A conta da defesa do Brasil contra sanções internacionais pode acabar chegando a Jair Bolsonaro (PL) e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O governo contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidos, especializado em disputas internacionais, para tentar barrar medidas impostas ao país. O contrato pode chegar a US$ 3,5 milhões em quatro anos, cerca de R$ 18,9 milhões na cotação atual.
A Advocacia-Geral da União (AGU) deixou claro que não pretende arcar sozinha com esse gasto. Em nota divulgada nesta quarta-feira (25), afirmou que vai buscar o ressarcimento junto aos responsáveis pelos danos que levaram às punições.
Embora não cite nomes, o recado é direto: a fatura deve ser apresentada a quem for condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura ataques à soberania nacional. Bolsonaro e Eduardo já foram indiciados pela Polícia Federal e estão na mira de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O escritório contratado é o Arnold & Porter Kaye Scholer LLP, um dos mais renomados dos EUA. Ele vai atuar tanto na esfera administrativa quanto judicial, cuidando de casos que envolvem tarifas, bloqueio de ativos, restrições financeiras e até a negativa de vistos.
O pagamento não será feito de uma vez só, mas de acordo com a complexidade de cada ação. Nos próximos dias, a AGU deve fechar com os advogados norte-americanos as primeiras estratégias de defesa.
A AGU também lembrou que sua função inclui representar autoridades brasileiras quando as punições estiverem ligadas ao exercício do cargo, como aconteceu com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, alvo de medidas restritivas fora do país.


























