente.

“Os representados querem induzir a erro aqueles que sem conhecimento suficiente ingressavam para verificar a existência da pesquisa, pois a princípio, constava o número legal e regular na Justiça Eleitoral”, informa o documento.

O candidato também é acusado de desrespeitar e desafiar a Justiça Eleitoral ao realizar uma carreata em uma área que não havia sido previamente acordada entre os concorrentes. Eles haviam estabelecido regiões específicas para as manifestações políticas, com o objetivo de evitar conflitos ao evitar a presença simultânea nos mesmos locais.

“O próprio Ronan confirma que não só sabia, como apoiou a tramoia, ao falar que visitar a região, que tinha acordado anteriormente que não faria, era importante, ainda que isso pudesse ocorrer conflitos e violência que a Justiça Eleitoral tentava evitar”, afirma o promotor, completando que “disputas eleitorais não é vale tudo, ou luta de MMA, respeito as regras, as decisões judiciais e o princípio da igualdade das armas devem viger”

Se as candidaturas dos eleitos forem cassadas e eles forem declarados inelegíveis, uma nova eleição será realizada em Santa Maria de Jetibá, permitindo que o PL apresente uma nova chapa. O prefeito eleito e o vice têm um prazo de cinco dias para apresentar sua defesa.

O que diz o prefeito eleito?

“No domingo pela manhã, dia do pleito, recebi via grupo de WhatsApp um print de uma suposta pesquisa eleitoral. De imediato, orientei que ninguém repassasse tal material e entrei em contato diretamente com o Promotor de Justiça, esclarecendo que não tive absolutamente nenhum envolvimento com a referida pesquisa e segui à risca as orientações que ele passou.

Prontamente, por orientação do Promotor de Justiça, publiquei em minhas redes sociais e grupos de Whatsapp, uma nota oficial informando que não tive participação alguma na contratação, elaboração ou divulgação dessa pesquisa, alertando ainda sobre as consequências da divulgação. Não descansarei até que a verdade prevaleça.

Tomei conhecimento do processo judicial através da reportagem e reafirmo meu total interesse na apuração rigorosa dos fatos, pois sou inocente das acusações que estão sendo feitas. Reafirmo também que o processo eleitoral é soberano e que o resultado nas urnas foi conquistado com muito suor e o apoio dos eleitores de Santa Maria de Jetibá.

Estou à disposição das autoridades e da Justiça para colaborar em tudo o que for necessário, sempre em respeito à transparência e à democracia.”

Depois de não ter avançado para o 2º turno, o ex-prefeito Audifax Barcelos (PP) anunciou que permanecerá neutro na segunda etapa da eleição para a Prefeitura da Serra. A disputa está sendo travada entre Weverson Meireles (PDT), candidato apoiado pelo prefeito Sergio Vidigal (PDT), e o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos).

O anúncio foi realizado por Audifax na sede do PP no estado, na tarde desta quinta-feira (10).

No 1º turno, Weverson obteve a primeira colocação, recebendo 39,5% dos votos válidos. Pablo Muribeca ficou em segundo lugar, com 25,2%, enquanto Audifax terminou em terceiro, com 23,9%.

A segunda votação está marcada para o dia 27 de outubro.

O Partido Liberal (PL) divulgou nesta quinta-feira (10) sua posição oficial para o segundo turno das eleições municipais de Serra. Em nota, o partido, por meio de seu presidente estadual, Magno Malta e nacional, Valdemar Costa Neto, afirmou que não apoia a candidatura de Weverson Meireles (PDT), fazendo uma crítica direta à legenda liderada pelo ministro Carlos Lupi.

O PL expressou sua oposição ao PDT, mencionando que a sigla é responsável por ações que levaram à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, figura central do partido. “Consideramos fundamental libertar o município do domínio da esquerda”, diz o comunicado, enfatizando que a rejeição ao PDT se baseia em uma visão de combate às forças de esquerda no cenário político local.

Além disso, o partido reafirmou que não houve qualquer negociação ou aliança formal com outros partidos para este 2º turno, mas mesmo sem citar a candidatura de Pablo Muribeca (Republicanos) a sigla afirma na nota que “não se opõe ao apoio de quem compartilha a mesma luta contra o esquerdismo, focando na renovação e no futuro de Serra.”

A manifestação ocorre em meio a um segundo turno polarizado em Serra, onde o confronto entre diferentes visões políticas tende a marcar os últimos dias de campanha. O PL, por sua vez, reafirma seu compromisso com a defesa dos valores conservadores e conclama seus eleitores a se posicionarem contra a candidatura de Weverson do PDT.

O segundo turno promete ser acirrado na Serra, tornando a cidade um palco central na disputa entre a esquerda, representa pelo PDT e PT com Weverson Meireles, versus direita representada pelo Republicanos e PL com Pablo Muribeca.

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