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Quem é o CEO da CrowdStrike que pediu desculpas por “apagão global“

Após um apagão cibernético paralisar voos, canais de televisão, bancos e hospitais pelo mundo, o CEO e fundador da empresa de segurança digital CrowdStrike, George Kurtz, veio a público pedir desculpas pelo ocorrido.

“À medida que os sistemas voltam a ficar online, à medida que são reiniciados, eles estão voltando a funcionar”, disse em entrevista ao canal norte-americano NBC. “E agora, estamos trabalhando com cada cliente, para garantir que possamos colocá-los online novamente.”

O cibermagnata de 59 anos tem uma longa carreira no meio de segurança cibernética.

Bacharel em contabilidade pela Seton Hall University, iniciou carreira como contador público pelo estado de Nova Jersey.

Ingressou na carreira de segurança aos 26 anos, em 1991, quando foi contratado pela empresa de consultoria PWC. Nela, foi responsável por desenvolver a primeira metodologia de pen-testing – método que avalia a segurança de um sistema de computador ou de uma rede – na internet para a companhia, e liderou equipe de consultores na empresa.

Ficou na PWC por sete anos, até ser contratado como gerente sênior e líder nos Estados Unidos do grupo de serviços de Perfil e Segurança da Ernst & Young.

Kurtz foi responsável por gerenciar e executar compromissos de segurança relacionados ao comércio eletrônico nos setores de serviços financeiros, manufatura, varejo, farmácia e alta tecnologia.

O primeiro passo no empreendedorismo foi em 1999, quando fundou a Foundstone, empresa também voltada a softwares de segurança. Esteve à frente da empresa até atingir valor de mercado de US$ 28 milhões, quando foi comprada pela McAfee, em 2004, por cerca de US$ 90 milhões.

Após a aquisição, chegou a ocupar diversas funções na companhia global de segurança cibernética: diretor de Tecnologia Mundial, gerente-geral e EVP de empresa.

Então, em 2011, Kurtz fundou a CrowdStrike. Um dos principais produtos da empresa é o CrowdStrike Falcon, descrito em seu site como uma plataforma “que fornece indicadores de ataque em tempo real, detecção hiperprecisa e proteção automatizada” contra possíveis ameaças à segurança cibernética.

A CrowdStrike vende o Falcon para grandes corporações e clientes governamentais, incluindo grandes bancos globais, empresas de saúde e energia, de acordo com a empresa.

Horas depois dos primeiros relatos de instabilidade, George Kurtz, disse que identificou o problema de TI que causou a interrupção global e que uma correção já havia sido implantada.

As interrupções foram causadas por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo de seu software nos sistemas operacionais Microsoft Windows, de acordo com George Kurtz.

O apagão cibernético levou ao cancelamento de milhares de voos em todo o mundo. Até as 7 horas da manhã, eram 1.390 voos cancelados das mais de 110.000 decolagens previstas.

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Redação O Fator Brasil

O Fator Brasil é um portal de notícias que acredita no Jornalismo comprometido com a verdade dos fatos e com a ética, trazendo sempre os principais acontecimentos do Espírito Santo.

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Ex-prefeito da Serra sai do governo Casagrande e abre espaço para nome ligado ao setor empresarial

Sérgio Vidigal não é mais o titular da Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo. A saída do ex-prefeito da Serra foi confirmada pelo governador Renato Casagrande, do PSB, na noite de sexta-feira, 18, por meio de uma publicação nas redes sociais.

De acordo com o governo, a decisão partiu do próprio Vidigal, que optou por deixar o cargo para retomar a carreira médica e se dedicar a projetos pessoais.

A mudança encerra uma passagem breve, mas estratégica. Vidigal havia assumido a pasta em fevereiro deste ano, quando substituiu o vice-governador Ricardo Ferraço, que decidiu deixar a função para focar nas atribuições do seu mandato.

Quem assume o posto agora é o empresário Rogério Salume, fundador do clube de vinhos Wine. Nome conhecido no meio corporativo, Salume chega ao governo com a promessa de imprimir um ritmo mais empresarial à gestão da pasta.

“O novo secretário tem a missão de contribuir com o desenvolvimento do Espírito Santo, trazendo sua experiência no setor privado”, afirmou Casagrande, ao anunciar a nomeação.

Embora o governo trate a saída de Vidigal como uma escolha pessoal, a troca sinaliza um movimento mais amplo. Em um momento de rearranjos políticos, o Palácio Anchieta se aproxima de figuras com forte presença no setor produtivo, num esforço de fortalecer laços com o empresariado em ano pré-eleitoral.

Vidigal, por sua vez, se despede do Executivo estadual sem anunciar novos planos na política. Médico por formação e com trajetória consolidada na vida pública, ele volta à medicina, ao menos por agora, como prioridade.

Ex-presidente é alvo de mandados e medidas cautelares determinadas por Alexandre de Moraes no inquérito que apura suposta trama golpista

A sexta-feira amanheceu com mais um desdobramento incisivo na investigação que apura uma possível tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal cumpriu, nas primeiras horas da manhã, dois mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL de São Paulo. Os alvos foram sua residência e imóveis ligados ao Partido Liberal. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, dentro da Petição nº 14129.

Além das buscas, Bolsonaro passou a ser alvo de uma série de medidas cautelares. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, inclusive nos fins de semana. Também não poderá manter contato com embaixadores ou diplomatas estrangeiros, nem se aproximar de embaixadas.

As restrições incluem ainda a proibição de qualquer comunicação com os demais investigados no processo e a suspensão do uso de redes sociais. As decisões têm como base uma representação da Polícia Federal, respaldada por parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.

O ex-presidente não é o único alvo da ação. Também figuram no processo militares da reserva e ex-ministros de seu governo. Todos são acusados pela PGR de integrar uma articulação com o objetivo de reverter, por meios ilegais, o resultado das eleições presidenciais de 2022.

Na segunda-feira, 14, a Procuradoria pediu formalmente a condenação de Bolsonaro. No pedido, a instituição descreve o ex-presidente como o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos” no suposto plano para desestabilizar a democracia.

“Trata-se de um plano meticulosamente desenhado, no qual Jair Bolsonaro ocupava posição central, com a intenção clara de romper a normalidade democrática”, afirmou a PGR no documento enviado ao Supremo.

As medidas impostas nesta sexta-feira aumentam a pressão sobre Bolsonaro, que já responde como réu em outras ações na Corte. Aliados do ex-presidente enxergam as ações como perseguição política, enquanto os investigadores sustentam que há indícios concretos de envolvimento. Até o momento, a defesa de Bolsonaro não se manifestou publicamente.

Durante dia de visitas, duas mulheres foram interceptadas por agentes na Penitenciária de Cachoeiro de Itapemirim; uma delas levava drogas para o próprio filho

Duas tentativas de burlar a segurança da Penitenciária Regional de Cachoeiro de Itapemirim (PRCI), no bairro Monte Líbano, foram frustradas neste sábado (12), durante o horário de visitas. As autoras: duas mulheres com laços diretos com internos da unidade — uma mãe e uma esposa. Ambas foram flagradas tentando entrar com materiais proibidos, escondidos no corpo, e descobertas pelo equipamento de escaneamento corporal, o “body scan”.

No primeiro caso, uma mulher de 50 anos tentou entrar na unidade levando 11 buchas de maconha, totalizando cerca de 45 gramas, além de 15 papéis de seda. O entorpecente seria entregue ao próprio filho, preso no local.

A Polícia Civil confirmou a prisão em flagrante.
“A mulher foi conduzida à Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, autuada por tráfico de drogas e encaminhada ao sistema prisional”, informou a corporação, por nota.

O segundo episódio envolveu outra visitante, que levava 18 buchas de fumo. O material seria entregue ao marido, também detido na PRCI. Neste caso, a mulher foi liberada após a apreensão, mas o interno deve responder a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) dentro da unidade.

A administração penitenciária destacou que os flagrantes aconteceram durante o protocolo padrão de revista, que é aplicado a todos os visitantes. O uso do body scan, tecnologia já adotada em outras unidades prisionais do Estado, tem ampliado a capacidade de detecção de substâncias ilegais e colaborado para reduzir o tráfico dentro dos presídios.

Casos como os deste sábado são recorrentes, mas ainda assim revelam os vínculos familiares sendo instrumentalizados para burlar o sistema. A tentativa de entrar com drogas para o próprio filho expõe, além da ilegalidade, uma distorção perigosa do papel materno — numa cadeia de afetos que, dentro dos muros, vira também cadeia de delitos.

A Polícia Penal segue acompanhando os desdobramentos dos dois casos. A direção da unidade não divulgou os nomes dos envolvidos.

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