Desfile cívico-militar em Vitória celebra o civismo e a Independência do Brasil

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o vice-governador Ricardo Ferraço, prestigiaram o tradicional Desfile Cívico‑Militar da Semana da Pátria, realizado na manhã deste domingo, 7 de setembro, na Avenida Beira‑Mar, em Vitória. A solenidade reuniu milhares de participantes, reafirmando a integração entre instituições civis e militares, bem como o respeito às tradições cívicas do Estado.

“Esse é mais um 7 de setembro, em que temos muito a comemorar, apesar dos muitos desafios presentes. Sabemos que há muito a ser feito no Brasil e no Espírito Santo, principalmente no que se refere ao fortalecimento das nossas instituições. Um país só avança com instituições fortes e independentes. Quando temos instituições fortes e que cooperam entre si conseguimos avançar cada vez mais rápido”, afirmou o governador.

A programação teve início com a execução do exórdio pela Banda da Polícia Militar do Espírito Santo. Em seguida, a tocha com o Fogo Simbólico da Pátria, conduzida por um grupamento das forças militares, foi utilizada pelo governador para o acendimento da Pira da Independência. Ao som do Hino Nacional, as bandeiras foram hasteadas.

O desfile foi aberto no céu pela aviação do NOTAER (Núcleo de Operações e Transporte Aéreo), da Secretaria da Casa Militar (SCM). A demonstração aérea teve a participação das aeronaves Harpia 7 (de dois motores, empregada em missões de apoio aeromédico e salvamento), Harpia 2 e Harpia 8 (helicópteros versáteis para resgate, operações policiais e missões aeromédicas) e a mais recente aquisição, Harpia 9 (modelo H130, utilizada prioritariamente em missões aeromédicas). As aeronaves prestaram continência regulamentar à autoridade presente e sobrevoaram a Baía de Vitória em passagens que emocionaram o público.

Na sequência, o desfile terrestre apresentou 27 escolas da Região Metropolitana da Grande Vitória (Vitoria, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Guarapari e Fundão), totalizando cerca de 2.200 estudantes e integrantes de organizações civis. Abrindo o bloco civil, desfilaram a APAE Vitória, que neste ano celebra 60 anos de atuação, e as bandas do projeto Música na Rede, da Secretaria da Educação (Sedu), que reúnem jovens talentos das regiões Centro e Sul do Estado. Seguidos de grupos escolares municipais, bandas marciais, projetos esportivos e culturais, que demonstraram o trabalho educativo desenvolvido nas redes de ensino capixabas.

No segmento militar, a Associação dos Boinas Azuis foi o primeiro grupamento a desfilar após o comandante do desfile. Em continuidade, desfilaram cerca de 2.100 integrantes das forças de segurança que atuam no Espírito Santo: Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Científica, Polícia Penal, Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases), Departamento Estadual de Trânsito (Detran|ES) e as guardas municipais de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana.

As unidades exibiram formações, viaturas operacionais, equipamentos especializados e diversos grupamentos, como cavalaria, núcleos K9, equipes de operações especiais, corporações de resgate e pericial, além de projetos sociais e educacionais das forças de segurança.

Alguns dos destaques da programação foram a apresentação histórica do Corpo de Bombeiros, com viaturas antigas e modernas do seu grupamento motorizado; a demonstração da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil; as vans e unidades da Polícia Científica, incluindo a iniciativa “Identidade Solidária”; as novas estruturas e equipamentos da Polícia Penal; as viaturas humanizadas e tático‑operacionais do Iases; e a atuação do Detran|ES na promoção da educação para o trânsito.

O encerramento do desfile contou com a passagem do Grupamento Motos Harley (80 motocicletas) e de uma esquadrilha de carros antigos (44 veículos), que desfilaram em continuação à demonstração de civismo e memória histórica.

A solenidade coordenada pela Secretaria da Casa Militar reforçou o objetivo do Governo do Estado de valorizar o civismo, a educação, a inclusão e a integração entre sociedade e forças públicas.

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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