Diogo Jota, atacante do Liverpool, e o irmão morrem em acidente brutal na Espanha

Atacante português e irmão mais novo estavam em um Lamborghini que pegou fogo após saída de pista; tragédia ocorreu apenas 11 dias após o casamento do jogador

O futebol europeu amanheceu em silêncio. Diogo Jota, 28 anos, atacante da seleção portuguesa e peça essencial no Liverpool, perdeu a vida na madrugada desta quinta-feira (3), ao lado do irmão mais novo, André Silva, de 26, também jogador profissional. Os dois estavam em um Lamborghini que saiu da pista e pegou fogo após o impacto, na altura de Sanabria, noroeste da Espanha, região de Zamora.

Segundo a Guarda Civil espanhola, o acidente ocorreu por volta das 0h30, na rodovia A-52, quando o carro trafegava em alta velocidade e tentou uma ultrapassagem. Um pneu teria estourado, provocando a perda de controle e a colisão contra um barranco. O veículo incendiou-se quase imediatamente.

“Um veículo saiu da pista pela calçada pela esquerda. A investigação aponta para um acidente de trânsito devido ao estouro de um pneu durante uma ultrapassagem. Como consequência do acidente, o carro se incendiou, e ambos os ocupantes morreram”, informou a Guarda Civil em nota oficial.

Não há, até o momento, confirmação sobre a causa exata do estouro do pneu, nem se o veículo pertencia aos irmãos ou se havia sido alugado. A perícia foi acionada ainda durante a madrugada e realiza análise técnica do local do acidente. Especulações sobre o carro circularam pelas redes, mas nenhuma informação foi confirmada oficialmente pelas autoridades.

O fogo se espalhou pela vegetação às margens da estrada, exigindo a atuação rápida de brigadistas para evitar que o incêndio atingisse áreas maiores. De acordo com o vice-prefeito da região, Ángel Blanco García, os corpos dos irmãos serão identificados por exame de DNA.

Luto após dias de festa

A tragédia cortou abruptamente um momento de alegria pessoal. Apenas 11 dias antes, Diogo havia oficializado o casamento com sua companheira de longa data, Rute Cardoso, com quem já vivia e tinha três filhos pequenos. A cerimônia foi íntima, entre familiares e amigos próximos.

A notícia da morte causou comoção quase imediata. Ainda na madrugada, torcedores começaram a deixar flores e camisas do Liverpool nos arredores de Anfield. O clube inglês declarou estar “arrasado” e pediu respeito à privacidade da família do jogador. Autoridades britânicas também se manifestaram: o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, lamentou a morte de Jota e prestou condolências à família.

André Silva, o irmão mais novo, jogava pelo Penafiel, clube tradicional da segunda divisão portuguesa. Ambos vieram de uma família simples do norte de Portugal e seguiram juntos no futebol desde a infância. André tentava trilhar uma carreira semelhante à de Jota — e acompanhava o irmão sempre que possível.

Uma ausência que ecoa

Diogo Jota foi revelado no Paços de Ferreira, teve passagem pelo Atlético de Madrid, brilhou no Wolverhampton e, em 2020, chegou ao Liverpool, onde se consolidou como peça-chave da equipe. Com gols importantes, atuações decisivas e comportamento discreto fora de campo, conquistou o respeito dos colegas e o carinho dos torcedores.

O técnico Jürgen Klopp, que comandou o atacante por quatro anos, escreveu nas redes:

“É um momento em que estou lutando! Deve haver um propósito maior! Mas eu não consigo enxergá-lo! Estou devastado pelo falecimento de Diogo e de seu irmão André. Diogo não era apenas um jogador fantástico, mas também um grande amigo, um marido e um pai carinhoso e atencioso! Sentiremos muito a sua falta!”, disse o alemão.

O velório dos irmãos deve ocorrer em Portugal, com apoio logístico do governo local. A Federação Portuguesa de Futebol decretou luto oficial. Jogadores da seleção e clubes como Porto, Benfica e Sporting prestaram homenagens públicas.

Não há como mensurar o vazio que a partida de Diogo Jota deixará no campo, no vestiário, na casa onde seus filhos cresceriam com ele, e na camisa vermelha que carregou com honra. Mais do que um grande atleta, foi um homem que construiu com discrição uma vida digna, silenciosa e admirável.

Hoje, o futebol silencia não por causa do placar, mas pela ausência de quem jogava com verdade.

Foto de Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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