Após pouco mais de 24 horas desde o início do cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah no Líbano, ambos os lados se acusaram mutuamente de descumprir o acordo nesta quinta-feira (28). O pacto, com duração prevista de 60 dias, estabelece a retirada de tropas do sul do Líbano, foi intermediado pelos Estados Unidos e pela França, e conta com a supervisão da ONU e do Exército libanês.
De acordo com a agência Reuters, tanques israelenses efetuaram dois disparos na cidade libanesa de Markaba, localizada no sul do país. O Exército de Israel afirmou que as ações foram uma resposta à presença de veículos com suspeitos em diferentes áreas do sul do Líbano, o que, segundo sua avaliação, representaria uma violação do cessar-fogo por parte do Hezbollah.
Na noite anterior, Israel decretou um toque de recolher no sul do Líbano com o objetivo de conter supostas movimentações do grupo extremista.
O conflito no Líbano, iniciado em setembro, já resultou em mais de 3.500 mortes de civis, conforme informações do Ministério da Saúde libanês. A maior parte das vítimas perdeu a vida em bombardeios israelenses no sul do país e na capital, Beirute.
Os confrontos permanecem intensos na Faixa de Gaza. Nesta quinta-feira, ataques israelenses atingiram as áreas de Beit Lahiya, Khan Younes e o campo de refugiados de Nurseirat, resultando na morte de 17 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde local, que é administrado pelo Hamas.
Embora o Hamas tenha demonstrado interesse em uma trégua em Gaza, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que está trabalhando para alcançar um novo acordo na região.