Na quinta, a moeda americana tinha alcançado o maior valor desde 21 de dezembro de 2021: R$ 5,734. Na sexta, o dólar perdeu um pouco de força e recuou 0,45%, para R$ 5,708.
Tensão global
As Bolsas na Ásia e na Europa desabaram nesta segunda-feira (5). O dólar e o euro registravam uma desvalorização em relação ao iene, devido à crescente preocupação dos investidores com a possibilidade de uma recessão nos EUA.
Acontece uma debandada geral de investidores nas Bolsa de Valores do mundo todo nesta segunda-feira. No Japão, por exemplo, o índice Nikkei 225 caiu 12,4%, com os temores econômicos somados às preocupações sobre os efeitos do fortalecimento do iene nos lucros corporativos. Foi o maior declínio em em um dia desde 1987. O “circuit breaker”, que interrompe o pregão por alguns instantes, chegou a ser acionado.
Tudo começou depois que o relatório de empregos dos EUA foi publicado na sexta-feira (2). Houve contratação de pessoas significativamente mais lenta em julho, o pior patamar em quase três anos. Isso aprofundou os temores de que a maior economia do mundo estava tropeçando e que o Federal Reserve, o banco central americano, pode ter esperado muito tempo para cortar as taxas de juros.
Na reunião da semana passada, o Fed manteve os juros no maior nível em duas décadas. As taxas estão nesse patamar há um ano. O Fed deve se reunir novamente em 6 de setembro.