Em uma partida onde parecia que o Fluminense traria na bagagem para o Rio de Janeiro um resultado positivo – ou no mínimo um empate – a equipe mais uma vez passou por problemas defensivos e de erros de tomada de decisão. A virada para o Grêmio, no Couto Pereira, mostra que o Fluminense, mesmo com bons momentos dentro de uma partida, ainda precisa evoluir.
Mesmo fora de casa, o Fluminense foi dominante durante boa parte do primeiro tempo. A escolha de Mano Menezes por colocar três volantes na escalação inicial se provou certeira, onde o tricolor soube neutralizar as ações do time gaúcho, dominou a posse de bola e teve oportunidades de abrir o placar. No entanto, a boa atuação do Fluminense nos minutos iniciais se encerrou quando Martinelli precisou ser substituído. Com a saída do camisa 8 e a entrada de Keno, o Fluminense abdicou da postura inicial e acabou se desorganizando em campo. Com uma mudança tática, o Fluminense perdeu ímpeto e viu o Grêmio crescer na partida. Para sorte tricolor, os ataques gremistas não foram efetivos e o empate sem gols resumiu bem o que foi a primeira etapa.
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Por ironia do destino, o segundo tempo começou justamente com a lesão de Keno e Mano Menezes se viu obrigado a voltar ao esquema que vinha dando frutos nos minutos iniciais e novamente o Fluminense passou a ser senhor do jogo. Foi justamente quando voltou a dominar o meio-de-campo que o Tricolor saiu em vantagem no placar. Naquele momento, o resultado fazia justiça ao que se via dentro de campo, dada a superioridade nas ações da partida.
Mas como tem sido tônica do Fluminense na atual temporada, as falhas defensivas apareceram mais uma vez e colocaram a equipe em apuros. Em dois lances evitáveis, a equipe entregou a virada de presente para o time gaúcho, que até aquele momento, sofria para encontrar espaços. Com uma lateral-esquerda vulnerável, o Grêmio encontrou o mapa da mina e aproveitou a inexperiência de Esquerdinha para virar o jogo. O empate veio em um gol de pênalti, onde o jovem lateral do Flu bloqueou um cruzamento com o braço. Dois minutos depois, uma falta evitável cometida pelo lateral perto da área gerou o gol da virada gremista.
Nem mesmo a expulsão do zagueiro gremista Rodrigo Ely foi capaz de trazer o Fluminense de volta para o jogo. Atônito após sofrer a virada, o Tricolor não teve forças para buscar um empate nos minutos finais apesar da superioridade numérica e esbarrou nas próprias pernas na hora de ser agressivo para tentar igualar o jogo – e o confronto.
Agora, um filme repetido passa na cabeça dos torcedores, já que o Fluminense, assim como foi na Copa do Brasil, vai precisar reverter uma desvantagem do jogo de ida no Maracanã. Contra o Juventude, a missão não foi cumprida, mas se quiser manter o sonho do bicampeonato vivo, o Fluminense terá que buscar o resultado no Maracanã, na próxima terça-feira, às 19h.