Maggie Smith, de “Harry Potter“ e “Downton Abbey“, morre aos 89 anos

A multipremiada atriz britânica Maggie Smith, mundialmente conhecida por seus papéis em “Harry Potter” e “Downton Abbey”, morreu aos 89 anos.

A informação foi confirmada pelos filhos, Toby Stephens e Chris Larkin, em uma declaração compartilhada à CNN por sua assessora de imprensa, Claire Dobbs.

“É com grande tristeza que anunciamos a morte da dama Maggie Smith. Ela faleceu pacificamente no hospital na manhã de hoje, sexta-feira, 27 de setembro”, afirma o comunicado.

“Uma pessoa intensamente reservada, ela estava com amigos e familiares no final. Ela deixa dois filhos e cinco netos amorosos que estão devastados pela perda de sua mãe e avó extraordinárias”, acrescenta.

“Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer à maravilhosa equipe do hospital Chelsea and Westminster pelo cuidado e gentileza incansável durante seus últimos dias. Agradecemos todas as suas mensagens gentis e apoio e pedimos que respeitem nossa privacidade neste momento”, conclui o texto.

A atriz Maggie Smith chega à Royal Film Performance e à estreia mundial do filme “The Second Best Exotic Marigold Hotel”, na Leicester Square, Londres, em 17 de fevereiro de 2015. • REUTERS/Peter Nicholls/Foto de arquivo

Smith nasceu em 1934 em Ilford, então um subúrbio de classe média no leste de Londres. Pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, a família se mudou para Oxford, onde seu pai trabalhava como patologista na Universidade de Oxford.

Após concluir o ensino médio, Smith frequentou a Oxford Playhouse School de 1951 a 1953, fazendo sua estreia no palco em uma produção da Oxford University Dramatic Society de “Noite de Reis”, de William Shakespeare.

Ela continuou a aparecer na Broadway em “New Faces of 1956” e, em seguida, desempenhou o papel de comediante principal na publicação londrina “Share My Lettuce”, entre 1957 e 1958. Logo, ela começou a aparecer regularmente em peças no teatro The Old Vic, em Londres.

Em 1964, ela interpretou Desdêmona em “Otelo”, de Olivier, antes de reprisar o papel na versão cinematográfica no ano seguinte. Smith ganhou seu primeiro Oscar de melhor atriz em 1969 por sua interpretação de uma professora não convencional no filme “Primavera de uma Solteirona”.

Em 1978, ela recebeu um segundo Oscar, dessa vez de melhor atriz coadjuvante, por sua atuação em “Suíte Califórnia”, de Neil Simon. Ela também recebeu o British Academy Film Awards por seu trabalho, incluindo seus papéis em “Uma Janela para o Amor”, de 1985, e “Paixão Solitária”, de 1987.

Smith foi nomeada Dama Comandante da Ordem do Império Britânico em 1990 e, desde então, ficou amplamente conhecida como “dama Maggie Smith”.

Mas, de muitas maneiras, seus melhores papéis ainda estavam por vir, incluindo um papel protagonista no clássico de 1999 “Chá com Mussolini”, sobre um grupo de mulheres inglesas de classe média alta em Florença, Itália, durante a época do fascismo, dirigido por Franco Zeffirelli.

Talvez ela seja mais lembrada como uma atriz que conseguiu alcançar não apenas longevidade, mas ainda mais fama mais tarde na vida.

Ela chamou a atenção dos espectadores mais jovens como a rigorosa, porém justa, professora de bruxaria Minerva McGonagall em “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001), aparecendo também nas sequências da saga “Harry Potter”.

Aclamação veio novamente de ambos os lados do Atlântico por sua interpretação da cáustica Violet Crawley, a Condessa Viúva de Grantham em “Downton Abbey”, o aclamado drama de época sobre a aristocracia britânica. Ela recebeu três prêmios Emmy pelo papel, que ela revisitou em um longa-metragem de 2019.

Em seus últimos anos, Smith se tornou exemplo do envelhecimento gracioso, um processo que ela lidou com seu charme e inteligência habituais.

Quando perguntada em 2017 pela revista britânica “Women’s World” por que ela não tinha ido a mais cerimônias de premiação, Smith respondeu: “Eu realmente acho que se eu fosse para Los Angeles, por exemplo, eu assustaria as pessoas. Elas não veem pessoas mais velhas.”

Smith foi casada duas vezes, com o ator Robert Stephens – o casal se divorciou em 1974 – e novamente com o dramaturgo Beverley Cross, de 1975 até sua morte em 1998.

Ela deixa dois filhos, os atores Chris Larkin e Toby Stephens.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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