É autoimune, ou seja, resulta de um ataque que o próprio sistema imunológico faz contra o organismo da pessoa.
Entre os sintomas da doença de Crohn, estão: dores abdominais; cólicas; diarreia crônica; diminuição do apetite; sangue nas fezes; perda de peso. Em média, uma pessoa leva dois anos entre ter os primeiros sintomas e fazer exames, o que atrasa o diagnóstico.
A doença é crônica. Apesar de ainda não existir cura, há tratamento eficaz, que envolve medicação, mudanças alimentares e algumas pessoas precisam de cirurgia. Além de aliviar os sintomas, os objetivos do tratamento incluem redução da atividade inflamatória e cicatrização da mucosa do intestino, levando a uma melhoria da qualidade de vida da pessoa.
Na fase aguda da doença, o paciente deve evitar comidas fermentadas e com excesso de fibras, que soltam ainda mais o intestino. Quando os sintomas da doença “estacionam”, o paciente pode voltar a comer quase tudo, mas sem exageros e sob supervisão médica.
Existe um aumento do risco de câncer em quem tem Crohn. Se a doença permanece no intestino grosso, o ideal é fazer exames periódicos durante um período oito a 10 anos.
Por ser autoimune, a doença pode também desencadear reações em outras partes do organismo. Um estudo liderado pelo Gediib (Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil), que acompanhou 1.179 pessoas com DII entre 2020 e 2022, mostrou que cerca de 21% delas apresentaram manifestações extraintestinais. Entre as áreas do corpo que podem ser afetadas a partir das DII estão: pele, articulações, olhos, ossos e boca.