Augusto conta que procuraram por Otávio no Elevado do Joá na segunda-feira, onde ele seria encontrado mais tarde, mas não acharam o jovem. “A gente começou a fazer post em rede social, para ver se achava alguma informação, rodamos o Joá, mas não encontramos nada”.
Na terça-feira, a família recebeu uma ligação do Hospital Municipal Miguel Couto informando que Otávio havia sido levado para a unidade. “Minha tia foi de moto na frente, eu fui com outros familiares. Chegando lá a gente recebeu a triste notícia de que ele já tinha falecido. Só é ligar os pontos, né?”, disse Augusto.
Ele se refere à tese defendida pela família de que Otávio foi vítima de homofobia. Segundo o irmão, a vítima foi encontrada com todos os pertences. “Hoje em dia qualquer motivo é motivo. E, como no Brasil nós sabemos que tem muitos casos de homofobia, transfobia, temos essa suspeita. Parece que perdi uma parte de mim”, desabafou Augusto.
A Polícia Civil disse que uma investigação está em andamento e que imagens estão sendo analisadas. “Diligências seguem para esclarecer as circunstâncias da morte”, diz a nota.
Amigos de Otávio se mobilizaram nas redes sociais com a hashtag #justiçaporotavioandrade. “Ainda não tivemos nenhuma conclusão! A luta não acabou!”, diz um dos posts. “Não vamos descansar até achar o culpado”, escreveu um amigo em outra publicação.