Search
Close this search box.

novo remédio para perda de peso já está à venda nas farmácias; veja preços e indicações

O novo medicamento para a obesidade Wegovy, da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, já está disponível nas farmácias do Brasil. A venda do remédio, que utiliza o mesmo princípio ativo do Ozempic, a semalgutida, teve início na última sexta-feira no país.

Os preços variam entre R$1.228,09 e R$ 2.366,15, a depender da farmácia, da dosagem e do estado. Em junho, a Novo Nordisk anunciou que o Wegovy chegaria às drogarias brasileiras em agosto após uma espera de um ano e meio.

Em nota ao GLOBO, a farmacêutica afirma que o remédio está chegando “de forma gradual, começando pelas grandes cidades”. “Em função da complexidade do processo de distribuição em um país continental como o Brasil, algumas redes do varejo já começaram a ser abastecidas e têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a comercialização” antes de agosto, continua.

O remédio recebeu o aval da Anvisa ainda em janeiro de 2023, e a previsão inicial era que fosse disponibilizado no país já no segundo semestre do ano passado. No entanto, devido a uma escassez global consequente da alta demanda pela medicação, que leva a uma perda de peso inédita entre os remédios, essa oferta foi adiada para 2024.

O Wegovy tem como princípio ativo a semaglutida, mesma substância do Ozempic, medicamento para diabetes tipo 2 também desenvolvido pela Novo Nordisk. No entanto, chega a uma dosagem maior, de 2,4 mg. O Ozempic já é amplamente utilizado de forma off-label (finalidade diferente da bula) para a perda de peso.

No Brasil, o Wegovy foi aprovado para o tratamento da obesidade (Índice de Massa Corporal igual ou superior a 30) a partir dos 12 anos de idade e para adultos com sobrepeso (IMC igual ou superior a 27) que também tenham comorbidades relacionadas ao peso, como hipertensão ou diabetes.

Onde encontrar o Wegovy? E quanto custa?

Nas unidades das farmácias Raia e Drogasil, pertencentes ao grupo RD Saúde, o Wegovy já está disponível em São Paulo e no Paraná. Segundo o grupo, o medicamento chegará amanhã, dia 24, ao Rio de Janeiro; quinta-feira, dia 25, a Goiás, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, e até o dia 31 nos demais estados do país. Os valores em ambas as drogarias variam de R$1.228,14 a R$ 2.366,15 de acordo com a dosagem e o estado.

Na rede São Paulo, o Wegovy está sendo vendido em todas as unidades menos nas da Bahia e de Pernambuco. O medicamento estará disponível em todas as filiais na quinta-feira, dia 25. Já na drogaria Pacheco, o remédio chega de uma vez a todas as farmácias a partir de amanhã, dia 24.

Segundo o grupo DPSP, responsável pelas duas redes, o Wegovy será comercializado a partir de R$ 1.228,14 pela drogaria São Paulo e R$ 1.298,83 pela Pacheco. O valor máximo chega a R$ R$ 2.366,15 em ambas as farmácias. O preço também varia de acordo com a dosagem e o estado.

Na drogaria Venâncio, no Rio de Janeiro, o remédio estará disponível a partir do dia 30 por valores a partir de R$ 1.228,09.

No geral, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão responsável pela definição dos preços de medicamentos no Brasil, estipula que o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) do Wegovy é de até R$ 2.596,67 no país.

Para ser comprado, o Wegovy precisa de receita médica simples, que não fica retida na farmácia.

O Wegovy é o nome comercial da semaglutida destinada à perda de peso. A substância é um análogo de GLP-1, classe de medicamentos que simula o hormônio GLP-1 no organismo. Existem receptores desse hormônio em diversas partes do corpo. No pâncreas, por exemplo, essa interação aumenta a produção de insulina, necessária para pacientes com diabetes.

Já no estômago, o GLP-1 reduz a velocidade da digestão da comida e, no cérebro, ativa a sensação de saciedade. Esses mecanismos levam a pessoa a sentir menos fome e, consequentemente, perder peso.

Quantos quilos se perde com Wegovy?

Segundo um dos estudos clínicos com a semalgutida na dosagem de 2,4 mg, presente no Wegovy, os pacientes perdem em média 14,9% do peso após 68 semanas, cerca de um ano e meio. O trabalho foi publicado na revista científica New England Journal of Medicine.

Qual a diferença do Wegovy para o Ozempic?

Ambos os medicamentos são canetas injetáveis semanalmente à base de semaglutida. As diferenças são a dosagem e a finalidade oficial na bula. O Ozempic é aprovado para diabetes tipo 2, e é vendido em três formulações: 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg.

Já o Wegovy é aprovado para obesidade ou para pessoas com sobrepeso e pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, e é vendido em cinco formulações: 0,25 mg, 0,5 mg, 1 mg, 1,7 mg e 2,4 mg.

Em ambos os casos, o tratamento começa com a dose inicial de 0,25 mg durante quatro semanas e depois aumenta gradualmente de acordo com a indicação do médico. O objetivo é acostumar o organismo e reduzir o risco de efeitos colaterais.

Picture of Redação O Fator Brasil

Redação O Fator Brasil

O Fator Brasil é um portal de notícias que acredita no Jornalismo comprometido com a verdade dos fatos e com a ética, trazendo sempre os principais acontecimentos do Espírito Santo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia também

Audiência no Congresso americano escancara preocupações com censura e perseguição política no Brasil sob a toga do Supremo

O cerco internacional ao ministro Alexandre de Moraes pode estar apenas começando. Durante audiência no Congresso dos Estados Unidos, o senador Marco Rubio confirmou que Washington analisa a possibilidade de impor sanções contra o magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky — legislação voltada a punir agentes públicos estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos.

A proposta vem sendo discutida com seriedade entre parlamentares republicanos, que enxergam em Moraes o protagonista de um processo de asfixia das liberdades civis no Brasil. A escalada preocupa: para os americanos, o Supremo deixou de ser um guardião da Constituição e passou a atuar como instrumento de repressão política.

“Existe uma grande possibilidade de que sanções sejam aplicadas com base na Lei Magnitsky. Os abusos não podem ser ignorados”, afirmou Rubio, em fala que ecoou entre os corredores de Brasília.

O nome de Alexandre de Moraes surgiu no radar do governo americano após denúncias de censura sistemática, perseguição judicial e ameaças a opositores, com foco especial nas investigações que atingem o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados. Entre os congressistas dos EUA, o paralelo com os processos contra Donald Trump não passou despercebido.

A crítica de Rubio foi direta: o Brasil corre o risco de caminhar para o isolamento internacional, caso o Supremo mantenha seu viés autoritário. O senador ainda fez um alerta sobre os efeitos práticos de decisões judiciais sem amparo em garantias constitucionais ou no devido processo legal.

Republicanos mais influentes do Congresso, como James Comer e Chris Smith, também têm reforçado os alertas sobre a erosão institucional no Brasil. O foco se volta à liberdade de expressão, às restrições impostas a parlamentares conservadores e ao cerco a veículos e perfis nas redes sociais considerados dissidentes.

Enquanto isso, Moraes mantém o silêncio. Nenhuma manifestação pública foi feita até o momento sobre a possível inclusão de seu nome entre os alvos de sanções internacionais.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros demonstram preocupação com os desdobramentos. Uma eventual punição a um ministro da mais alta Corte do país, vinda da maior potência do Ocidente, seria inédita — e colocaria o Brasil no centro de uma crise diplomática de alto custo.

A Casa Branca, embora não tenha se pronunciado oficialmente, monitora o caso. E a pressão cresce. A cada nova fala no Congresso americano, a imagem do Brasil democrático se desgasta, corroída não por golpes, mas por votos de gabinete que se distanciam do espírito da lei.

Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal da Serra, do dia 14 de maio, o vereador Pastor Dinho (PL) foi alvo de um ataque ofensivo e racista por parte de manifestantes presentes na galeria. Um dos cartazes exibidos o chamava de “Pastor Capitão do Mato”, expressão historicamente associada à repressão de negros escravizados — considerada profundamente ofensiva, especialmente contra um parlamentar negro, evangélico e defensor de pautas conservadoras.

O ataque aconteceu na frente da vereadora Raphaela Moraes (PP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que assistiu à cena sem qualquer manifestação de repúdio ou solidariedade.

O vereador repudiou o ato, afirmando que foi vítima de racismo e cobrou providências imediatas.

Fui atacado não só como vereador, mas como homem negro, pastor e cidadão.” disse Pastor Dinho.

Abrindo um comparativo, vale lembrar o caso de Ciro Gomes, que em 2020 foi condenado judicialmente por ter chamado o vereador paulistano Fernando Holiday de “capitão do mato” durante uma entrevista. À época, a Justiça reconheceu o caráter racista da expressão e determinou que o ex-presidenciável pagasse indenização ao parlamentar. O episódio serve como precedente jurídico e reforça a gravidade do que ocorreu na Câmara da Serra.

A omissão e ausência de posicionamento da Comissão de Direitos Humanos diante de um caso claro de racismo gerou indignação e levantou questionamentos sobre o comprometimento institucional do colegiado com a defesa dos direitos fundamentais, principalmente quando o alvo pertence a um espectro político diferente.

Confirmação no Rio Grande do Sul acende alerta sanitário, mas Ministério da Agricultura garante que não há riscos para o consumo de carne e ovos

O vírus da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) ultrapassou uma barreira inédita no Brasil: chegou, pela primeira vez, a uma granja comercial. O foco foi identificado em um matrizeiro — estrutura voltada à produção de ovos férteis — no município de Montenegro, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A confirmação foi divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Ministério da Agricultura.

“Esse é o primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa”, informou a pasta, em nota oficial.

Apesar do alerta, o governo federal foi direto em acalmar os consumidores: o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, esclareceu o ministério.

A confirmação do foco ativou o Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária. Equipes de vigilância já estão em campo para aplicar as medidas de contenção e erradicação previstas no protocolo, com o objetivo de proteger o setor produtivo e preservar o abastecimento.

“As medidas visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população”, acrescentou a pasta.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e os parceiros comerciais do Brasil também serão oficialmente comunicados.

Embora a presença do vírus em aves silvestres tenha sido registrada desde 2023 — com 163 ocorrências em animais selvagens e três em criações caseiras, segundo a plataforma oficial de monitoramento — até agora o sistema de produção comercial seguia intacto. Há ainda três novos casos em análise.

O Ministério da Agricultura destacou que o Brasil se preparou ao longo de duas décadas para esse tipo de cenário. Segundo a nota, o Serviço Veterinário Oficial foi treinado e equipado desde os anos 2000 para enfrentar emergências sanitárias envolvendo a gripe aviária.

“Ao longo desses anos, para prevenir a entrada dessa doença no sistema de avicultura comercial brasileiro, várias ações vêm sendo adotadas, como o monitoramento de aves silvestres, a vigilância epidemiológica na avicultura comercial e de subsistência, o treinamento constante de técnicos dos serviços veterinários oficiais e privados, ações de educação sanitária e a implementação de atividades de vigilância nos pontos de entrada de animais e seus produtos no Brasil. Tais medidas foram cruciais e se mostraram efetivas e eficientes para postergar a entrada da enfermidade na avicultura comercial brasileira ao longo desses quase 20 anos”, destacou o ministério.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e mantém protocolos rígidos para garantir a sanidade do rebanho aviário. A confirmação do caso comercial não implica, até o momento, em barreiras automáticas ao comércio exterior, mas reforça a necessidade de vigilância redobrada nos próximos meses.

Tendência

betso88 club login