Faleceu na manhã desta segunda-feira, aos 88 anos, no Vaticano o Papa Francisco. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Santa Sé, que comunicou o falecimento às 6h43 (horário local), no apartamento papal da Casa Santa Marta, onde o pontífice residia desde o início de seu papado, em 2013.
Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, foi o primeiro papa latino-americano da história e o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro. Argentino de origem, ele assumiu o papado após a renúncia de Bento XVI, e durante mais de uma década liderou a Igreja Católica com ênfase em temas sociais, defesa dos pobres, diálogo inter-religioso e reformas internas.
Desde o ano passado, Francisco vinha enfrentando problemas de saúde, incluindo dificuldades respiratórias e mobilidade reduzida. Apesar disso, manteve uma intensa agenda pública e continuava a se pronunciar sobre questões globais, como migração, mudanças climáticas, pobreza e conflitos armados.
Em sua trajetória como pontífice, destacou-se pelo estilo simples e acessível, optando por viver fora do tradicional Palácio Apostólico e adotando uma linguagem mais próxima dos fiéis. Também enfrentou resistências internas ao propor uma Igreja mais aberta, inclusiva e misericordiosa.
Líderes religiosos e políticos de todo o mundo manifestaram pesar pela morte do Papa Francisco. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que “o mundo perde um homem de fé que soube ser voz dos que não têm voz”. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) emitiu nota destacando o legado de “humanidade, compaixão e coragem”.
O corpo do Papa será velado na Basílica de São Pedro, a partir de amanhã, com cerimônia aberta ao público. O funeral está previsto para sexta-feira, com presença de chefes de Estado e líderes religiosos de diversos países. A eleição de seu sucessor deverá ser conduzida nos próximos dias, em conclave a ser realizado na Capela Sistina.