Novembro Azul: veja 5 sintomas do câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A campanha Novembro Azul foi criada para alertar e conscientizar a importância do diagnóstico precoce do tumor para o tratamento bem-sucedido, transformando-se no maior movimento em prol da saúde masculina.

No entanto, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas nas fases iniciais, o que dificulta a detecção precoce, conforme explica Charles Kelson Aquino, urologista da Hapvida NotreDame Intermédica, à CNN. “Esses tendem a surgir com mais frequência nas fases avançadas da doença”, conclui.

Com isso, grande parte dos pacientes pode não apresentar nenhuma queixa e, quando apresentam, podem ser confundidas com outras doenças benignas, como infecção urinária e aumento benigno da próstata.

Já nas fases mais avançadas, os sinais e sintomas mais comuns do câncer de próstata são:

  1. Diminuição da força do jato urinário, com jato mais fraco ou entrecortado;
  2. Dificuldade para iniciar ou concluir a micção;
  3. Necessidade de urinar duas ou mais vezes à noite;
  4. Dor ao urinar;
  5. Presença de sangue na urina.

“É possível que, em fases mais avançadas da doença, o paciente possa apresentar dores ósseas, emagrecimento, cansaço excessivo, falta de apetite, além de sintomas urinários”, afirma Pamela Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, à CNN.

“É fundamental ressaltar que nem sempre esses sintomas indicam câncer, pois podem ser provocados por diversas outras condições”, complementa Aquino.

Quando consultar o urologista?

Pelo fato de o câncer de próstata não manifestar sintomas em fase inicial, o diagnóstico precoce só é possível com o acompanhamento médico regular com o urologista. É ele quem vai definir o melhor momento e os melhores exames a serem realizados para cada paciente, de forma individualizada, de acordo com Muniz.

“De maneira geral, a partir dos 50 anos, todo homem deve procurar seu urologista (se tiver história familiar de câncer de próstata, ainda antes dos 45 anos) para conversar sobre sua investigação e definir o melhor intervalo de acompanhamento”, afirma a oncologista.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que todos os homens a partir dos 50 anos procurem o urologista para discutir e avaliar a necessidade de realizar ou não exames preventivos e de rastreamento para o câncer de próstata.

“Aqueles com histórico familiar da doença ou que sejam negros devem realizar essa consulta um pouco mais cedo, aos 45 anos, já que estudos mostram que esses grupos apresentam um risco maior de desenvolver a doença”, completa Aquino. “O principal objetivo dessa avaliação é o diagnóstico precoce, ou seja, identificar o câncer em suas fases iniciais, quando as chances de cura são significativamente maiores”, ressalta.

Quais exames detectam o câncer de próstata?

De acordo com o Inca, o câncer de próstata pode ser diagnosticado através da biópsia prostática por via transretal ou transperineal, guiada por ultrassonografia e/ou ressonância magnética.

Antes disso, podem ser feitos exames de rastreamento, como exame de PSA (antígeno prostático específico), e avaliação clínica.

“Alterações no exame clínico de toque retal e nos exames laboratoriais para a dosagem do antígeno prostático específico (PSA) no sangue podem ser indicadores de que é necessário prosseguir com a investigação para confirmar ou descartar a presença do câncer de próstata”, explica Muniz.

“Nesses casos, pode ser indicada a ressonância magnética da próstata para avaliação da existência de lesões suspeitas, como nódulos prostáticos”, acrescenta. “A ultrassonografia também pode ser solicitada e, por sua vez, poderá ainda ajudar a guiar o procedimento de biópsia prostática, de onde virá a confirmação do diagnóstico. A partir da biópsia, o laudo com o relatório anatomopatológico trará as informações necessárias para ajudar na escolha do melhor tratamento para cada paciente.”

Como é feito o tratamento do câncer de próstata?

Atualmente, existem diferentes opções de tratamento para o câncer de próstata. A escolha da melhor abordagem depende de múltiplos fatores, como idade do paciente, estado geral de saúde, doenças associadas e estágio da doença (inicial, intermediário ou avançado).

“As principais opções de tratamento incluem a cirurgia prostática, que evoluiu significativamente nas últimas décadas, incluindo a cirurgia robótica, técnicas de radioterapia e terapias medicamentosas”, elenca Aquino.

“A decisão sobre o tratamento deve ser amplamente discutida com o médico especialista, que considerará as melhores recomendações e consensos nacionais e internacionais baseados em evidências, sempre respeitando a vontade e a decisão do paciente e de seus familiares”, reitera o urologista.

A terapia hormonal e a quimioterapia também são opções de tratamento, de acordo com Muniz.

Por fim, segundo o Inca, após o tratamento — seja após a cirurgia ou após a radioterapia — o acompanhamento se dá pelas dosagens do antígeno prostático específico (PSA) em amostras de sangue a cada três ou seis meses.

Estudo: Mortes por câncer entre homens podem aumentar 93% até 2050

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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