Quando retornou ao Brasil, o período de grande crescimento econômico e inflação baixa já tinha perdido o fôlego, e ele assumiu o Ministério da Agricultura por cinco meses, seguido do Ministério da Secretaria do Planejamento da Presidência do Brasil em condições econômicas menos favoráveis. Nessa última passagem, contribuiu para a negociação da dívida externa elevada com os credores estrangeiros e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com quem conseguiu empréstimo de US$ 6,5 bilhões.
Após o período militar, Delfim se tornou deputado federal por São Paulo, cargo que exerceu por 20 anos, entre 1987 e 2007.
Depois disso, aproximou-se de Lula no segundo mandato do petista na Presidência da República. Em 2007, Delfim foi nomeado por Lula como membro do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável), o “Conselhão”.
Professor e acadêmico
A vida pública de Delfim começou em 1959, quando passou a integrar a equipe de planejamento do governo do estado de São Paulo, à época comandado por Carlos Alberto de Carvalho Pinto. Mas antes de se tornar um dos principais ministros da ditadura militar, ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo (USP) em 1948, e logo depois de formado tornou-se professor assistente na mesma instituição.