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TRE do Rio faz 246 substituições de urnas eletrônicas e prevê resultado total das eleições até 22h

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) fez 246 substituições de urnas eletrônicas que apresentaram defeito na manhã deste domingo (6) de eleições. Das urnas substituídas, 121 foram na capital, gerando filas extensas nas seções de votação. A expectativa é que por volta das 22h já seja possível saber o resultado do pleito da maioria das cidades fluminenses. Há a possibilidade, no entanto, de praticamente todos os votos serem contabilizados até 21h, como ocorrido nas eleições gerais de 2022, quando havia mais candidatos a serem votados.

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De acordo com o TRE, até 13h30 foram 121 substituições na capital, 18 em Duque de Caxias, 12 em Nova Iguaçu, 10 em São João de Meriti, oito em Mesquita, oito em Niterói, sete em São Gonçalo, seis em Barra Mansa e seis em Petrópolis. Os demais municípios tiveram menos de cinco urnas trocadas.

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O balanço foi apresentado às 11h30 no Palácio da Democracia. De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TRE Michel Kovacs, esse número de urnas substituídas representa 0,4% do total do Estado e, até o momento, está proporcionalmente menor do que nas eleições de 2022.

— Lembramos que existe um certo atraso na informação porque os cartórios eleitorais não conseguem registrar essa substituição de imediato. São procedimentos que acontecem em toda a eleição, como problemas em baterias, e estamos sempre preparados para fazer essas substituições. Temos nossos procedimentos antes de tentar substituir — explica Kovacs.

Sobre os transtornos para os eleitores com as substituições de urnas que enfrentam extensas filas para votar, Kovacs não acredita que as trocas de equipamentos vão atrasar o encerramento da votação:

— A gente demora alguns minutos para fazer as trocas. Cerca de 20 minutos, 30, 40, e isso em tecnologia é muito mais crítico no começo do dia, quando ocorrem mais problemas. Em alguns casos ocorrem filas, mas como a eleição municipal é mais rápida, com apenas dois candidatos, não devemos ter atrasos.

Resultado das eleições gerais saíram mais cedo

A expectativa de horário para a divulgação dos resultados se baseia nas duas últimas eleições.

—Temos uma previsão baseada com os dados das eleições passadas aqui do Rio de Janeiro, de 2020 e 2022. A totalização só termina quando a gente coleta os dados de todas as unidades. A gente tem que ficar aqui até fechar tudo. Mas, para efeitos de resultados que eu tenho aqui, da eleição de 2022, por exemplo, que foi uma eleição geral, até às 21h a gente já tinha totalizado, recebido totalizado aproximadamente 95% dos votos. E até as 22h foram quase 99%. Nas eleições de 2020, que também foram municipais, até as 21h a gente tinha aproximadamente 67%, e até às 22h. Acredito que às 22h será possível anunciar muitas vitórias — conclui.

Urna é trocada duas vezes na Uerj

Desde que a votação foi aberta, às 8h, a urna da seção 334 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no quinto andar, precisou ser trocada duas vezes pelo TRE-RJ após apresentar falhas e passou por cinco reinicializações, de acordo com uma fiscal do órgão. Em consequência do problema, longas filas se formaram no local e eleitores precisaram ficar mais de uma hora aguardando. Foi só por volta das 12h30 que a fila voltou a andar, e de forma lenta.

— Cheguei aqui por volta das 10h e estou aguardando na fila há uma hora e meia. E ninguém veio explicar o que aconteceu — diz o assistente administrativo Vitor Amadeu, de 47 anos.

Irmã de Vitor, a médica Jéssica Ramos, de 34 anos, conta que viu eleitores desistindo de votar por conta da demora.

— Eu já vi mais de cinco pessoas saindo da fila e dizendo que iriam justificar o voto, porque não poderiam esperar. A minha seção é a 325, e votei bem rápido, em no máximo 20 minutos — relata.

Simone Cansada, de 53, que também vota no quinto andar da UERJ, mas em outra seção, acompanhou o drama dos eleitores da 334.

— Minha seção não tinha fila, e o voto foi bem ágil. Porém, na sessão da frente, a máquina quebrou e as pessoas estavam na fila desde cedo, e agora, por volta das 12h30, que o TRE concluiu a troca das máquinas. Vi muita gente reclamando — conta.

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Redação O Fator Brasil

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Audiência no Congresso americano escancara preocupações com censura e perseguição política no Brasil sob a toga do Supremo

O cerco internacional ao ministro Alexandre de Moraes pode estar apenas começando. Durante audiência no Congresso dos Estados Unidos, o senador Marco Rubio confirmou que Washington analisa a possibilidade de impor sanções contra o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky — legislação voltada a punir agentes públicos estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

A proposta vem sendo discutida com seriedade entre parlamentares republicanos, que enxergam em Moraes o protagonista de um processo de asfixia das liberdades civis no Brasil. A escalada preocupa: para os americanos, o Supremo deixou de ser um guardião da Constituição e passou a atuar como instrumento de repressão política.

“Existe uma grande possibilidade de que sanções sejam aplicadas com base na Lei Magnitsky. Os abusos não podem ser ignorados”, afirmou Rubio, em fala que ecoou entre os corredores de Brasília.

O nome de Alexandre de Moraes surgiu no radar do governo americano após denúncias de censura sistemática, perseguição judicial e ameaças a opositores, com foco especial nas investigações que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Entre os congressistas dos EUA, o paralelo com os processos contra Donald Trump não passou despercebido.

A crítica de Rubio foi direta: o Brasil corre o risco de caminhar para o isolamento internacional, caso o Supremo mantenha seu viés autoritário. O senador ainda fez um alerta sobre os efeitos práticos de decisões judiciais sem amparo em garantias constitucionais ou no devido processo legal.

Republicanos mais influentes do Congresso, como James Comer e Chris Smith, também têm reforçado os alertas sobre a erosão institucional no Brasil. O foco se volta à liberdade de expressão, às restrições impostas a parlamentares conservadores e ao cerco a veículos e perfis nas redes sociais considerados dissidentes.

Enquanto isso, Moraes mantém o silêncio. Nenhuma manifestação pública foi feita até o momento sobre a possível inclusão de seu nome entre os alvos de sanções internacionais.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros demonstram preocupação com os desdobramentos. Uma eventual punição a um ministro da mais alta Corte do país, vinda da maior potência do Ocidente, seria inédita — e colocaria o Brasil no centro de uma crise diplomática de alto custo.

A Casa Branca, embora não tenha se pronunciado oficialmente, monitora o caso. E a pressão cresce. A cada nova fala no Congresso americano, a imagem do Brasil democrático se desgasta, corroída não por golpes, mas por votos de gabinete que se distanciam do espírito da lei.

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal da Serra, do dia 14 de maio, o vereador Pastor Dinho (PL) foi alvo de um ataque ofensivo e racista por parte de manifestantes presentes na galeria. Um dos cartazes exibidos o chamava de “Pastor Capitão do Mato”, expressão historicamente associada à repressão de negros escravizados — considerada profundamente ofensiva, especialmente contra um parlamentar negro, evangélico e defensor de pautas conservadoras.

O ataque aconteceu na frente da vereadora Raphaela Moraes (PP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que assistiu à cena sem qualquer manifestação de repúdio ou solidariedade.

O vereador repudiou o ato, afirmando que foi vítima de racismo e cobrou providências imediatas.

Fui atacado não só como vereador, mas como homem negro, pastor e cidadão.” disse Pastor Dinho.

Abrindo um comparativo, vale lembrar o caso de Ciro Gomes, que em 2020 foi condenado judicialmente por ter chamado o vereador paulistano Fernando Holiday de “capitão do mato” durante uma entrevista. À época, a Justiça reconheceu o caráter racista da expressão e determinou que o ex-presidenciável pagasse indenização ao parlamentar. O episódio serve como precedente jurídico e reforça a gravidade do que ocorreu na Câmara da Serra.

A omissão e ausência de posicionamento da Comissão de Direitos Humanos diante de um caso claro de racismo gerou indignação e levantou questionamentos sobre o comprometimento institucional do colegiado com a defesa dos direitos fundamentais, principalmente quando o alvo pertence a um espectro político diferente.

Confirmação no Rio Grande do Sul acende alerta sanitário, mas Ministério da Agricultura garante que não há riscos para o consumo de carne e ovos

O vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) ultrapassou uma barreira inédita no Brasil: chegou, pela primeira vez, a uma granja comercial. O foco foi identificado em um matrizeiro — estrutura voltada à produção de ovos férteis — no município de Montenegro, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A confirmação foi divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Ministério da Agricultura.

“Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa”, informou a pasta, em nota oficial.

Apesar do alerta, o governo federal foi direto em acalmar os consumidores: o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, esclareceu o ministério.

A confirmação do foco ativou o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária. Equipes de vigilância já estão em campo para aplicar as medidas de contenção e erradicação previstas no protocolo, com o objetivo de proteger o setor produtivo e preservar o abastecimento.

“As medidas visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população”, acrescentou a pasta.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e os parceiros comerciais do Brasil também serão oficialmente comunicados.

Embora a presença do vírus em aves silvestres tenha sido registrada desde 2023 — com 163 ocorrências em animais selvagens e três em criações caseiras, segundo a plataforma oficial de monitoramento — até agora o sistema de produção comercial seguia intacto. Há ainda três novos casos em análise.

O Ministério da Agricultura destacou que o Brasil se preparou ao longo de duas décadas para esse tipo de cenário. Segundo a nota, o Serviço Veterinário Oficial foi treinado e equipado desde os anos 2000 para enfrentar emergências sanitárias envolvendo a gripe aviária.

“Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações vêm sendo adotadas, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados, ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no Brasil. Tais medidas foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos”, destacou o ministério.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e mantém protocolos rígidos para garantir a sanidade do rebanho aviário. A confirmação do caso comercial não implica, até o momento, em barreiras automáticas ao comércio exterior, mas reforça a necessidade de vigilância redobrada nos próximos meses.

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