Logo após os Estados Unidos anunciarem, nesta segunda-feira (22), a aplicação da Lei Magnitsky contra Viviane Barci, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi às redes sociais para celebrar a medida.
O recado dele foi direto:
“Espero que a elite brasileira entenda que somente parando a perseguição, cujo único remédio possível é uma anistia dos fatos começando em 2019, para que não haja possibilidade de desengavetar qualquer desculpa para perseguir opositor político, é somente assim que a gente vai conseguir diminuir essa temperatura”, disse o parlamentar.
Além de Viviane, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, entidade ligada à família de Moraes, também entrou na lista de sanções do governo norte-americano.
Não é a primeira vez que Washington mira o entorno do ministro. Em julho, o Departamento do Tesouro já havia incluído o próprio Alexandre de Moraes entre os sancionados, acusando-o de práticas autoritárias e violações de direitos humanos.
O Planalto já avaliava a possibilidade de novas penalidades, sobretudo depois da decisão que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Eduardo Bolsonaro, que nos últimos meses tem intensificado contatos com lideranças conservadoras nos EUA para pressionar autoridades brasileiras, vinha antecipando que Viviane Barci seria um dos alvos da legislação americana.
O jornalista Paulo Figueiredo também afirmou que novas medidas ainda podem ser anunciadas nos próximos meses, o que mantém em aberto o cerco internacional sobre figuras ligadas ao ministro do STF.