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José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol e ex-governador de São Paulo, morreu na madrugada deste domingo, 20, aos 93 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês. A causa da morte não foi divulgada. O velório está previsto para ocorrer ainda hoje, também na capital paulista.

Advogado de formação, Marin iniciou a vida pública na década de 1960. Foi vereador e deputado estadual em São Paulo, exercendo mandatos pela antiga Arena, partido da base do regime militar. Nos anos 1980, foi vice-governador durante a gestão de Paulo Maluf. Em 1982, com a renúncia de Maluf para disputar a presidência, assumiu o governo do estado.

No futebol, começou a atuar nos bastidores a partir dos anos 1980. Presidiu a Federação Paulista de Futebol entre 1982 e 1988 e chefiou a delegação da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1986, no México. Décadas depois, com a renúncia de Ricardo Teixeira, assumiu a presidência da CBF em 2012, liderando a entidade durante a preparação e a realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Durante a passagem pelo comando da confederação, Marin se manteve como uma figura influente nos bastidores, mesmo diante de críticas públicas ao modelo de gestão da entidade. Em 2015, no entanto, seu nome foi envolvido em um dos maiores escândalos da história do futebol mundial.

Naquele ano, foi preso em Zurique, na Suíça, durante uma operação internacional coordenada pelo FBI, que investigava um amplo esquema de corrupção na Fifa. A Justiça americana o acusou de envolvimento no recebimento de propinas relacionadas à negociação de direitos de transmissão e marketing esportivo. Após a extradição para os Estados Unidos, Marin foi julgado e condenado à prisão.

Em 2020, foi autorizado a retornar ao Brasil em meio à pandemia de Covid-19, por razões de saúde. Três anos depois, em 2023, sofreu um acidente vascular cerebral em São Paulo e desde então estava afastado da vida pública.

Em nota divulgada na manhã deste domingo, a CBF lamentou a morte do ex-presidente e afirmou que Marin “dedicou parte importante de sua vida ao futebol brasileiro”.

Figura marcada por décadas de atuação nos bastidores do poder político e esportivo, Marin encerrou a vida longe dos palcos que o consagraram, mas com um nome definitivamente inscrito nos capítulos mais controversos do futebol nacional.

Ex-prefeito da Serra sai do governo Casagrande e abre espaço para nome ligado ao setor empresarial

Sérgio Vidigal não é mais o titular da Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo. A saída do ex-prefeito da Serra foi confirmada pelo governador Renato Casagrande, do PSB, na noite de sexta-feira, 18, por meio de uma publicação nas redes sociais.

De acordo com o governo, a decisão partiu do próprio Vidigal, que optou por deixar o cargo para retomar a carreira médica e se dedicar a projetos pessoais.

A mudança encerra uma passagem breve, mas estratégica. Vidigal havia assumido a pasta em fevereiro deste ano, quando substituiu o vice-governador Ricardo Ferraço, que decidiu deixar a função para focar nas atribuições do seu mandato.

Quem assume o posto agora é o empresário Rogério Salume, fundador do clube de vinhos Wine. Nome conhecido no meio corporativo, Salume chega ao governo com a promessa de imprimir um ritmo mais empresarial à gestão da pasta.

“O novo secretário tem a missão de contribuir com o desenvolvimento do Espírito Santo, trazendo sua experiência no setor privado”, afirmou Casagrande, ao anunciar a nomeação.

Embora o governo trate a saída de Vidigal como uma escolha pessoal, a troca sinaliza um movimento mais amplo. Em um momento de rearranjos políticos, o Palácio Anchieta se aproxima de figuras com forte presença no setor produtivo, num esforço de fortalecer laços com o empresariado em ano pré-eleitoral.

Vidigal, por sua vez, se despede do Executivo estadual sem anunciar novos planos na política. Médico por formação e com trajetória consolidada na vida pública, ele volta à medicina, ao menos por agora, como prioridade.

Ex-presidente é alvo de mandados e medidas cautelares determinadas por Alexandre de Moraes no inquérito que apura suposta trama golpista

A sexta-feira amanheceu com mais um desdobramento incisivo na investigação que apura uma possível tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal cumpriu, nas primeiras horas da manhã, dois mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL de São Paulo. Os alvos foram sua residência e imóveis ligados ao Partido Liberal. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, dentro da Petição nº 14129.

Além das buscas, Bolsonaro passou a ser alvo de uma série de medidas cautelares. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana. Também não poderá manter contato com embaixadores ou diplomatas estrangeiros, nem se aproximar de embaixadas.

As restrições incluem ainda a proibição de qualquer comunicação com os demais investigados no processo e a suspensão do uso de redes sociais. As decisões têm como base uma representação da Polícia Federal, respaldada por parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.

O ex-presidente não é o único alvo da ação. Também figuram no processo militares da reserva e ex-ministros de seu governo. Todos são acusados pela PGR de integrar uma articulação com o objetivo de reverter, por meios ilegais, o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Na segunda-feira, 14, a Procuradoria pediu formalmente a condenação de Bolsonaro. No pedido, a instituição descreve o ex-presidente como o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos” no suposto plano para desestabilizar a democracia.

“Trata-se de um plano meticulosamente desenhado, no qual Jair Bolsonaro ocupava posição central, com a intenção clara de romper a normalidade democrática”, afirmou a PGR no documento enviado ao Supremo.

As medidas impostas nesta sexta-feira aumentam a pressão sobre Bolsonaro, que já responde como réu em outras ações na Corte. Aliados do ex-presidente enxergam as ações como perseguição política, enquanto os investigadores sustentam que há indícios concretos de envolvimento. Até o momento, a defesa de Bolsonaro não se manifestou publicamente.

Durante dia de visitas, duas mulheres foram interceptadas por agentes na Penitenciária de Cachoeiro de Itapemirim; uma delas levava drogas para o próprio filho

Duas tentativas de burlar a segurança da Penitenciária Regional de Cachoeiro de Itapemirim (PRCI), no bairro Monte Líbano, foram frustradas neste sábado (12), durante o horário de visitas. As autoras: duas mulheres com laços diretos com internos da unidade — uma mãe e uma esposa. Ambas foram flagradas tentando entrar com materiais proibidos, escondidos no corpo, e descobertas pelo equipamento de escaneamento corporal, o “body scan”.

No primeiro caso, uma mulher de 50 anos tentou entrar na unidade levando 11 buchas de maconha, totalizando cerca de 45 gramas, além de 15 papéis de seda. O entorpecente seria entregue ao próprio filho, preso no local.

A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante.
“A mulher foi conduzida à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, autuada por tráfico de drogas e encaminhada ao sistema prisional”, informou a corporação, por nota.

O segundo episódio envolveu outra visitante, que levava 18 buchas de fumo. O material seria entregue ao marido, também detido na PRCI. Neste caso, a mulher foi liberada após a apreensão, mas o interno deve responder a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) dentro da unidade.

A administração penitenciária destacou que os flagrantes aconteceram durante o protocolo padrão de revista, que é aplicado a todos os visitantes. O uso do body scan, tecnologia já adotada em outras unidades prisionais do Estado, tem ampliado a capacidade de detecção de substâncias ilegais e colaborado para reduzir o tráfico dentro dos presídios.

Casos como os deste sábado são recorrentes, mas ainda assim revelam os vínculos familiares sendo instrumentalizados para burlar o sistema. A tentativa de entrar com drogas para o próprio filho expõe, além da ilegalidade, uma distorção perigosa do papel materno — numa cadeia de afetos que, dentro dos muros, vira também cadeia de delitos.

A Polícia Penal segue acompanhando os desdobramentos dos dois casos. A direção da unidade não divulgou os nomes dos envolvidos.

Emenda nº 1, inserida pelo Senado no PL 2.159/2021, inclui grandes empreendimentos de mineração na futura Lei Geral do Licenciamento Ambiental e é considerada essencial pela Frente Parlamentar da Mineração Sustentável

A Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin) divulgou posicionamento favorável à aprovação da Emenda nº 1 ao Projeto de Lei nº 2.159/2021, que institui a Lei Geral do Licenciamento Ambiental. A emenda, aprovada pelo Senado, busca assegurar que grandes empreendimentos de mineração se enquadrem dentro das normas gerais da nova legislação, promovendo segurança jurídica e previsibilidade regulatória ao setor.

De acordo com a Frente, a inclusão da atividade minerária na Lei Geral evitará lacunas legais que poderiam paralisar projetos de grande importância para o desenvolvimento do país, prejudicando investimentos e comprometendo cadeias produtivas estratégicas.

“A emenda não representa afrouxamento de exigências ambientais. Pelo contrário, reforça a necessidade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para atividades de maior complexidade, como é o caso da mineração de grande porte”, afirmou a Frente em nota oficial.

A proposta garante, ainda, a manutenção da exigência de licenciamento trifásico — Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO) — nos casos mais sensíveis, preservando a transparência, o rigor técnico e a participação pública, em linha com os princípios da Política Nacional do Meio Ambiente.

Mineração como pilar da transição energética

A Frente também destaca o papel essencial da mineração para a transição energética e o desenvolvimento sustentável. Minerais são insumos fundamentais para tecnologias como turbinas eólicas, painéis solares e baterias, além de fertilizantes, indispensáveis à segurança alimentar do Brasil.

A aprovação da emenda é vista como estratégica para consolidar o marco legal, evitar inseguranças jurídicas e garantir que o país avance com responsabilidade no aproveitamento de seus recursos naturais, promovendo o crescimento econômico aliado à preservação ambiental.

Na manhã desta sexta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma foto em seu perfil oficial na rede X (antigo Twitter) usando um boné com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. A imagem foi divulgada poucas horas após os Estados Unidos anunciarem a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados ao país.

A frase no acessório ganhou destaque no início do ano, quando parlamentares ligados à oposição começaram a utilizá-la em sessões no Congresso, como resposta simbólica à política externa do governo federal. A inspiração veio diretamente dos bonés vermelhos usados pelos apoiadores de Donald Trump, ex-presidente americano e atual candidato à reeleição, com o slogan “Make America Great Again”.

A coincidência no gesto de Lula — ou a escolha deliberada do momento — ocorre em meio ao agravamento das tensões entre os dois países. A tarifa imposta por Trump foi interpretada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma forma de protesto contra o julgamento do líder brasileiro no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele é réu por tentativa de golpe de Estado.

Embora Lula não tenha feito menção direta à medida norte-americana na postagem, a escolha da frase estampa um recado político. A mensagem, adotada por setores conservadores como uma bandeira de soberania, agora aparece na cabeça do presidente que, durante toda sua carreira, se associou a pautas globais, alianças regionais e integração multilateral.

Nas redes, a imagem provocou reações divididas. Enquanto apoiadores de Lula elogiaram o tom nacionalista, críticos enxergaram oportunismo na tentativa de apropriação de uma mensagem historicamente associada à direita.

A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos reacendeu velhas disputas ideológicas. De um lado, Trump mira o governo Lula como símbolo de alinhamento à esquerda global. De outro, o Planalto tenta evitar que a escalada se transforme em um incidente diplomático com consequências mais profundas para a economia brasileira. Por ora, o recado foi dado — em letras garrafais e bordadas na aba de um boné.

Sistema já totaliza 225 prisões criminais, desde seu início

A tecnologia de Reconhecimento Facial do Governo do Estado identificou e ajudou a prender três homicidas no período de 45 minutos, na manhã desta quinta-feira (10). As prisões ocorreram nos municípios de Serra e Vila Velha, após o cruzamento de imagens das câmeras com fotos cadastradas em Bancos de Dados da Segurança Pública. Com estas, o sistema totaliza 225 prisões desde o início do Projeto, em setembro do ano passado.

Por volta das 08h20 da manhã, o sistema reconheceu e emitiu o alerta relacionado a um homem de 57 anos, que foi localizado no município de Serra. Policiais que estavam de prontidão na região foram acionados e realizaram a abordagem do indivíduo, cuja identidade foi confirmada e ele foi conduzido à Delegacia Regional da Serra, para os procedimentos de praxe. Gildevaldo Silva é natural de Itarantim, na Bahia, e tinha um mandado de prisão preventiva por um homicídio cometido em Jaguaré.

Dez minutos depois, às 08h30, em Vila Velha, o Reconhecimento Facial identificou um homem de 35 anos com dois mandados de prisão preventiva por homicídio em aberto. Segundo os processos penais, Thiago de Souza Amanço teria ligação com um grupo criminoso que atua no tráfico de drogas no bairro Aparecida, em Cariacica, e teria cometido, junto com outros comparsas, pelo menos dois homicídios, em 2017.

No momento da abordagem, o acusado tentou ludibriar os policiais, dando o nome do próprio irmão, mas o Reconhecimento Facial, de mais de 90%, possibilitou aos policiais confirmar a verdadeira identidade e conduzir o suspeito para a Delegacia Regional de Vila Velha.

Às 09h05 da manhã, o sistema emitiu um novo alerta, em outro ponto do município de Serra. Dessa vez, um homem de 53 anos, condenado por homicídio e evadido do Sistema Prisional foi identificado. Segundo os autos do processo penal, Geraldo Barbosa de Oliveira foi acusado de matar, a marretadas, uma idosa de 84 anos, em 2013, no bairro Feu Rosa, na Serra.

Ele chegou a ser preso após o crime, mas quando progrediu para o regime semiaberto evadiu-se e passou a ser considerado foragido. Nesta quinta-feira, ao ser abordado pelos policiais, não ofereceu resistência, foi comunicado sobre o mandado de recaptura e encaminhado à Delegacia Regional de Serra. Após os procedimentos de praxe, os três detidos serão encaminhados ao Sistema Prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.

A Tecnologia de Reconhecimento Facial, implantada em câmeras do Governo do Estado, possibilita a identificação de pessoas com mandados de prisão em aberto por meio de recursos de inteligência artificial. No Espírito Santo, a tecnologia é aplicada em câmeras localizadas em prédios públicos, em locais de grande circulação de pessoas, em todos os Terminais do Sistema Transcol e em 500 ônibus da frota de transporte público.

Do total de 225 prisões, até o momento, destacam-se os percentuais de pessoas com mandados de prisão em aberto por tráfico de drogas (21%), roubo (16%) e homicídios (10,6%). Desde seu início, o sistema demonstrou eficácia na identificação de suspeitos. Os rígidos protocolos adotados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) garantem eficiência nas abordagens, não havendo, até então, registro de equívoco por parte do sistema.

“Os avanços tecnológicos na Segurança Pública são resultado dos investimentos realizados pelo Governo do Estado e robustecem os resultados já alcançados pelo Programa Estado Presente em Defesa da Vida. Esses resultados demonstram que segurança se faz com tecnologia, inteligência e planejamento. É assim que estamos construindo um Espírito Santo cada vez mais seguro, que está se tornando um exemplo para o Brasil”, afirmou o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno.

Na semana passada, circularam rumores sobre a possível filiação do prefeito Arnaldinho ao partido NOVO e sua eventual candidatura pelo partido. Para esclarecer esse cenário e entender os planos do NOVO para as eleições de 2026, conversamos com o presidente estadual do partido. Nesta entrevista, ele comenta a situação da filiação do prefeito, confirma a candidatura de Monjardim ao Senado e detalha a estratégia do partido para o próximo pleito eleitoral no Espírito Santo.

Vereador Monjardim(NOVO) e Iuru Aguiar, Presidente do NOVO no Espírito Santo

Na semana passada circularam matérias com a possível filiação do prefeito Arnaldinho ao partido NOVO Ele será mesmo candidato pelo NOVO ?

“Foi uma conversa muito franca, muito aberta, mas nada de decisão tomada(…). Ele pediu para conversar com a direção nacional, e a direção nacional ratificou o que o NOVO sempre faz: quem vai decidir é aqui, a estadual. Nós que vamos decidir.”

E o Monjardim? O martelo está batido mesmo? Ele vai ser candidato ao Senado?

“O Monjardim é, de fato, o nosso candidato ao Senado. O Monjardim tem entrega ao NOVO e, faz parte da nossa estratégia de crescimento do partido no Espírito Santo”.

E se na construção do arco de alianças partidárias do projeto majoritário for necessário a retirada da candidatura do Monjardim ao Senado ?

“A candidatura de Monjardim e inegociável, temos um projeto de médio e longo prazo e essa candidatura faz parte do nosso planejamento”.

E você acha que a candidatura do Monjardim contribui para o Senado?

“Muito. O Monjardim é uma pessoa com valores conservadores muito bem definidos. Defende pautas como liberdade econômica, incentivo ao empreendedorismo e, com absoluta certeza, será um representante comprometido com os interesses do Estado do Espírito Santo no Congresso Nacional. É um político preparado, e acredito que ele tem muito a contribuir no Senado, tanto pela sua capacidade intelectual quanto pela sua habilidade de articulação política.”

Tenho percebido uma aproximação da candidatura do Monjardim com a candidatura da Maguinha (PL). Existe essa construção do senhor com o senador Magno Malta?

“O NOVO e o PL são dois partidos que representam o campo da direita no Brasil. Penso que essa aliança é natural. Hoje, ambos já definiram seus nomes para o Senado Federal, e vejo com muito bons olhos essa construção, na qual teremos o nosso candidato ao Senado, Leonardo Monjardim, e a Maguinha Malta pelo PL”.

Então, as candidaturas do NOVO e do PL representam as candidaturas da direita ao Senado pelo Espírito Santo?

” Exatamente. Da nossa parte, o NOVO já confirmou o nome de Monjardim para o Senado, da mesma forma que o PL já definiu Maguinha como sua candidata “.

E quais foram os pilares que foram usados para definir essa candidatura?

“Primeiro, o reconhecimento do trabalho do Monjardim e a janela de oportunidade que a gente tem para promover o NOVO no Espírito Santo — que é um partido de direita com grandes quadros no Brasil, seja no Executivo, com o Romeu Zema, governador de Minas, e com o Adriano Silva, prefeito de Joinville; seja no Legislativo, com o Marcel Van Hattem, o Gilson Marques, a Adriana Ventura, o Ricardo Salles, o Luiz Lima e o nosso senador Girão. Então, com esse quadro nacional entendemos que esta é uma grande janela de oportunidade do partido com a qualidade técnica e politica do Monjardim, se juntando aos nossos quadros nacionais”.

Conversamos também com o senador Magno Malta (PL), que acompanha de perto a movimentação da direita no Espírito Santo e confirmou a articulação em curso entre os dois partidos:

“O PL vem conversando com o NOVO e, majoritariamente, firmando uma parceria.”

Vereador Monjardim(NOVO), Senador Magno Malta(PL) e Maguinha Malta (PL)

Embora ainda não haja decisão definitiva sobre a filiação do prefeito Arnaldinho ao NOVO, as conversas estão abertas e a definição ficará a cargo da direção estadual e das avaliações futuras. Por outro lado, a candidatura do Monjardim ao Senado está consolidada e inegociável dentro da estratégia do partido, que aposta em sua preparação técnica e alinhamento com os valores do NOVO.

Além disso, fica clara a busca por uma aproximação estratégica com o PL, outro partido de direita, para fortalecer a representação conservadora no Senado pelo Espírito Santo. Com quadros nacionais fortes e uma crescente visibilidade no estado, o NOVO se posiciona para disputar o pleito de 2026 com foco no empreendedorismo, liberalismo econômico e defesa do dinheiro público, da liberdade e pautas conservadoras, buscando ampliar sua influência política regional.

Este cenário aponta para uma eleição competitiva, especialmente na direita, com alianças e candidaturas bem definidas que prometem movimentar o tabuleiro eleitoral capixaba nos próximos meses.

Justiça Eleitoral investiga candidaturas fictícias em partidos que hoje ocupam cadeiras na Câmara; cenário pode mudar até o fim de julho

A poucos meses das eleições municipais, a política da Serra vive dias de incerteza nos bastidores. Um processo que corre em sigilo na Justiça Eleitoral pode provocar a perda de mandatos e alterar a atual composição da Câmara de Vereadores. O motivo: suspeitas de fraude no cumprimento da cota de gênero, exigência legal que obriga partidos e federações a destinarem ao menos 30% de suas candidaturas para mulheres.

Embora a regra tenha sido criada para estimular a presença feminina nos espaços de poder, há partidos que lançam mulheres como candidatas apenas no papel — sem campanha ativa, votos reais ou intenção de disputar. São as chamadas “candidaturas laranjas”, que servem unicamente para preencher a exigência numérica da lei eleitoral.

Esse tipo de prática tem sido combatido com mais firmeza nos últimos anos. Em diversos municípios, o reconhecimento da fraude resultou em mudanças expressivas no resultado das urnas. Na Serra, o processo considerado mais consistente é o de número 0600541-35.2024.6.08.0026, movido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra as siglas União Brasil, PSDB, PSD e Rede.

Apesar de tramitar sob sigilo, o caso tem provocado movimentações discretas entre lideranças locais. Nos corredores da política serrana, há quem aposte que os mandatos de Pequeno do Gás (PSD) e William Miranda (União Brasil) estão sob risco. Caso a Justiça reconheça a irregularidade e determine uma recontagem de votos, os mais cotados para assumir as cadeiras seriam Elcimara Loureiro (PT) e Sargento Maurício (PL).

Cota fraudada, partido punido

A legislação é clara: a responsabilidade por eventuais fraudes na cota de gênero não recai diretamente sobre os candidatos eleitos, mas sobre os partidos que registraram as chapas. Se for constatado que houve irregularidade, os votos da legenda podem ser anulados — e, com eles, os mandatos conquistados.

A crítica de especialistas tem sido recorrente: em muitos casos, as fraudes só são descobertas anos depois da eleição, o que desorganiza o calendário institucional e compromete o exercício pleno do mandato por parte de quem entra posteriormente. Há casos em que vereadores assumem o cargo restando apenas meses para o fim da legislatura.

O Ministério Público Eleitoral deve se manifestar sobre o processo até o próximo dia 15. A depender do teor desse parecer, o caso pode avançar para sua fase decisiva ainda neste mês.

Um possível novo cenário

Se Elcimara Loureiro e Sargento Maurício assumirem os mandatos, a Câmara da Serra pode testemunhar um cenário mais polarizado, refletindo os embates nacionais entre PT e PL — partidos dos ex-presidentes Lula e Bolsonaro. Ambos os nomes têm trajetórias marcadas por posições ideológicas firmes, discursos combativos e presença ativa no debate político local.

No caso de Sargento Maurício, ex-integrante das forças de segurança e nome de confiança do bolsonarismo capixaba, a expectativa é de uma atuação crítica ao governo municipal do prefeito Weverson Meireles. Já Elcimara, ligada à militância social do PT, tende a reforçar a base de esquerda no parlamento.

Mas, por ora, tudo segue no campo da expectativa. A decisão final caberá à Justiça Eleitoral — e o relógio político já começou a correr.

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