O Espírito Santo começou com chave de ouro nos Jogos da Juventude em Brasília. Davi Gabriel Bastos da Silva, de 17 anos, confirmou sua hegemonia na marcha atlética 5.000m ao conquistar o tricampeonato, garantindo a primeira medalha de ouro para o Estado nesta edição da competição.

Atleta da Estação Conhecimento, em Serra, Davi já havia vencido em 2023 e 2024 e agora consolida seu nome como uma das grandes promessas do atletismo brasileiro.

“Tô muito feliz por ter conquistado o meu terceiro título. Agora é pensar e focar em novos objetivos, como o Mundial no Brasil no ano que vem e, futuramente, se Deus quiser, uma Olimpíada”, disse o jovem marchador.

Além do ouro de Davi, o Espírito Santo subiu ao pódio em outras modalidades: Isabella Andaku Ruschi e Luchi conquistaram o bronze nos 100m peito da natação, e Ricardo Fiório Cardoso garantiu o bronze no ciclismo de velocidade.

O “Time ES” participa com 179 atletas em 19 modalidades e busca superar as 19 medalhas conquistadas na edição de 2024.

Atacante português e irmão mais novo estavam em um Lamborghini que pegou fogo após saída de pista; tragédia ocorreu apenas 11 dias após o casamento do jogador

O futebol europeu amanheceu em silêncio. Diogo Jota, 28 anos, atacante da seleção portuguesa e peça essencial no Liverpool, perdeu a vida na madrugada desta quinta-feira (3), ao lado do irmão mais novo, André Silva, de 26, também jogador profissional. Os dois estavam em um Lamborghini que saiu da pista e pegou fogo após o impacto, na altura de Sanabria, noroeste da Espanha, região de Zamora.

Segundo a Guarda Civil espanhola, o acidente ocorreu por volta das 0h30, na rodovia A-52, quando o carro trafegava em alta velocidade e tentou uma ultrapassagem. Um pneu teria estourado, provocando a perda de controle e a colisão contra um barranco. O veículo incendiou-se quase imediatamente.

“Um veículo saiu da pista pela calçada pela esquerda. A investigação aponta para um acidente de trânsito devido ao estouro de um pneu durante uma ultrapassagem. Como consequência do acidente, o carro se incendiou, e ambos os ocupantes morreram”, informou a Guarda Civil em nota oficial.

Não há, até o momento, confirmação sobre a causa exata do estouro do pneu, nem se o veículo pertencia aos irmãos ou se havia sido alugado. A perícia foi acionada ainda durante a madrugada e realiza análise técnica do local do acidente. Especulações sobre o carro circularam pelas redes, mas nenhuma informação foi confirmada oficialmente pelas autoridades.

O fogo se espalhou pela vegetação às margens da estrada, exigindo a atuação rápida de brigadistas para evitar que o incêndio atingisse áreas maiores. De acordo com o vice-prefeito da região, Ángel Blanco García, os corpos dos irmãos serão identificados por exame de DNA.

Luto após dias de festa

A tragédia cortou abruptamente um momento de alegria pessoal. Apenas 11 dias antes, Diogo havia oficializado o casamento com sua companheira de longa data, Rute Cardoso, com quem já vivia e tinha três filhos pequenos. A cerimônia foi íntima, entre familiares e amigos próximos.

A notícia da morte causou comoção quase imediata. Ainda na madrugada, torcedores começaram a deixar flores e camisas do Liverpool nos arredores de Anfield. O clube inglês declarou estar “arrasado” e pediu respeito à privacidade da família do jogador. Autoridades britânicas também se manifestaram: o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, lamentou a morte de Jota e prestou condolências à família.

André Silva, o irmão mais novo, jogava pelo Penafiel, clube tradicional da segunda divisão portuguesa. Ambos vieram de uma família simples do norte de Portugal e seguiram juntos no futebol desde a infância. André tentava trilhar uma carreira semelhante à de Jota — e acompanhava o irmão sempre que possível.

Uma ausência que ecoa

Diogo Jota foi revelado no Paços de Ferreira, teve passagem pelo Atlético de Madrid, brilhou no Wolverhampton e, em 2020, chegou ao Liverpool, onde se consolidou como peça-chave da equipe. Com gols importantes, atuações decisivas e comportamento discreto fora de campo, conquistou o respeito dos colegas e o carinho dos torcedores.

O técnico Jürgen Klopp, que comandou o atacante por quatro anos, escreveu nas redes:

“É um momento em que estou lutando! Deve haver um propósito maior! Mas eu não consigo enxergá-lo! Estou devastado pelo falecimento de Diogo e de seu irmão André. Diogo não era apenas um jogador fantástico, mas também um grande amigo, um marido e um pai carinhoso e atencioso! Sentiremos muito a sua falta!”, disse o alemão.

O velório dos irmãos deve ocorrer em Portugal, com apoio logístico do governo local. A Federação Portuguesa de Futebol decretou luto oficial. Jogadores da seleção e clubes como Porto, Benfica e Sporting prestaram homenagens públicas.

Não há como mensurar o vazio que a partida de Diogo Jota deixará no campo, no vestiário, na casa onde seus filhos cresceriam com ele, e na camisa vermelha que carregou com honra. Mais do que um grande atleta, foi um homem que construiu com discrição uma vida digna, silenciosa e admirável.

Hoje, o futebol silencia não por causa do placar, mas pela ausência de quem jogava com verdade.

Treinador português deixa o comando após quatro meses e críticas à postura defensiva da equipe na eliminação para o Palmeiras

Renato Paiva não resistiu à eliminação no Mundial de Clubes e está fora do Botafogo. O anúncio da demissão foi feito na noite de domingo (29), menos de 24 horas depois da derrota para o Palmeiras, por 1 a 0, nas oitavas de final da competição internacional.

A passagem do técnico português durou exatos quatro meses. No comunicado oficial, o clube carioca agradeceu pelos serviços prestados e destacou a vitória sobre o Paris Saint-Germain como um dos momentos marcantes da curta trajetória de Paiva no comando.

“O Clube agradece Paiva e seus auxiliares pelos serviços prestados ao Glorioso nos últimos meses – com destaque para a vitória histórica contra o Paris Saint-Germain, na Copa do Mundo de Clubes, e a classificação para as oitavas de final da Libertadores e Copa do Brasil”, diz a nota divulgada nas redes sociais.

O nome do substituto ainda não foi anunciado. Segundo a diretoria alvinegra, a busca por um novo comandante já começou, e a escolha será feita “com responsabilidade e critério técnico”.

Críticas internas e desgaste público

A derrota para o Palmeiras, que encerrou a participação do Botafogo no Mundial, acentuou a pressão que já vinha crescendo nos bastidores do clube. A atuação excessivamente defensiva diante de um rival tecnicamente superior foi o estopim. O estilo conservador incomodou torcedores, que expressaram insatisfação nas redes sociais, e teria também desagradado o proprietário da SAF, o empresário norte-americano John Textor.

Na entrevista coletiva pós-jogo, Paiva minimizou a eliminação, atribuindo o revés a fatores circunstanciais.

“Fomos eliminados por um detalhe”, afirmou o treinador, acrescentando que os investimentos do Palmeiras estão em outro patamar. “Não temos nenhum jogador no elenco que custe o que foi pago no Paulinho”, disse, referindo-se ao autor do gol da classificação palmeirense.

A breve trajetória e seus números

Renato Paiva assumiu o Botafogo no fim de fevereiro com a missão de dar continuidade ao trabalho vitorioso de 2023, quando o clube levantou os títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Sob sua liderança, o Alvinegro disputou 23 partidas, conquistando 12 vitórias, 3 empates e sofrendo 8 derrotas — um aproveitamento de 56,5%.

O desempenho não chegou a ser desastroso, mas também não empolgou. No Brasileirão, o time ocupa atualmente a 8ª colocação, com 18 pontos em 11 jogos. Já nas competições eliminatórias, avançou às oitavas de final da Libertadores, onde enfrentará a LDU (Equador), e da Copa do Brasil, com duelo marcado contra o Red Bull Bragantino.

O ponto alto da campanha de Paiva foi, sem dúvida, a vitória por 1 a 0 sobre o Paris Saint-Germain, atual campeão europeu, na fase de grupos do Mundial. Na ocasião, o Botafogo se fechou na defesa e, em um contra-ataque, viu Igor Jesus marcar o gol da vitória — um feito histórico para o clube.

Ainda na fase de grupos, a equipe superou o Seattle Sounders (EUA) e perdeu para o Atlético de Madrid (ESP), avançando em segundo lugar no grupo B, amplamente considerado o mais difícil da competição.

Apesar dos momentos positivos, a relação entre treinador e torcida nunca foi inteiramente sólida. A falta de identidade ofensiva, a ausência de protagonismo em jogos decisivos e as justificativas consideradas evasivas após derrotas acabaram minando o respaldo interno e externo.

Agora, o Botafogo tenta reorganizar a casa. O novo técnico terá como desafio imediato manter o clube na zona de classificação da Libertadores e reconquistar a confiança da arquibancada — um ativo que, no futebol, pode ser ainda mais exigente que a própria tabela.

Com gols de Bruno Henrique, Danilo e Wallace Yan, Rubro-Negro supera falha defensiva, impõe ritmo e derrota os ingleses por 3 a 1 na Filadélfia

O Flamengo transformou um tropeço inicial em afirmação. Nesta sexta-feira (20), no Lincoln Financial Field, nos Estados Unidos, o time carioca venceu o Chelsea por 3 a 1 e assumiu a liderança do Grupo D da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Depois de sair atrás no placar, o Rubro-Negro encontrou seu jogo na etapa final e construiu uma virada com autoridade, respaldada por volume ofensivo e controle tático.

O início foi tenso. O Flamengo começou com iniciativa, acionando Arrascaeta e Ayrton Lucas em tentativas de fora da área, mas esbarrou na marcação inglesa. Bastou um erro: aos 12 minutos, Wesley falhou no meio-campo e viu Pedro Neto disparar sozinho para abrir o placar para os ingleses. Com dificuldades para infiltrar, o Flamengo seguiu com a posse, mas sem efetividade. O primeiro tempo terminou com ligeira vantagem nas estatísticas para os brasileiros, que finalizaram mais e forçaram cinco escanteios, mas não conseguiram reagir no placar.

Na volta do intervalo, o jogo virou. Filipe Luís apostou em Bruno Henrique, substituindo Arrascaeta, e o camisa 27 respondeu de imediato: aos 16 minutos, empatou o jogo. Três minutos depois, Danilo virou. O Chelsea, visivelmente abatido, perdeu Nicolas Jackson por expulsão e não conseguiu mais reagir. Aos 37, Wallace Yan, que havia acabado de entrar, fechou o placar com categoria.

Nos minutos finais, os ingleses até tentaram rondar a área rubro-negra, mas sem ameaçar Rossi. A vitória não apenas reforça a força do Flamengo na competição, como marca a retomada da confiança em jogos decisivos diante de grandes adversários europeus.

Time brasileiro bate o atual campeão da Champions e coloca um pé na próxima fase da Copa do Mundo de Clubes

O futebol costuma pregar peças, mas poucas tão inesperadas quanto a desta quinta-feira (19). No palco onde o Brasil ergueu o tetracampeonato em 1994, o estádio Rose Bowl, na Califórnia, foi o cenário da vitória histórica do Botafogo por 1 a 0 sobre o poderoso Paris Saint-Germain, atual campeão da Liga dos Campeões. Com o resultado, o clube carioca mantém 100% de aproveitamento no grupo B da Copa do Mundo de Clubes e se aproxima das oitavas de final.

O único gol da noite foi marcado pelo atacante Igor Jesus, aos 35 minutos do primeiro tempo, após um contra-ataque construído com inteligência e velocidade — marca do estilo implementado por Renato Paiva. A explosão da torcida alvinegra presente ao estádio californiano lembrou a força emocional de quem até pouco tempo convivia com a dor dos rebaixamentos. Agora, vive a glória.

“Foi uma jogada que a gente treina muito. Sabíamos que, se saíssemos rápido, teríamos espaço. E deu certo. A bola ainda desviou, mas eu senti que ia entrar”, disse Igor Jesus, visivelmente emocionado após a partida.

Uma vitória desenhada na estratégia

Diante de um adversário com elenco estrelado e recheado de recursos, o técnico Renato Paiva optou por uma abordagem ousada, mas eficaz. Sacou o atacante Mastriani e reforçou o meio de campo com o volante Allan, disposto a proteger a defesa e preparar o bote nos espaços deixados pelo PSG.

Do outro lado, o técnico Luis Enrique, talvez subestimando o adversário, promoveu mudanças após a goleada por 4 a 0 sobre o Atlético de Madrid: saíram Marquinhos, João Neves, Fabián Ruiz e Nuno Mendes; entraram Beraldo, Zaïre-Emery, Mayulu e Hernandez. A engrenagem perdeu força.

Com 75% da posse no primeiro tempo, o Paris Saint-Germain rondou a área, finalizou com perigo, mas viu seu sistema defensivo ser exposto em um lance fatal: Artur desarmou Kvaratskhelia, lançou Marlon Freitas, que acionou Savarino. O venezuelano achou Igor Jesus livre, e o camisa 9 não desperdiçou. Rasteiro, desvio na zaga, Donnarumma batido. Gol do Botafogo.

O milagre de John

O segundo tempo foi de resistência e coragem. O Botafogo recuou linhas, entregou a posse, mas não entregou o jogo. As investidas do PSG, lideradas por Kvaratskhelia e Doué, pararam na organização defensiva e em um goleiro em noite inspirada.

“A gente sabia que seria um massacre no segundo tempo. Eu pedi a Deus serenidade e concentração. E quando a bola veio, eu estava pronto”, contou o goleiro John, após defesa espetacular em cabeçada de Mayulu, aos seis minutos da etapa final.

O PSG, cada vez mais ansioso, arriscou tudo nos acréscimos. Kvaratskhelia ainda tentou em cobrança de falta, mas a bola passou por cima. O apito final confirmou o que poucos ousariam prever: o Botafogo, de volta à elite há pouco mais de três anos, derrubou um dos gigantes da Europa.

A frieza dos números

A diferença de posturas ficou evidente nas estatísticas. O PSG finalizou 14 vezes — apenas duas no gol. O Botafogo chutou quatro vezes e acertou todas. Uma delas, a mais importante, fez a rede balançar e mudou o rumo da competição.

Em campo, a desigualdade financeira se dissolveu na disciplina tática, na força do coletivo e na frieza de quem soube sofrer. Fora dele, os olhos da América do Sul se voltam com respeito ao clube carioca, que mostra que ainda há espaço para surpresas no futebol — desde que se jogue com coragem, convicção e alma.

Evento promovido pela Loovi teve portões fechados e arrecadação destinada ao instituto mantido pelo jogador, que atende famílias em situação de vulnerabilidade

Sem holofotes da torcida nem arquibancadas lotadas, mas com um elenco de convidados de peso, Neymar promoveu nesta terça-feira (17) uma partida beneficente na Vila Belmiro, em Santos (SP). O evento, organizado em parceria com a empresa Loovi, reuniu atletas, influenciadores, músicos e líderes religiosos em uma ação voltada à assistência social.

Em campo, nomes conhecidos do futebol como Lucas Paquetá, Diego Tardelli e Zé Roberto dividiram espaço com personalidades como Sikêra Jr., Renato Cariani, Tirullipa, Luva de Pedreiro, Leo Zagueiro e o cantor gospel Anderson Freire. O pastor Josué Valandro Jr., da Igreja Batista Atitude, também participou.

O jogo foi realizado sem a presença de público e com acesso restrito a convidados. Toda a receita gerada pela Loovi no dia do evento será revertida para o Instituto Projeto Neymar Jr., organização fundada pelo jogador que oferece apoio a crianças, adolescentes e suas famílias em situação de risco social.

A proposta, segundo os organizadores, vai além da arrecadação.

“Primeiramente, é uma oportunidade de levarmos a nossa mensagem às pessoas. Quando a gente pega um influenciador para levar essa mensagem, a gente está levando não só seguro para mais pessoas como poder contribuir para as crianças desse projeto do Neymar”, afirmou um dos representantes da Loovi durante a transmissão.

Presente no evento, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, destacou a relevância da iniciativa.

“O evento é motivo de orgulho”, disse ele.

O Instituto Neymar Jr., criado em 2014, atua na cidade de Praia Grande (SP) e já atendeu milhares de crianças e adolescentes por meio de atividades educacionais, esportivas e culturais. A expectativa dos organizadores é que o evento sirva de modelo para novas edições e engaje ainda mais parceiros e apoiadores.

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