Com crises persistentes de soluços e vômitos, além de um quadro recente de pneumonia, o ex-presidente Jair Bolsonaro segue orientação médica para recuperação integral em casa
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passará o mês de julho em repouso absoluto. A decisão foi tomada por seus médicos após uma sequência de complicações de saúde, incluindo uma cirurgia extensa, internação prolongada, pneumonia e crises frequentes de soluços, que têm comprometido sua fala e alimentação. Todos os compromissos públicos foram oficialmente cancelados.
A informação foi divulgada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que compartilhou uma nota assinada pelo cirurgião Claudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique.
“O Sr. Jair Messias Bolsonaro permanecerá em repouso domiciliar durante o mês de julho, com o objetivo de garantir a completa recuperação de sua saúde após cirurgia extensa e internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços, que dificultam a sua fala e alimentação”, diz o comunicado médico.
Na legenda da publicação, Michelle reforçou a necessidade do afastamento do marido das atividades públicas:
“O Jair precisa deste tempo para se recuperar completamente. Tenho fé de que Deus o ajudará, e logo, logo ele estará 100% para retomar suas agendas de trabalho. Agradeço de coração a todos que sempre oram por ele e a todos pela compreensão e carinho de sempre”, escreveu a ex-primeira-dama.
Também pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comentou o estado de saúde do pai. Ele publicou uma nota assinada pelo próprio ex-presidente, na qual Bolsonaro relata as dificuldades causadas pelas crises que vêm se intensificando nos últimos dias.
“Após consulta médica de urgência, foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto, ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impede até de falar. Obrigado”, declarou Bolsonaro, em texto divulgado pelo filho.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, reagiu com indignação ao quadro do pai e à pressão que ele vem sofrendo nos últimos anos.
“Ele está literalmente se matando depois de terem tentado matá-lo”, desabafou o vereador, referindo-se ao atentado sofrido por Bolsonaro em 2018.
O afastamento ocorre pouco mais de uma semana após Bolsonaro ter passado por exames no Hospital DF Star, em Brasília. Ele sentiu-se mal durante compromissos em Goiás e foi diagnosticado com pneumonia. Embora tenha apresentado melhora clínica, as crises de soluços não cessaram, o que motivou a recomendação de repouso total.
Nos bastidores, aliados veem o momento como decisivo para que o ex-presidente se recupere física e emocionalmente, diante do desgaste acumulado nos últimos meses. Por ora, todas as atenções estão voltadas à sua saúde.