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Os vários trabalhos de Chris Cornell fora de suas bandas e carreira solo

Seja à frente de Soundgarden, Temple of the Dog e Audioslave ou como artista solo, Chris Cornell deixou sua marca no mundo da música com sua voz poderosa e sua habilidade única de transmitir uma vasta gama de emoções por meio de suas letras e performances.

Mas o talento e a versatilidade do vocalista, nascido em 20 de julho de 1964 e falecido em 18 de maio de 2017, levaram-no a colaborar com diversos artistas e projetos. Isso ampliou ainda mais seu legado e demonstrou sua capacidade e disposição de se adaptar a diferentes estilos e gêneros musicais.

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Na qualidade de “frila”, Cornell participou de gravações com ícones do rock e nomes emergentes, para não dizer obscuros, do jazz e do pop. Veja os principais nesta matéria.

Chris Cornell fora de bandas e carreira solo

Um supergrupo de uma música só

Mad Season e Temple of the Dog — este liderado por Chris Cornell — podem ter sido os dois “supergrupos” mais notáveis do grunge. Todavia, não foram os únicos.

Em novembro de 1991, o Alice in Chains agendou horas no London Bridge Studio, nos arredores de Seattle, onde trabalhou com o produtor Rick Parashar no EP acústico “Sap”. Embora o carro-chefe do repertório seja “Got Me Wrong”, que se tornou um hit após inclusão na trilha sonora do filme “O Balconista” (1994), é em outra faixa que se deu o momento de destaque das sessões de gravação.

A banda estava de bobeira no estúdio quando decidiu convidar amigos músicos locais para dar uma força. Junto com Ann Wilson do Heart — que cantou em “Brother” e “Am I Inside” — Cornell e Mark Arm (Mudhoney) foram ao London Bridge para gravar vocais como convidados na canção Right Turn.

Em “Alice in Chains: A História Não Revelada” (Ideal, 2016), o engenheiro de som Dave Hillis recorda que Parashar, que havia produzido o álbum homônimo do Temple of the Dog, teve de incentivar Cornell a se conter um pouco em sua performance:

“Quando Chris chegou, ele insistia em cantar a plenos pulmões, como sempre faz, e eu me lembro de Rick sacaneando bastante com ele. ‘Bem, vamos tentar desse outro jeito’, meio que tirando onda com ele, não o deixando cantar a plenos pulmões com o clássico grito agudo de Cornell e tal.”

“Right Turn” seria creditada a Alice Mudgarden, supergrupo de uma música só cujo nome é uma combinação dos nomes das bandas de todos os envolvidos. Apesar das aparições de Cornell e Arm, a canção não foi lançada como single e, de acordo com o banco de dados Setlist.fm, só foi tocada ao vivo pelo AiC em duas ocasiões.

União de titãs com Alice Cooper

A hilária participação em “Quanto Mais Idiota Melhor” (1992) permitiu a Alice Cooper desfrutar de um ressurgimento em sua carreira. Para seu primeiro álbum desde o lançamento do longa, ele daria tudo de si.

Como quase vinte anos haviam se passado desde o clássico “Welcome to My Nightmare” (1975), Cooper começou a considerar a possibilidade de criar uma sequência, com um som contemporâneo. E quem seria mais indicado para uma parceria com essa finalidade do que o vocalista da banda apontada pela revista Kerrang! como o “futuro do metal”?

À Metal Hammer, Cooper disse que o tema básico do álbum “The Last Temptation” é a tentação — “Todos nós a sentimos todos os dias” — e explicou a história: um misterioso performer chega a uma pequena cidade do meio-oeste americano com um teatro de aparência estranha que assusta as crianças, exceto Steven, o herói de “Welcome to My Nightmare”, agora um pouco mais velho. Dentro do teatro, Steven vê coisas maravilhosas e uma série de artistas, cada um representado por uma música do álbum. Gradualmente, o público percebe que o que está realmente sendo exibido no teatro é a morte.

Para dar vida ao enredo, Cooper publicou uma história em quadrinhos em três volumes, vendida separadamente, escrita por Neil Gaiman (“Sandman”). Para a fatia musical, recrutou, além de Cornell, o multi-instrumentista Don Fleming e a dupla Jack Blades (Night Ranger) e Tommy Shaw (Styx), recém-liberta dos compromissos com o Damn Yankees.

Coube a Bob Pfeifer, da Epic Records, fazer a ponte. Cornell viajou para Phoenix e compôs a pesada Unholy War e a acústica Stolen Prayer com Cooper que, em entrevista à Raw, apontou:

“‘Unholy War’ realmente se encaixou no conceito [do álbum] com apenas um pequeno ajuste. Já ‘Stolen Prayer’, a outra música que ele [Cornell] escreveu, ainda não era bem uma música, e nós nos ficamos por seis ou sete horas trabalhando nela. Essa música acabou se tornando uma das minhas favoritas.”

Apesar da estima de Cooper, nenhuma das colaborações com Cornell foi lançada como single. Tal distinção coube a “Lost in America”, coescrita por Dan Wexler, guitarrista do Icon, e “It’s Me”, de Shaw e Blades.

Voz e guitarras lendárias

Lançado em 2010, o homônimo primeiro álbum solo de Slash mostrou ao mundo como o guitarrista do Guns N’ Roses era bem-relacionado no meio musical ao incluir dezenas de convidados. Como mencionado por sua então esposa Perla em uma entrevista de 2008 ao Metalunderground.com, a lista de participantes incluiria “de Ozzy Osbourne a Fergie”.

Em meio a um elenco de apoio cujo destaque inevitável era a presença de três integrantes da formação clássica do Guns — o guitarrista Izzy Stradlin, o baixista Duff McKagan e o baterista Steven Adler, embora cada um tocasse em uma faixa diferente —, lá estava Chris Cornell, que Slash conhecia desde uma malfadada turnê conjunta de sua banda com o Soundgarden no começo dos anos 1990.

Ao Music Radar, Slash elogiou o desempenho de Cornell em Promise, faixa que define como “provavelmente a música mais ‘diferentona’ que eu já escrevi”:

“Chris se saiu muito bem (…) Não sei por que pensei nele para essa música mais do que qualquer outra, mas enviei [a demo] para ele e em 48 horas ele me mandou essa ótima letra e começamos a trabalhar. Foi simples assim.”

Também em 2010 saiu “Guitar Heaven: The Greatest Guitar Classics of All Time”, álbum que traz Carlos Santana acompanhado de uma série de vocalistas convidados para releituras ora fiéis ora não de clássicos do rock. Entre os destaques do repertório estão as interpretações de Scott Weiland (Stone Temple Pilots, Velvet Revolver) em “Can’t You Hear Me Knockin’” dos Rolling Stones, Chester Bennington (Linkin Park) em “Riders on the Storm” do The Doors e Cornell em Whole Lotta Love do Led Zeppelin.

Ao The Pulse of Radio (em transcrição do Blabbermouth), o cantor, que fazia aniversário no mesmo dia que Santana, compartilhou suas impressões sobre a faixa:

“Minha única preocupação era [a música em si]. É ‘Whole Lotta Love’, então, Deus, imagine só… e ficou realmente ótima. Estou muito feliz com o resultado. Carlos toca incrivelmente bem e seus timbres de guitarra estão ótimos. Não parece necessariamente uma releitura moderna; há alguns timbres de guitarra bem pesados nela e, obviamente, ele toca como poucos. Foi algo realmente divertido de fazer.”

Inesperados duetos e parcerias de Chris Cornell

  • No que foi o primeiro e um de seus únicos trabalhos como produtor, Chris Cornell coproduziu com Terry Date “Uncle Anesthesia” (1991), quinto álbum de estúdio do Screaming Trees. Também fez backing vocals em “Alice Said”, “Before We Arise” e na faixa-título.

  • Em 1993, Cornell se juntou ao guitarrista Mike McCready, ao baixista Jeff Ament e ao baterista Matt Cameron no M.A.C.C., que, para todos os efeitos, foi uma reunião efêmera do Temple of the Dog. A versão do quarteto para Hey Baby (New Rising Sun) presente no CD “Stone Free: A Tribute to Jimi Hendrix” é sua única gravação.

  • O nome Joshua David Lewis não é dos mais familiares, mas, em 2008, o compositor, produtor e engenheiro de som conseguiu que Cornell gravasse os vocais de Mister Dirt, posteriormente lançada no álbum “Good.Night.Melody”, de 2011.

  • Outro desconhecido da lista é o duo italiano de nu jazz Gabin, que no álbum “Third and Double” (2010), sua estreia por uma grande gravadora, assegurou a voz de Cornell na canção Lies, obviamente promovida como single.

  • Embora possua extensa filmografia, a atriz Rita Wilson é frequentemente vista em Hollywood apenas como a esposa do ator Tom Hanks, com quem é casada há 36 anos. Numa tentativa algo bem-sucedida de diversificar, ela se lançou como cantora em 2012. “AM/FM”, seu trabalho de estreia, traz Cornell nos backing vocals em All I Have to Do is Dream, clássico dos Everly Brothers.

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Redação O Fator Brasil

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Proposta fecha o cerco e institui políticas de segurança pública contra ocupações ilícitas do Movimento Sem Terra em todo Espírito Santo

Nos últimos dias, os capixabas amanheceram com as notícias de invasão de terra da empresa Suzano, município de Aracruz, uma mobilização arquitetada em todo o país. Para conter o avanço sistemático das invasões, o deputado estadual Wellington Callegari (PL) repropôs o projeto aprovado no ano passado na Assembleia Legislativa e posteriormente vetado pelo governador.

O parlamentar explicou as motivações da reapresentação da medida: “Se o governador não tivesse vetado a nossa proposta, as propriedades rurais e os trabalhadores do campo estariam protegidos e amparados. Essa é uma questão de segurança jurídica, que precisa ser levada a sério, caso contrário, o Espírito Santo será laboratório desse grupo criminoso denominado de MST que usa o espantalho da reforma agrária para fomentar o terror”, disparou Callegari.

O deputado também recordou sobre o acordo entre os próprios parlamentares de “jogar duro” contra qualquer movimento que estimule as invasões de terra: “Nós deputados fizemos o compromisso de pegar pesado contra o Movimento Sem Terra, com a elaboração de diversos projetos de lei para conter e responsabilizar esse abuso em todo o Estado, inclusive um de minha autoria que criminalizava a ocupação de áreas públicas como beira de rodovias, escolas, quadras, etc. Projetos que foram apensados, formando um compilado de medidas. No entanto, o governo vetou o projeto que representava os anseios da classe rural”, complementou.

Reapresentação do Projeto de Lei e Pedido de Urgência

O novo Projeto de Lei 153/2025, além de criar a política estadual de segurança pública nas faixas de domínio, nas lindeiras dos trechos estaduais, municipais e em todas as rodovias federais delegadas ao Estado, também estabelece uma série de impedimentos aos invasores de propriedades, como, por exemplo: a proibição de se cadastrar para recebimento de auxílios, benefícios e programas sociais do Governo Estadual, participar de concursos públicos estaduais, contratar com o poder público estadual e, ainda, ser nomeado em cargos públicos comissionados.

Callegari ressaltou que o projeto será acompanhado de um pedido de urgência: “Acredito que os últimos acontecimentos que marcaram novas invasões vão fazer muita gente refletir e rever suas prioridades. É uma questão de ordem e segurança que está nas mãos da Assembleia e do governador do Estado”.

Projeto vetado pelo governador Renato Casagrande e mantido o veto na Assembleia por 7 deputados

No início de maio do ano passado, o governador devolveu o projeto à Assembleia com veto total, baseando-se nos pareceres da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Secretaria de Direitos Humanos.

Confira como votou cada deputado na época e quem foram os faltosos:

Pela derrubada do veto: 14 votos

Adilson Espíndula (PSD)

Alcântaro Filho (Republicanos)

Callegari (PL)

Capitão Assumção (PL)

Coronel Weliton (PRD)

Delegado Danilo Bahiense (PL)

Dr. Bruno Resende (União Brasil)

Engenheiro José Esmeraldo (PDT)

Hudson Leal (Republicanos)

Lucas Polese (PL)

Lucas Scaramussa (Podemos)

Pablo Muribeca (Republicanos)

Sérgio Meneguelli (Republicanos)

Zé Preto (PP)

Pela manutenção do veto: 7

Camila Valadão (PSol)

Dary Pagung (PSB)

Denninho Silva (União Brasil)

Iriny Lopes (PT)

João Coser (PT)

Mazinho dos Anjos (PSDB)

Tyago Hoffmann (PSB)

Abstenção: 1

Marcelo Santos (Podemos) – não votou por ser o presidente.

Presente, mas não votou: 1

Theodorico Ferraço (PP)

Ausentes: 7

Alexandre Xambinho (Podemos)

Alan Ferreira (Podemos)

Bispo Alves (Republicanos)

Gandini (PSD)

Janete de Sá (PSB)

Raquel Lessa (PP)

Vandinho Leite (PSDB)

Idosos, crianças e até mesmo pessoas acamadas correm o risco de serem colocadas na rua pela prefeitura de Vila Velha

A situação das 700 famílias da Cidade de Deus na Grande Região 5 de Vila Velha é alarmante. A qualquer momento, elas podem ser despejadas e terem suas casas derrubadas pela Secretaria de Obras da prefeitura, um tormento de 20 anos.

O vereador Pastor Fabiano (PL) visitou o local e entrou na briga para defender o direito à moradia das famílias: “Quero deixar claro que sou contra todo e qualquer tipo de invasão de área pública ou privada. Porém, a situação dos moradores da Cidade de Deus é um caso à parte, pois o poder público, no caso a prefeitura de Vila Velha, deixou os moradores ficarem e hoje é uma questão de humanidade. São 700 famílias carentes, incluindo muitos idosos e crianças”.

Comissão de Direitos Humanos da OAB

Após se reunir com os moradores da Cidade de Deus, o vereador Pastor Fabiano vai levar o caso para a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Espírito Santo. Ele acredita que a OAB como entidade pode intervir na situação e moderar uma solução:

“Eu vou acionar todos os órgãos possíveis, inclusive a Ordem dos Advogados do Espírito Santo, para que os moradores não sejam prejudicados e tenham seus direitos preservados, afinal, eles estão aí há 20 anos. A área é um antigo lixão e foi realizado um estudo para avaliar os riscos. Mas, a atual administração da prefeitura de Vila Velha não deu sequência ao estudo e nenhuma outra solução foi construída”, destacou o parlamentar.

Ele também falou que, após a legalização da área, vai elaborar um projeto para a estruturação do bairro e buscar melhorias: “O que temos ali é um quadro de total abandono. Não existe a mínima infraestrutura e investimento da prefeitura. O bairro precisa de urbanização e de uma intervenção urgente das autoridades públicas. Jogar 700 famílias na rua é um ato cruel e desumano. O prefeito deveria cuidar dessas pessoas sem distinção”, apontou Fabiano.

Novas Reuniões e Criação de Comissão dos Moradores

Novos encontros serão agendados entre o vereador e os moradores. Também está prevista a criação de uma comissão dos moradores para representar as 700 famílias que podem ser despejadas.

Segundo a denúncia do vereador da Serra, Antônio Carlos, a situação é recorrente e preocupa a população

Espaços insalubres, equipamentos quebrados e ambientes propícios à proliferação de inúmeras bactérias. Esse é o cenário do Hospital Meridional da Serra, relatado pelo vereador Antônio Carlos, que fez questão de registrar por meio de vídeo o caos encontrado.

As imagens mostram baratas andando por cima das bandejas usadas para servir as comidas dos pacientes que estão internados. A situação chama tanto a atenção que larvas foram encontradas no meio da alimentação, causando revolta nos acompanhantes. A própria funcionária do hospital alerta que a comida não está boa, assim como o próprio suco, um total desrespeito com o público.

Vigilância Sani Público e ANS serão acionados

Órgãos de controle e a Agência Nacional de Saúde serão provocados pelo parlamentar, tendo em vista que a Rede Meridional cobra pelos serviços prestados aos seus clientes, por meio de planos mensais de saúde.

Antônio Carlos afirmou que os elevadores também estão danificados e o ar condicionado funciona precariamente, razões suficientes para acionar a Vigilância Sanitária, Ministério Público e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regula e fiscaliza as empresas de plano de saúde.

Crise financeira e serviços reduzidos da Rede Meridional

No ano passado, a rede de hospitais Kora Saúde, que controla o Hospital Meridional, pediu mais prazo para renegociar uma dívida astronômica de 1,5 bilhão, um endividamento que pode ser a causa da queda da qualidade e da redução de serviço.

Segundo informações, com o agravamento e o crescimento da dívida, o caixa do grupo Kora encontra-se estrangulado e sem a mínima capacidade de controlar novos gastos, o que limita ainda mais o fluxo de investimentos em novos equipamentos hospitalares, contratação de novos profissionais da área da saúde e manutenção estrutural das unidades, situação que reflete diretamente na prestação de serviço e atendimento aos associados, conveniados e a população em geral.

Lembrando que o grupo Kora Saúde adquiriu toda Rede Meridional em 2018. Três anos depois, o grupo estreou na Bolsa com alta valorização, cerca de R$ 769,9 milhões. No entanto, a parte de gestão do grupo parece que não manteve o ritmo inicial e começou a acumular dívidas e centenas de processos judiciais, atingindo diretamente o caixa da empresa e comprometendo a consolidação do grupo Kora Saúde.

Confira os vídeos a seguir, gravados pelo próprio vereador:

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