Técnico da Argentina detona Copa América e pede ‘campos de futebol’

Em entrevista coletiva após a conquista do título da Copa América sobre a Colômbia, o técnico da Argentina, Lionel Scaloni, detonou a organização do torneio da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).

O principal motivo de reclamação do treinador foram os campos “apertados” do torneio sul-americano, que foi disputado em sua maior parte em gramados de futebol americano nos Estados Unidos.

Como mostrou a ESPN diversas vezes durante a competição, as medidas dos campos de NFL são muito diferentes das marcações da Fifa, que são usadas nos grandes eventos de futebol.

O padrão adotado pela Fifa em relação aos campos é de 105 metros de comprimento por 68 metros de largura, enquanto os da Conmebol no torneio são de 100 metros de largura e 64 metros de comprimento. Ou seja, 5 metros mais curtos e 4 metros mais estreitos.

Justamente por isso, Scaloni, que é o atual campeão da Copa do Mundo com a Albiceleste, disse que “espera” que o Mundial de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá, seja jogado em “campos de futebol”, e não de futebol americano.

“Aqui (nos Estados Unidos) será o próximo Mundial, e imagino que, para começar, os campos serão maiores e dentro do regulamento (da Fifa), porque dos que jogamos (na Copa América) não me lembro se algum tinha as dimensões (da Fifa)”, afirmou.

“Sabemos que há dimensões mínimas e máximas. Mas, normalmente, um campo desse nível (de Copa América) costuma ter dimensões maiores do que estas (da edição 2024)”, seguiu.

“Dois metros para cada lado é bastante, acredite… Espero que o Mundial (de 2026) seja jogado em campos de futebol, e não de futebol americano. Pelo menos é o que eu entendo”, ressaltou.

“Não tenho muitas informações de como vai ser (na Copa do Mundo), mas imagino que será diferente (da Copa América), porque tem que ser assim. É o que todos esperamos”, complementou.

A final da Copa América, aliás, foi disputada em um estádio de NFL: o Hard Rock Stadium, que é casa do Miami Dolphins.

Na Copa-2026, por sua vez, haverá vários estádios de futebol americano entre as sedes. Veja abaixo:

  • MetLife Stadium (New York Giants/New York Jets)

  • AT&T Stadium (Dallas Cowboys)

  • GEHA Field at Arrowhead Stadium (Kansas City Chiefs)

  • NRG Stadium (Houston Texans)

  • Mercedes-Benz Stadium (Atlanta Falcons)

  • SoFi Stadium (Los Angeles Rams/Los Angeles Chargers)

  • Lincoln Financial Field (Philadelphia Eagles)

  • Lumen Field (Seattle Seahawks)

  • Levi’s Stadium (San Francisco 49ers)

  • Gillette Stadium (New England Patriots)

  • Hard Rock Stadium (Miami Dolphins)

Várias dessas arenas, porém, também recebem jogos de futebol dos clubes da MLS, mesmo com dimensões menores do que o “padrão Fifa”.

O Allegiant Stadium, casa do Las Vegas Raiders, por sua vez, não será uma das sedes do próximo Mundial, apesar de ter sido usado na Copa América.

Já no México e no Canadá, todos os estádios tem como atividade principal o futebol, e não o futebol americano.

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Redação O Fator Brasil

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A Secretaria da Justiça (Sejus) adquiriu dez drones de última geração para ampliar o monitoramento e o apoio operacional nas unidades prisionais do Espírito Santo. Os equipamentos foram adquiridos por meio do Programa de Ampliação e Modernização do Sistema Prisional (Moderniza-ES), financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e vão desempenhar um papel estratégico no fortalecimento das ações da Polícia Penal do Estado, oferecendo uma visão aérea que ampliará a eficiência em operações e treinamentos.

Com o investimento da ordem de R$ 586 mil, os equipamentos com tecnologia de ponta vão ajudar a ampliar a eficiência da segurança, monitoramento, fiscalização e apoio logístico nas unidades prisionais. As aeronaves permitem vigilância aérea eficaz, com capacidade de cobrir áreas restritas e de difícil acesso, proporcionando maior agilidade e precisão nas operações de vigilância e monitoramento dos perímetros das unidades penitenciárias e eventuais ações de recaptura.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destacou que o investimento representa um passo importante na modernização e eficiência das ações da Polícia Penal no Estado.   “Estamos investindo em tecnologia de ponta para fortalecer o trabalho da Polícia Penal e otimizar as ações de segurança e inteligência prisional. Por meio do Moderniza-ES, seguimos ampliando e modernizando os serviços e projetos do sistema prisional capixaba. Essas iniciativas aumentam nosso poder de gestão e contribuem diretamente para a redução da violência no Espírito Santo”, ressaltou Rafael Pacheco.

Capacitação

Para capacitar os operadores dos novos drones, a Academia da Polícia Penal (Acadeppen) iniciou neste mês mais um treinamento voltado para a formação continuada de pilotos do equipamento. Ao todo, 46 policiais penais recebem capacitação técnica.

Com os equipamentos, modelo Matrice 30T, será possível ampliar as ações operacionais e de inteligência no sistema prisional, como o monitoramento das saídas e entradas dos custodiados nas unidades prisionais, o acompanhamento aéreo dos locais de banho de sol, bem como reforçar o trabalho realizado pelo serviço de inteligência prisional.

Os novos drones têm câmera térmica capaz de visualizar e medir a radiação infravermelha, emitida por corpos ou objetos, convertendo-a em imagens com cores que indicam diferentes temperaturas, recurso que auxilia o operador de segurança também nas missões noturnas.

O equipamento tem autonomia de voo de 41 minutos, com uma distância de transmissão de 15 quilômetros, além de sistema de detecção de obstáculos capaz de auxiliar o piloto na navegação. Além disso, tem quatro câmeras com diferentes tecnologias de zoom e captura de imagem.

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) suspender a ação penal que corria no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). O pedido partiu do próprio PL e foi aprovado por 268 votos a favor, 167 contrários e quatro abstenções.

A decisão, oficializada pela Resolução nº 30/25, será comunicada ao Supremo. O parecer do relator, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), já havia recebido aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e acabou mantido pelo plenário.

O processo contra Gayer foi movido pelo senador licenciado Vanderlan Cardoso (GO), que o acusa de injúria, calúnia e difamação. A ação tem como origem um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2023, no qual o deputado criticava o resultado da eleição para a Mesa do Senado e fez comentários sobre o próprio Vanderlan e o STF.

O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes e se encontra na fase final das alegações.

Em seu relatório, Cathedral afirmou não ver elementos que sustentem as acusações de calúnia e difamação, acompanhando as conclusões da Polícia Federal.

“Subscrevemos as conclusões da Polícia Federal e concluímos que o mais adequado seria o não recebimento da queixa-crime relativamente a esses crimes”, disse o relator.

Ele reconheceu, porém, que as falas de Gayer poderiam ser interpretadas como injúria, mas ponderou que é preciso levar em conta se a manifestação estava amparada pela inviolabilidade parlamentar prevista na Constituição.

Pelas regras constitucionais, a Câmara tem até 45 dias para decidir se autoriza o andamento da ação ou se a suspende enquanto durar o mandato. Durante esse período, o prazo de prescrição fica interrompido.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela com o objetivo de enfraquecer, e, em última instância, derrubar, o presidente Nicolás Maduro. A decisão marca uma escalada clara na política norte-americana contra Caracas e já provoca repercussão internacional.

Segundo fontes ouvidas pela imprensa, a autorização faz parte de um conjunto de medidas que inclui pressão militar na região e ações de inteligência para desarticular redes de tráfico e, possivelmente, capturar líderes venezuelanos. As alternativas avaliadas vão desde operações encobertas até ações terrestres limitadas, planejadas para pressionar o regime sem uma invasão em larga escala.

A Casa Branca justificou a medida com dois objetivos práticos: conter o fluxo de drogas provenientes da Venezuela e reagir a episódios recentes de prisioneiros que, segundo o governo americano, cruzaram a fronteira para os EUA. O movimento ocorre enquanto a presença militar norte-americana no sul do Caribe se mantém visível, incluindo ataques a embarcações suspeitas de tráfico, gerando debates sobre legalidade e transparência.

Fontes afirmam que a autorização dá à CIA liberdade para atuar sozinha ou em conjunto com forças militares, coordenada pelo Estado-Maior Conjunto. Entre os defensores da ação estão membros da ala mais dura do governo e o secretário de Estado, Marco Rubio. Detalhes operacionais, no entanto, permanecem em sigilo, alimentando críticas no Congresso sobre supervisão e prestação de contas.

A reação internacional foi imediata. Caracas classificou a medida como uma agressão direta à soberania venezuelana, mobilizando tropas e milícias, enquanto analistas e governos da região passam a avaliar os riscos de uma escalada militar e os possíveis impactos humanitários de uma operação que combina ações encobertas, pressão política e presença naval.

A confirmação pública de Trump, incomum para operações secretas, muda a dinâmica política: abre debates sobre limites legais, supervisão do Congresso e os riscos de um conflito regional. Mais do que uma ação isolada, a medida sinaliza que os EUA estão dispostos a usar ferramentas não convencionais para atingir objetivos de política externa, com efeitos incertos para a estabilidade hemisférica.

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