Search
Close this search box.

Por que o dia 4 de Julho é feriado nos Estados Unidos se no dia 2 eles já tinham declarado sua independência?

Enquanto os delegados faziam lobby para que seus estados de origem apoiassem a resolução, cinco homens começaram a trabalhar em um documento que acompanhava a resolução e que expunha os motivos pelos quais os colonos queriam se tornar independentes da Grã-Bretanha. O Committee of Five, como ficou conhecido, era uma equipe política dos sonhos: John Adams, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, Roger Sherman e Roger Livingston. Eles indicaram Thomas Jefferson para redigir o primeiro rascunho do que hoje é conhecido como Declaração de Independência

Em pouco mais de duas semanas, Jefferson elaborou um rascunho que se baseou em vários outros documentos, incluindo algumas das quase 100 declarações semelhantes que estavam circulando na preparação para a Resolução Lee. Uma delas, a Fairfax County Resolves, escrita em conjunto por George Washington e George Mason, afirmava que os direitos constitucionais dos colonos haviam sido violados pelo Parlamento britânico. Outra, a Declaração de Direitos da Virgínia de Mason, de 1776, afirmava que os homens tinham o direito de “desfrutar da vida e da liberdade, com os meios de adquirir e possuir propriedades, e buscar e obter felicidade e segurança”.

Jefferson repetiu essa linguagem em seu rascunho de documento, que declarava que “todos os homens são criados iguais” e tinham o direito inalienável à “vida, liberdade e busca da felicidade”. Ele apresentou seu rascunho aos outros membros do comitê e eles fizeram várias edições antes de enviá-lo ao Segundo Congresso Continental em 28 de junho.

Com a Declaração de Independência redigida, o Congresso estava pronto para debater a resolução de Lee pela independência. Mas uma votação de teste realizada em 1º de julho não foi nada unânime. A Pensilvânia e a Carolina do Sul esperavam que ainda houvesse uma chance de reconciliação com a Grã-Bretanha e votaram contra a independência. A delegação de Delaware ficou dividida. E Nova York se absteve – seus delegados tinham ordens para não impedir uma possível reconciliação.

No dia seguinte, em 2 de julho, os delegados tentaram novamente. Dessa vez, a votação teve um resultado diferente. Caesar Rodney, um delegado de Delaware, cavalgou durante a noite até a Filadélfia, onde quebrou o impasse de Delaware. A Carolina do Sul mudou sua posição. E dois dos delegados da Pensilvânia simplesmente se abstiveram da votação, virando sua delegação a favor da independência. Naquele dia, o Congresso votou unanimemente pela independência.

“O 2º dia de julho de 1776 será a época mais memorável da história da América“, escreveu um extasiado John Adams para sua esposa Abigail no dia seguinte. “Acredito que será celebrado pelas gerações seguintes como o grande festival de aniversário… Deveria ser solenizado com pompa e desfile, com espetáculos, jogos, esportes, armas, sinos, fogueiras e iluminações de uma ponta a outra do continente, de agora em diante, para sempre.”

Picture of Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

O Fator Brasil é um portal de notícias que acredita no Jornalismo comprometido com a verdade dos fatos e com a ética, trazendo sempre os principais acontecimentos do Espírito Santo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que contrariou a suspensão integral do processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), aprovada pela Câmara, o clima entre os Poderes voltou a esquentar. Deputados federais já articulam a retomada da chamada “PEC das decisões monocráticas”, que impõe limites às ações individuais de ministros de tribunais superiores.

A proposta, que altera a Constituição, proíbe decisões de um único magistrado que suspendam atos dos presidentes da República, da Câmara ou do Senado. A ideia é impedir que um ministro sozinho interfira diretamente em atos de outros Poderes.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou a aliados o interesse em acelerar a tramitação da PEC, principalmente após o STF manter o andamento de parte da ação penal contra Ramagem, mesmo depois da decisão da Casa pela suspensão total do processo. Apesar de um momento anterior considerado politicamente delicado, a proposta agora encontra espaço para avançar.

No último dia 14, o plenário da Câmara decidiu interromper o processo que acusa Ramagem de cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. Porém, o STF contrariou a decisão e determinou que apenas dois desses crimes seriam suspensos, mantendo o andamento da investigação nos outros três.

Internamente, parlamentares têm afirmado que a insatisfação não é centrada no caso de Ramagem, mas na postura que consideram recorrente do Supremo de ultrapassar os limites do Judiciário e intervir em atribuições do Legislativo. O episódio recente envolvendo as emendas parlamentares e o ministro Flávio Dino também contribuiu para o desgaste.

A PEC das decisões monocráticas já foi aprovada pelo Senado em 2023 e passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara em outubro do mesmo ano. Agora, aguarda a instalação de uma comissão especial para seguir ao plenário.

Além dessa proposta, tramitam na Câmara outras medidas que também buscam redesenhar o equilíbrio entre os Poderes. Entre elas, está a PEC que amplia o número de ministros do Supremo de 11 para 15, permitindo indicações tanto da Câmara quanto do Senado. Essa proposta também passou pela CCJ, em julho de 2023, mas não avançou para as próximas etapas.

Outra proposta em análise prevê que o Congresso possa anular decisões do STF quando entender que houve extrapolação da função jurisdicional. Essa PEC, assim como as demais, depende da criação de uma comissão especial para seguir tramitando.

O café moído registrou o maior aumento de preço no Brasil entre todos os itens medidos pelo IPCA nos últimos 12 meses até abril. Segundo o IBGE, a alta acumulada chegou a 80,2%, tornando-se a maior variação já registrada desde a implantação do Plano Real, em 1994.

Os dados, divulgados na última sexta-feira (9), apontam que o café teve um papel de destaque na inflação do grupo de alimentação e bebidas, justamente o que mais pesa no cálculo geral da inflação. Só no mês de abril, o preço do produto subiu 4,48%. No mês anterior, já havia aumentado 8,14%.

De acordo com o levantamento, o motivo para essa escalada está na combinação entre estoques baixos e problemas climáticos que afetaram a produção. Essa situação impactou o mercado em todas as regiões do país, com variações que passaram dos 90% em algumas capitais.

Porto Alegre foi a cidade onde o aumento foi mais intenso, com alta de 99,4% no café moído. Goiânia aparece na sequência, com 97%. Já em São Paulo, embora o reajuste tenha sido menor, o índice ainda foi elevado: 65,34%.

Além do impacto direto nas prateleiras dos supermercados, o café puxou para cima o custo dos alimentos em geral, tornando-se o principal fator de pressão no grupo mais sensível ao consumidor.

Essa nova alta expõe mais uma vez a dificuldade do brasileiro em manter o básico da alimentação diante de um cenário econômico marcado por incertezas, enquanto produtos do dia a dia continuam encarecendo sem trégua.

Partido com 76 parlamentares não assinou o requerimento para investigar esquema que pode ter desviado mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas

O Partido dos Trabalhadores (PT), dono da maior bancada no Congresso, decidiu não apoiar a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pretende investigar um esquema de fraudes nos descontos em benefícios do INSS. Nenhum dos 76 parlamentares da legenda assinou o requerimento protocolado nesta segunda-feira (12).

A proposta de instalação da CPMI reúne assinaturas de 223 deputados e 36 senadores. A maioria dos signatários pertence a partidos de oposição, mas houve adesão de alguns nomes de siglas governistas, como o PSB — legenda do vice-presidente Geraldo Alckmin — que contou com seis parlamentares a favor do pedido.

A iniciativa é liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que conduziram a articulação junto aos colegas no Congresso. O objetivo é apurar irregularidades reveladas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que indicam um rombo estimado em R$ 6,3 bilhões entre os anos de 2019 e 2024.

De acordo com o requerimento, os golpes consistiam na aplicação de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, com uso de documentos falsos e assinaturas forjadas. “Os valores foram retirados mediante falsificação de assinaturas e ausência de documentação adequada”, aponta o texto.

A PF deflagrou a chamada Operação Sem Desconto, com 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em diversos estados. A investigação também revelou falhas internas no Instituto Nacional do Seguro Social que teriam facilitado o esquema.

As consequências do escândalo atingiram a cúpula da pasta. Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, foi afastado e depois exonerado do cargo. O caso ainda culminou na saída de Carlos Lupi (PDT) do Ministério da Previdência.

Segundo os autores do pedido, o esquema causou prejuízos diretos a milhões de brasileiros que dependem do INSS para garantir o sustento mensal. O requerimento afirma que as práticas reveladas não apenas drenaram recursos públicos, mas atingiram em cheio os beneficiários mais vulneráveis do sistema.

Tendência

new member register free 100 no deposit bonus