Vídeo gravado em show no Piauí viraliza nas redes e alimenta rumores sobre relação entre Lorenzo Pazolini e Cris Samorini, em meio ao avanço da pré-campanha para 2026
O vídeo não dura cinco segundos. Mas, no ambiente polarizado e faminto por narrativas da pré-campanha de 2026, foi tempo suficiente para acender uma faísca. Nas imagens, gravadas durante um show em Teresina (PI), o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), aparece se apoiando brevemente no ombro da vice-prefeita Cris Samorini. O gesto, comum em qualquer roda de amigos, bastou para alimentar insinuações e virar munição para adversários políticos.
Pazolini, casado com uma promotora de Justiça, lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo do Espírito Santo. Samorini, empresária e vice discreta, também tem seu nome ventilado para cargos majoritários. A dupla, que já dividiu palanque e agenda institucional, agora vê a sintonia interpretada como “clima de intimidade” por colunistas de celebridades.
O vídeo foi disseminado por Léo Dias, jornalista conhecido por polêmicas com nomes como Anitta, Luana Piovani e Neymar. Ao comentar o conteúdo, Dias sugeriu haver algo além do tom institucional:
“O gesto de Pazolini tem um clima de intimidade”, escreveu o colunista em uma postagem que repercutiu rapidamente nas redes.
A crítica de bastidores não veio de fontes políticas diretas, mas o material caiu no colo dos opositores como uma espécie de presente. Em ano pré-eleitoral, qualquer ruído vira sirene.
Na prática, o episódio revela mais sobre a fome por escândalos do que sobre qualquer irregularidade. O evento em questão ocorreu fora do Espírito Santo, mas dentro da legalidade. A Lei Orgânica do Município é objetiva: o prefeito e a vice podem se ausentar da cidade por até 15 dias, sem necessidade de aval da Câmara Municipal. E foi o caso.
Entre apoiadores, o gesto foi visto como natural e sem margem para más interpretações. Mas, para quem quer enfraquecer a imagem de Pazolini, bastou um ombro.
“Tudo cheira a algo. Tudo cheira a erro, a traição, a mentira… mesmo quando não há nada”, ironizou um aliado do prefeito, pedindo anonimato.
No fim, o episódio reforça um traço recorrente da política: quando o protagonismo sobe, o julgamento desce. E, às vezes, até o gesto mais banal vira pauta — principalmente se for filmado.